sábado, 13 de junho de 2020

SPARTACUS




Fábio André Pereira - ATC - CRQI - PO


Spartacus, escravo nascido na antiga Trácia,  em 109 A.C. e morreu em 71 A.C.,com a idade de 38 anos, combatendo a república romana e suas legiões.

Spartacus foi comprado como escravo e foi levado à casa de Lentulus Batiatus, seu comprador e proprietário na época, um lanista,que tinha uma escola de gladiadores em Cápua,na Campânia (Itália).

Em 73 A.C., cerca de 200 escravos da escola de gladiadores de Lentulus Batiatus se revoltaram devido aos maus tratos recebidos do lanista. Esta revolta começou na cozinha, na hora da refeição matinal, após o primeiro treinamento do turno.

Os escravos gladiadores fogem e escolhem como líder, Spartacus, que passa a comandar a primeira greve da história do mundo, a primeira revolta de escravos organizados no mundo contra a república romana e todas as suas legiões.

Esta grande revolta tem a duração de dois anos onde aconteceram sanguinárias batalhas sempre com a vitória de Spartacus e liderando os escravos que quando souberam do acontecido em Cápua muitos ao longo do curso dos dois anos que se sucedeu a rebelião abandonaram seus donos, fugiram para se juntarem a Spartacus e seguirem com ele o caminho da liberdade contra a escravidão que perdurava naquela época na república romana. 

Durante este percurso, Spartacus conheceu Antoninus , um escravo culto, orador, poeta, cantor e mágico que trabalhava como escravo principal da casa de Crasso, então cônsul romano.

Antoninus queria que Spartacus ensinasse ele a guerrear como os outros, mas Spartacus certa vez disse a ele:

- Existe a hora para guerrear e a hora para cantar e neste momento te peço, cante Antoninus! 

Cantar na época também significava na época declamar um poema e assim então Antoninus declamou o poema:

Quando o sol ardente
Se põe no horizonte oeste,
Quando o vento das montanhas
Se acalma,
Quando o canto
Do sabiá-do-campo cessa,
Quando os gafanhotos do campo
Não crepitam mais,
Quando a espuma do mar
Descansa como uma donzela,
E o crepúsculo toca
O contorno da terra ,eu
Vou para casa.
Por sombras azuis
E florestas púrpuras,eu vou para casa.
Volto ao lugar onde nasci.
À mãe que me gerou
E ao pai que me ensinou,
Há muito, muito tempo,
Muito tempo.
Agora, só. Perdido e sozinho
Num mundo distante e imenso.
Ainda assim,
Quando o sol ardente se põe,
Quando o vento se acalma
E a espuma do mar
repousa na beira da praia,
E o crepúsculo toca
O contorno da terra,
Eu vou para casa.

Antoninus - escravo amigo de SPARTACUS ,
lutaram pela LIBERDADE !!! 
 
Crasso feito cônsul de Roma foi o encarregado para acabar com a revolta dos escravos e quando ficou sabendo que Spartacus e os escravos estavam acampados no porto de Brumdusium preparou uma estratégia para esmagar a rebelião dos escravos.

Spartacus foi informado em seu acampamento no porto que Roma estava vindo com força total contra ele; neste mesmo momento eles estavam no porto de Brumdusium porque tinham feito um acordo com os piratas salesianos mercenários. Em troca de um grande tributo, um grande tesouro de ouro e prata capturado pelos escravos ao longo dos dois anos de rebelião , Spartacus tinha fechado um acordo com os piratas que assim que eles chegassem no porto então enviassem seus navios para eles fugirem da Itália e tentarem novas vidas em um país livre da tirania da república romana.

Infelizmente Spartacus não conseguiu levar a êxito seus planos porque foi traído pelos piratas mercenários que negociaram por um valor 5 vezes maior a sua entrega e o esmagamento da rebelião.

Spartacus, ao analisar o mapa, chegou a ver o preço da traição e a única alternativa obrigado que estava para marchar contra Roma para tentar sobreviver em sua última batalha juntamente com todos os escravos.

- O acampamento estava em uma área a 8 km do porto de Brumdusium, o exército de Lúculus com as suas legiões chega amanhã no porto, vindo à minha direita no campo de batalha, à minha esquerda virá daqui a 4 dias Pompeu e suas legiões da Espanha, atrás de mim está o mar, mais os navios não virão mais e à minha frente claro é isso, Crasso quer que marche diretamente contra ele que vem de Roma. Não temos outra alternativa a não ser ir para o campo de batalha e marchar contra Roma.

Assim cercado, sem alternativas, Roma acabou com a rebelião de escravos e executou todos os escravos sobreviventes da batalha ao longo da via ápia, a estrada que ligava Roma as outras cidades, foram mais de 6.800 escravos mortos crucificados vivos, na época a pior execução para os condenados do período Romano.

Mais precisamos sempre lembrar da coragem dos escravos, da rebelião e de Spartacus seu líder e aqui tem a principal passagem no acampamento dos escravos, na tenda de Spartacus antes de partirem para a sua última batalha.



O Pirata Salesiano perguntou a SPARTACUS :

- Qual a diferença entre o homem e o escravo ?

SPARTACUS respondeu:

- Quando um homem livre morre ele perde o prazer da vida, o escravo perde a dor da vida, a morte para o escravo significa sua liberdade, por isso não temos medo dela, por isso qualquer batalha ou guerra contra o império nós venceremos!!!

(SPARTACUS, ESCRAVO LÍDER DA PRIMEIRA GREVE, DA PRIMEIRA REVOLUÇÃO NO MUNDO!!!!!)