sexta-feira, 29 de setembro de 2017

CORREIOS, 10 DIAS DE GREVE




                                    Sergio Miguel / demitido em 1987, por perseguição política.
Depois de oito dias de iniciada, 19/09, os sindicatos dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão aderiram à GREVE dos CORREIOS (claro que pressionados pela categoria), após assembleias em toda sua base. Co-irmã dos patrões da ECT, a  FINDECT (PC do B), não havia aderido ainda ao movimento paredista.
São 35 bases sindicais em greve, em todo país,  que continua firme, até por ter conquistada agora adesão em todos Estados brasileiros. Somente o sindicato da cidade de Bauru, em São Paulo, fechou o acordo com a empresa, até o momento. As outras cidades deste Estado, incluindo a capital,  continuam em greve,  e não aderiram à proposta da ECT.
Não que a FENTECT não tenha dado, anteriormente,  inúmeras travadas nos movimentos pró grevistas, como foi na ocasião da votação da MP 532 (implementadora da  privatização), onde a resistência partiu do Rio Grande do Sul, Espírito Santos, Acre e Bahia, mas tendo sido de maneira relativamente fácil aprovada esta criminosa MP no congresso, e contra os trabalhadores dos Correios (ainda no governo Dilma).
Desta vez,  "empurrada" pela base, a FENTECT (PT) decretou Greve Geral por tempo indeterminado da categoria. O governo Temer, o "direitália nº 1" da nação, que possui neste momento ínfimos 3% de popularidade, o pior índice desde os governos da ditadura militar, coloca em marcha descaradamente as privatizações de todas estatais, (não que os anteriores da esquerda colaboracionista não tenham "escamoteadamente" também as realizado, ou "aplainado" o caminho para fazê-las). O imperialismo só "não gostou" do "modo lerdo" a qual as estavam "implementando". Por isto resolveu "trocar os autores desta empreitada", promovendo o golpe parlamentar no Brasil.
No Brasil, os Correios tentam também resistir, através de seus trabalhadores, pois sabem que é a "destruição total", de suas conquistas e direitos como a saúde, salário, trabalho, etc. inclusive da sua própria empresa.
A luta de todos trabalhadores por suas necessidades básicas de suas vidas e de suas famílias é o motivo maior para que a greve continue por tempo indeterminado, até que a empresa atenda as suas reivindicações.
A empresa oferece apenas 3% de reposição salarial a partir de janeiro, ticket de R$45,00, quer fechar 250 agências das 6.500 existentes em todo o país, reduzir o quadro funcional, fazer uma "reestruturação" ou "demissões" de "funcionários concursados", e "ameaça" de privatização.
Os trabalhadores, por outro lado, pedem: 8% de aumento sobre o salário, 10% em cima dos benefícios, R$ 300,00 linear  (a todos trabalhadores), concurso público, contra o fechamento de agências, contra o corte de investimentos, melhores condições de trabalho, contra pressão para aderir o PDV, contra a suspensão das férias, contra a privatização, contra a terceirização do convênio médico e contra a cobrança de mensalidades. Que a greve nacional siga, com toda a força. "Até a vitória!".
O que fazer: nós do Tribuna Classista propusemos uma organização geral de todos os trabalhadores que produzem e necessitam sobreviver obrigatoriamente de seu trabalho. Que se faça um "CONGRESSO NACIONAL" de trabalhadores, para deliberar quais as necessidades mais prementes da classe que produz as riquezas destes pais. Ex: Moradia, saúde, educação, transporte, lazer, alimentação, e tudo aquilo que é mais necessário para ele e sua família. Convocando em seguida uma "ASSEMBLEIA CONSTITUINTE". Para que seja implementado, este congresso deve ser convocado na base das centrais sindicais.
- Pela vitória da Greve dos Correios nacionalmente.
- Que a CUT, CSP/CONLUTAS, CTB, INTERSINDICAL, e todas as Centrais de Trabalhadores convoquem um Congresso Nacional da Classe Trabalhadora brasileira, para aprovar um Plano de Lutas contra todos os ataques do governo Temer, bem como dos governadores e prefeitos e do Imperialismo.
- Por uma América Latina Socialista!

domingo, 24 de setembro de 2017

GREVE NACIONAL NOS CORREIOS



SÉRGIO MIGUEL -  Demitido dos Correios  
        
Embora a direção da ECT, tenha adiado três vezes as negociações da data base, em  reunião de diretoria em  Brasília, demonstrou-se  intransigente com os seus planos privatizantes também na área de saúde.  Os trabalhadores em assembleias  entraram  em  greve contra principalmente a "retirada de mais  direitos", o que já   vem sendo feito pelos governos burgueses que se sucederam. O que foi conquistado historicamente pela categoria, num passado recente, foi sendo arrancado da categoria, com o intuito de sucatear e privatizar os correios, com o apoio às vezes velado, às vezes aberto da CUT, a maior central sindical da América Latina, que agora cumpre o papel de bloquear o desenvolvimento das lutas em nome da governabilidade do governo golpista de Temer, seu ex-aliado “progressista”.  
Rebaixar o Acordo Coletivo de Trabalho bianual 2017/2018, com a nova CLT (salário e transporte, com Plano de Saúde privado, licenças às mulheres diminuídas, férias de 20 dias, sem 13º,  fechamento de agências, corte em investimentos na empresa afetando as condições de trabalho, fim dos concursos públicos, fim dos horários móveis de entrega, etc.). Redução a no máximo de 75% de um contingente de 110 mil trabalhadores, 10 mil só no Rio Grande do Sul, 6.5 mil no Paraná, e assim por diante. Contra tudo isso e muito mais essa greve deve ser vitoriosa.
Em São Paulo e Rio de Janeiro, a categoria está sob o comando da FINDECT (PC DO B tem a maioria). No restante do país é a FENTECT que domina (PT,  em sua maioria). A greve que iniciou no dia 19/09 atingiu os Estados do Acre, Amazonas, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Norte, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Piauí, enfim quase todos os Estados da Federação. São Paulo e Rio de Janeiro farão assembleia no dia 26/9. É necessária a unidade pela base contra a retirada de mais direitos da categoria e organizar a resistência diante deste governo corrupto e privatizador.
Por que será que a FINDECT, que nem é reconhecida legalmente, sempre é chamada pela direção da empresa para "negociar" as greves? 

- PELA VITÓRIA DA GREVE DOS CORREIOS NACIONALMENTE
- QUE A CUT, CSP/CONLUTAS, CTB, INTER SINDICAL, E TODAS AS CENTRAIS DE TRABALHADORES CONVOQUEM UM CONGRESSO NACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA BRASILEIRA, PARA APROVAR UM PLANO DE LUTAS CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO TEMER E O IMPERIALISMO   
- POR UMA AMÉRICA LATINA SOCIALISTA
                         .

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

GREVE NACIONAL, a resposta dos trabalhadores dos Correios 
                                     
                       Alfeu Bittencourt Goulart , ex-carteiro CDD São Bráz (Curitiba-PR)
Os trabalhadores da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) mostram união e organizam a resistência à retirada de direitos. GREVE!, é a resposta da categoria à direção da empresa, que adiou por três vezes a negociação da data-base; e, em reunião de negociação em Brasília na terça-feira (19) apresentou mais ataques às conquistas históricas dos trabalhadores dos Correios agora, na cláusula de saúde. "A estratégia da empresa em sucatear os Correios visando a privatização é clara. Quanto às negociações , a direção continua intransigente e quer ganhar tempo para reduzir o Acordo Coletivo de Trabalho 2017/18 à nova CLT, ou seja , os trabalhadores somente terão direito ao salário e ao vale- transporte " (Boletim SINTICONPR, 19/09/17) . É preciso organizar a resistência na base nacionalmente. Todos juntos! Atendentes, Carteiros, OTTS, Trabalhadores Administrativos e motoristas. A hora é agora! GREVE GERAL NACIONAL DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS. Em todo o pais foram realizadas assembleias e decidiram pela greve desde as 22horas de Terça-Feira, 19 de setembro. São 108 mil trabalhadores, sendo 6,5mil funcionários somente no Paraná, onde as Assembleias foram realizadas nos dias 18 e 19, em Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa, Guarapuava, Telêmaco Borba, Cornélio Procópio e Terra Roxa e as decisões são válidas para todo o estado do Paraná acompanhando o movimento nacional. A adesão à greve é a única forma que se tem de demonstrar o descontentamento da categoria e lutar contra a retirada de direitos pela direção da ECT e denunciar o fechamento de agências dos Correios por todo o Brasil, o que gera: desemprego na categoria e prejudica a população que utiliza os serviços dos Correios; corte em investimentos nas condições de trabalho; fim de Concursos Públicos; suspensão de férias dos trabalhadores, etc . 

 - Pela vitória da Greve Nacional dos Trabalhadores dos Correios;
- Por um Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos e de Toda a Classe Trabalhadora Brasileira, para organizar um Plano de Lutas contra os ataques do governo Temer e do imperialismo .
- Que a CUT e a CSP/CONLUTAS convoquem a GREVE GERAL ;
- Pela Unidade Socialista da América Latina SAUDAÇÕES REVOLUCIONÁRIAS!

terça-feira, 12 de setembro de 2017

MASSACRE INDÍGENA NO BRASIL


A CUT BLOQUEIA AS GREVES PARA APOIAR LULA


 

Por uma luta operária continental

 
Rafael Santos – dirigente do Partido Obrero da Argentina
O Congresso Extraordinário da CUT votou realizar uma marcha no dia 11 de novembro, contra as “políticas neoliberais” no continente, na capital uruguaia, em Montevidéu. A iniciativa contou com o apoio da delegação da central uruguaia (PIT-CNT) e da CTA argentina de Yaski. A burocracia destas três centrais se encontra empenhada em impedir uma luta de classe consequente contra estas políticas em seus respectivos países. Não seria mais efetivo declarar uma Greve Geral continental de 24 horas, para iniciar um plano de lutas conjunto em cada país? É o que demonstrou a greve internacional de mulheres no dia 8 de março. A resolução que votou a CUT é uma farsa.
De 28 a 31 de agosto ocorreu em São Paulo o Congresso Nacional da CUT, no Brasil. A maior central de trabalhadores da América Latina, com cerca de 8 milhões de filiados, o convocou com o propósito, declarado, de fazer frente ao ataque do governo golpista de Temer contra os trabalhadores. Estão sendo aprovadas leis que congelam os orçamentos sociais (saúde, educação, etc.) por 20 anos, de terceirizações trabalhistas generalizadas com salários rebaixados. Uma reforma trabalhista anti-operária faz tábua rasa de acordos e conquistas operárias (terceiriza a atividade principal das empresas, promove acordos por empresas e individuais, divide as férias, autoriza a extensão da jornada trabalhista, etc.) e prepara reformas reacionárias em matéria previdenciária e fiscal. Simultaneamente, o governo Temer desencadeou uma feroz política de privatizações de portos, aeroportos, da Casa da Moeda, do gigante provedor de eletricidade (Eletrobrás), duas centrais atômicas e a represa binacional de Itaipu. Se trata de uma permuta de ativos pela dívida externa, de 14 bilhões de dólares. Temer acaba de entregar a reserva natural de Renca – 46.500 Km², no Amazonas! – a grandes mineradoras de Canadá e China.  
Não se votou a Greve Geral 
Neste quadro, o Congresso da CUT se transformou em um show de verborragia. Com cem convidados internacionais – entre os quais esteve Hugo Yaski, da CTA argentina – fez todo tipo de denúncias e convocou a lutar contra o neoliberalismo, mas ... não votou um plano de lutas para demolir os ataques do governo (e ao próprio governo). A greve geral é uma palavra-de-ordem popular que está nas ruas e no movimento operário. O presidente da CUT, Vagner Freitas, prometeu que se a reforma previdenciária for votada no Congresso Nacional, o “Brasil vai parar”; mas não fez greve alguma contra a reforma anti-operária. Neste caso, a burocracia da CUT votou um plano ... para juntar um milhão e meio de assinaturas para apresentar um projeto de iniciativa popular de anulação da mesma. A “iniciativa” ficará nas mãos de um Congresso de golpistas e ladrões.
“Lulinha, paz e amor” 
Na realidade, o Congresso “extraordinário” da CUT votou outra estratégia: o apoio eleitoral a Lula. No dia 13 de setembro, na sede de Curitiba do juiz Sérgio Moro, fará um ato pela suspensão da “perseguição judicial” a Lula, com a palavra de ordem: “Eleição sem Lula é fraude!”. Uma concentração parecida com que a houve em Comodoro Py em defesa de CFK. A Central se coloca a reboque da campanha eleitoral de Lula para as eleições de outubro de 2018. A CUT incorporou-se à caravana de atos de Lula pelo Nordeste. Em resumo, nada de lutas por mais de um ano – ou seja, um apoio à agenda de Temer. Lula e a CUT estão buscando uma absolvição política dos grandes capitalistas. Como o kirchnerismo na Argentina, o PT acompanha – como pseudo opositor - a ofensiva burguesa contra as massas.
A greve de Brasília 
No mesmo dia da abertura do Congresso Extraordinário da CUT saíram em greve os rodoviários de Brasília, o que deixou sem transporte a mais de um milhão de passageiros e paralisou a capital do país. Reivindicavam um aumento de 10% frente a uma proposta patronal de 4,5%. Não teve o apoio prático da CUT. A burocracia da CUT e do PT está empenhada em desmoralizar o caminho da luta aberto pela Greve Geral de abril passado. A maior parte da esquerda brasileira converteu-se também ao eleitoralismo – antecipadamente – inclusive à campanha de Lula presidente. O PSOL acompanha esta política de trégua, enquanto se prepara para decidir sobre seu próprio candidato para a eleição que deverá ocorrer daqui a quatorze meses. A condição para que essa perspectiva aconteça está dada por um regime que prepara uma reforma política parlamentarista, que pode acabar com a eleição presidencial. A esquerda brasileira incorporou-se a uma política que visa neutralizar a tendência de luta dos explorados.