Antônio Carlos Tarragô Giordano
As massas, que começaram a se levantar contra o brutal assassinato de George Floyd, em Minneapolis, no coração do imperialismo, levando suas reivindicações contra o racismo da polícia norte americana, já estão nas ruas há mais de 10 dias e passam a aumentar a sua indignação para além das reivindicações apenas de cunho racial, mas já exigindo uma série de outras, como emprego, saúde e igualdade de direitos.
Essas manifestações se espalharam em protestos por várias cidades e Estados americanos e se alastraram pelo mundo afora, com mais velocidade do que imaginavam os donos do imperialismo.
O Governo Trump está em uma encruzilhada, pois quanto mais ameaça os manifestantes, mais aumentam as manifestações, que agora são correspondidas pelas manifestações de todos os cantos do planeta, que não são apenas de solidariedade pelo terrível assassinato de Georg Floyd, mas que agora tomam cunho classista, e se apresentam no cenário da luta de classes em vários lugares, como rebeliões, o que coloca na ordem do dia o Programa de Transição e a organização imediata de partidos operários revolucionários internacionalistas e o partido mundial da revolução para construir uma plataforma de luta revolucionária com as principais reivindicações das massas, pois a crise econômica que se aprofunda, junto com a crise sanitária devido à pandemia da COVID-19, que atingem a classe trabalhadora, que é a única que produz, leva a necessidade de uma unificação, que é tarefa de um partido que organize o programa revolucionário com as suas reivindicações que são comuns a todos explorados como:
-Para combater a miséria, deve-se lutar pela escala móvel de salários, os contratos coletivos devem assegurar o aumento automático dos salários, simultaneamente ao aumento dos preços dos artigos de consumo;
-Para combater o desemprego, deve-se lutar pela escala móvel das horas de trabalho sem redução de salários, para que todos tenham direito ao seu sustento e de suas respectivas famílias;
-A expropriação dos bancos privados e a estatização de todo sistema financeiro, sob controle dos trabalhadores. Somente a expropriação dos bancos privados e a concentração de todo o sistema de crédito nas mãos dos trabalhadores, colocará a sua disposição os meios reais necessários, materiais e não apenas fictícios e burocráticos, para planificação econômica.
Para isso é preciso impulsionar os organismos de base da classe operária, como os conselhos operários, as comissões de fábricas e de empresas, os comitês dos desempregados e dos sub-empregados, as organizações classistas de sem tetos e sem terras, e mobilizar toda a classe operária para lutar contra o capitalismo e sua crise econômica e sanitária, sabendo todos que a única forma de derrotar o fascismo é derrotar o capitalismo de forma cabal, para isso é preciso preparar a revolução socialista mundial!!
-Viva a Revolução Socialista!
-Pelo fim do capitalismo!
