terça-feira, 28 de maio de 2019

Uma reflexão para os dias de hoje, em homenagem ao companheiro Jorge Altamira, dirigente histórico do Partido Obrero da Argentina e da CRQI

Friedrich Engels, A DIALÉTICA DA NATUREZA, Londres, 1883



[...] “MAQUIAVEL ERA ESTADISTA, HISTORIADOR, POETA E, AO MESMO TEMPO, O PRIMEIRO ESCRITOR MILITAR DIGNO DE MENÇÃO NOS TEMPOS MODERNOS. LUTERO NÃO SÓ LIMPOU OS ESTÁBULOS DE ÁUGIAS DA IGREJA, COMO TAMBÉM O DO IDIOMA ALEMÃO: CRIOU A PROSA ALEMÃ MODERNA E ESCREVEU O TEXTO E A MELODIA DESSE CORAL TRIUNFAL QUE FOI A MARSELHESA DO SÉCULO XVI. OS HERÓIS DESSA ÉPOCA NÃO SE ACHAVAM AINDA ESCRAVIZADOS À DIVISÃO DO TRABALHO, CUJA AÇÃO LIMITATIVA, TENDENTE À UNILATERALIDADE, SE VERIFICA FREQUENTEMENTE ENTRE SEUS SUCESSORES. MAS O QUE CONSTITUIA SUA PRINCIPAL CARACTERÍSTICA ERA QUE QUASE TODOS PARTICIPAVAM ATIVAMENTE DAS LUTAS PRÁTICAS DE SEU TEMPO, TOMAVAM PARTIDO E LUTAVAM, ESTE POR MEIO DA PALAVRA E DA PENA, AQUELE COM A ESPADA, MUITOS COM AMBAS. DAÍ A PLENITUDE E A FORÇA DE CARÁTER QUE FAZIA DELES HOMENS COMPLETOS. OS SÁBIOS DE GABINETE SÃO A EXCEÇÃO: OU ERAM PESSOAS DE SEGUNDA OU TERCEIRA CLASSE, OU PRUDENTES FILISTEUS QUE TEMIAM QUEIMAR OS DEDOS”. [...]






sexta-feira, 24 de maio de 2019

https://www.facebook.com/jorge.altamira.ok/videos/362134627993987/?t=9

Conversa debate em Tucumán "Há 50 anos do Cordobazo. Sua história e atualidade ", com Jorge Altamira, dirigente histórico do Partido Obrero da Argentina e da CRQI.

UNIR AS ASPIRAÇÕES MAIS PREMENTES DA JUVENTUDE COM OS TRABALHADORES DA CIDADE E DO CAMPO



NO DIA 30/05! RUMO À GREVE GERAL


PELA ALIANÇA OPERÁRIO-CAMPONÊS-ESTUDANTIL


POR UM GOVERNO PRÓPRIO DOS TRABALHADORES!

 
POR UM GOVERNO OPERÁRIO E CAMPONÊS 

PELO SOCIALISMO! 

PELA UNIDADE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES DA AMÉRICA LATINA!


Os estudantes protagonizaram junto com os professores e servidores da educação de todos os níveis no dia 15/05 a maior mobilização contra o governo do fascista Bolsonaro, até o momento, governo este que já atingiu a mais baixa popularidade de um governo nos seus primeiros 100 dias, mais baixa inclusive que o "caçador de marajás" da "república de Alagoas", o famigerado Collor de Melo

Parcela da classe trabalhadora aderiu à mobilização nacional, que atingiu nas ruas de todo o país mais de 3 milhões de pessoas, com enorme apoio popular em todos as capitais e nos seus mais remotos rincões.

Não há mais espaço, nem tempo para meios-termos, meias-tintas, enfim para o conciliacionismo de classes que a maioria das direções estudantis e operárias que estiveram à cabeça das mobilizações procuram inutilmente defender.

Estamos falando daqueles que quando estiveram no governo amarraram os pés e as mãos da classe trabalhadora em nome da "utopia" da conciliação dos interesses inconciliáveis dos  explorados com os exploradores, os governos do PT e da Frente Popular, que em nome da aliança com os partidos do grande capital nacional e internacional, como o do golpista MDB do vice-presidente de Dilma Roussef, Michel Temer, PAVIMENTARAM O CAMINHO PRO GOLPISMO! e deram lugar para o acirramento das tendências fascistizantes por conta do esgotamento do regime político democratizante, de continuísmo da ditadura militar, como foi a lei aprovada do anti-terrorismo, aperfeiçoada agora no governo do fascista Bolsonaro, através do agente do imperialismo norte-americano, o atual ministro da Justiça, "da república de Curitiba", Sérgio Moro.

Em oposição pelo vértice à aliança burguesa pró-imperialista, defendemos a ALIANÇA OPERÁRIO-CAMPONÊS-ESTUDANTIL, A UNIDADE DE TODOS OS EXPLORADOS, CONTRA OS EXPLORADORES, EM UMA LUTA QUE DESENVOLVA UM PROGRAMA DIRIGIDO CONTRA O ESTADO BURGUÊS, CONTRA O ESTADO CAPITALISTA, baseado na defesa das reivindicações mais prementes dos trabalhadores e na luta por um GOVERNO PRÓPRIO DA CLASSE OPERÁRIA, um governo dirigido por um PARTIDO OPERÁRIO REVOLUCIONÁRIO!

Portanto, no dia 30/05, os estudantes devem sair às ruas, multiplicando o que já foi a poderosa mobilização do dia 15/05, UNINDO-SE AO CONJUNTO DA CLASSE TRABALHADORA, numa única luta, uma luta unitária, para derrotar o "contingencionamento" das verbas da educação, a reforma previdenciária, pela revogação da reforma trabalhista e da EC 95, e pelo atendimento de todas as reivindicações dos trabalhadores da cidade e do campo e da juventude.

Pela derrubada do governo do fascista Bolsonaro!


FORA O GOVERNO DO FASCISTA BOLSONARO!


POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES!

terça-feira, 14 de maio de 2019

TODO APOIO À GREVE NACIONAL DA EDUCAÇÃO!

DIA 15/05

TOMAR AS RUAS

RUMO À GREVE GERAL





As Universidades Federais, responsáveis, senão por 100%, pela maior parte da pesquisa científica que se faz no país, estão sofrendo um brutal ataque do governo do fascista Bolsonaro. 

O corte de 30% dos orçamentos já aprovados das Universidades públicas não é um raio em céu azul. Bolsonaro, durante a sua campanha e mesmo antes de tomar posse, expôs seus propósitos de total aversão ao desenvolvimento da ciência, da cultura, do conhecimento e do desenvolvimento intelectual. Daí, a consequência natural é de ter se convertido no inimigo número um da educação PÚBLICA, dos estudantes, dos professores e servidores que nela atuam e que enfrentam uma batalha por dia para defender a sua sobrevivência. Nesse sentido podemos dizer com toda a certeza, que a continuidade desse governo coloca em risco iminente a existência do ensino público, laico e gratuito no país.

Por isso, os professores e estudantes em todo o país decretaram uma  greve nacional  contra o corte de verbas do governo Bolsonaro. 

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Federação Servidores das Universidades Brasileiras (FASUBRA), Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), e seus respectivos sindicatos de base, a União Nacional de Estudantes (UNE) e demais entidades de base dos estudantes, anunciaram a convocação de uma greve nacional da educação para o dia 15 de maio contra os cortes de verbas no orçamento. Foram convocadas assembleias nas principais universidades e institutos federais do país para votar a adesão à medida de força, que tende a ser massiva.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub anunciou que o corte será àquelas instituições que não apresentem o “desempenho acadêmico esperado" ou que são espaços de "balbúrdia". O objetivo é retaliar as universidades onde se produziram as primeiras manifestações contra o governo, como a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), às que se destacaram porque permitem em suas dependências "eventos políticos, manifestações partidárias e festas inadequadas para um ambiente universitário". Como os cortes restritos às três Universidades caracterizariam perseguição e, portanto, improbidade administrativa, o governo recuou atirando e universalizou a medida, estendendo-a a todas as Universidades Federais, bem como aos Institutos Federais. Desde a semana passada anunciou-se o corte de investimento para as faculdades de Filosofia e Sociologia.

Para o atual ministro, que assumiu seu cargo em abril, depois de que Jair Bolsonaro substituiu Ricardo Vélez Rodriguez - devido a crises internas em seu gabinete - as universidades estão “tomadas pela ideologia comunista” e considera ao socialismo um “cancro” que deve ser extirpado das salas de aula. 

Uma mobilização encabeçada por milhares de estudantes, famílias e professores do Rio de Janeiro protestou em frente ao colégio militar Pedro II que recebia a visita de Bolsonaro. Em seu discurso voltou a insistir com a criação de escolas militares em cada capital do país. Para evitar contato com a manifestação, o presidente abandonou o colégio pela porta dos fundos da escola. A hashtag #EuDefendoOCPII ficou como o segundo tema mais comentado no país. A popularidade de Bolsonaro, segundo todas as últimas pesquisas, encontra-se em queda livre. 

A nível internacional encontram-se circulando abaixo-assinados em diferentes diários, que já atingiram a adesão de mais de 13 mil acadêmicos, entre os quais se encontram docentes de Harvard, Princeton, Oxford, Cambridge, a Universidade de Paris e da Universidade de Bruxelas, de rejeição aos cortes orçamentários.
Os estudantes  mostraram o caminho com mobilizações massivas por todo o país. 
Faz-se necessário um congresso de todos os sindicatos docentes e de servidores, que delibere em conjunto com os estudantes e vote um plano de ação para frear estas medidas de guerra contra a educação pública.
A luta contra o desmonte e a privatização do ensino público em todos os níveis incorpora-se à luta contra a infame reforma da previdência. Por isso, o 15M deve se converter em uma preparação da GREVE GERAL.

FORA BOLSONARO! POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES


domingo, 5 de maio de 2019

Entrevista com o companheiro João Batista, 82 anos de luta

Por Eugênio Borges 



EM HOMENAGEM AOS 201 ANOS DO NASCIMENTO DE KARL MARX, O TEÓRICO DA DITADURA DO PROLETARIADO

 Postado no Facebook pelo historiador e militante do Partido Obrero da Argentina, companheiro Daniel Gaido


 

"Pelo que a mim se refere, não me cabe o mérito de ter descoberto a existência das classes na sociedade moderna. Nem a luta entre elas. Muito antes de mim, alguns historiadores burgueses tinham exposto o desenvolvimento histórico desta luta de classes e alguns economistas burgueses a anatomia econômica destas. O que eu trouxe de novo foi demonstrar: 

 

1) que a existência das classes está ligada a determinadas fases históricas do desenvolvimento da produção; 

2) que a luta de classes conduz, necessariamente, à ditadura do proletariado; 

3) que esta mesma ditadura não é senão  tão somente a transição para a abolição de todas as classes e para uma sociedade sem classes." 

(carta a Joseph Weydemeyer, 5 de março de 1852)

«ESTE REGIME ESTÁ PODRE, É CORRUPTO POR NATUREZA, E ALIMENTA-SE DA MISÉRIA E A DOR DE MILHÕES DE SERES HUMANOS, É INVIÁVEL, TEMOS QUE ACABAR COM ELE»



Segue trechos destacados da intervenção de Andrea Revuelta na Assembleia Aberta do Partido dos Trabalhadores do Uruguai, realizada na sexta-feira, 3 de maio e compartilhado no Facebook. Fazemos nossas, as palavras da companheira


Como dissemos na última capa de nosso jornal, todos são candidatos do FMI!. Todos se oferecem para gerenciar o Estado em benefício dos capitalistas, todos aceitam o pagamento da dívida externa, uma dívida usurária e confiscatória. Todos concordam com o processo de colonização e saque dos recursos naturais, para garantir aos investidores as condições que eles exigem.

Estamos agora em pleno processo de instalação de UPM2, mas já temos UPM1 e toda espécie de propostas que desconhecem a legislação nacional (…) no marco das leis de Zonas Francas.

Todos aceitam e promovem a precarização trabalhista de diferentes formas: nós assistimos há muitíssimos anos a perdas do ponto de vista salarial, desde a redução das contribuições patronais, todos se postulam como gestores destes programas com o argumento perverso de fomentar o emprego feminino, de fomentar o emprego da juventude, e por essa via reduzem as contribuições e reduzem os salários também.

Todos os candidatos sustentam a impunidade que se estabeleceu no pacto do Clube Naval e os posteriores (…) Tudo o que tem se sucedeu com Gavazzo e as remoções de chefes do exército, o que existe é isso, a manutenção de uma linha que é essa política de pacto estabelecida no Clube Naval.

Estamos no meio de uma campanha eleitoral onde as reivindicações e interesses dos trabalhadores estão, ou relegados, ou subordinados absolutamente à sorte de suas patronais.

Que fazemos frente às demissões, que fazemos frente aos fechamentos de empresas, como lutamos pelo salário, pela redução da jornada de trabalho; a luta contra as privatizações contra as terceirizacões, contra os contratos com as empresas de recolhimento de lixo: e o orçamento para a saúde pública e educação?

Que fazemos com a reforma da seguridade social, que aumenta a idade para a aposentadorua? Enquanto mantém-se esta redução de contribuições  patronais mencionada anteriormente. Aonde nos leva esta política de subordinação à burguesia?

Apresentam-nos isto como a única alternativa viável e possível, nós dizemos que não. Nós, trabalhadores não temos porque renunciar a nada; a juventude não tem que renunciar a lutar pelo que acredita, não tem que renunciar a lutar por uma sociedade melhor, justa, sem explorados, nem exploradores, por que vamos renunciar a tudo isso? Eu adianto que não renuncio a nada, e nenhum de nós vai renunciar a pôr em pé este programa; não importa que digam que o que propomos não é viável, que é uma utopia, que está fora da realidade, ou que não faz sentido. O que é impossível é seguir sustentando o regime brutal de barbárie e opressão, que é o regime capitalista.

Este regime se decompõe, é corrupto por natureza, e alimenta-se da miséria e a dor de milhões de seres humanos e por isso é impossível e é inviável, temos que acabar com ele.

Nossa campanha deve estar centrada nessa alternativa que é a única alternativa viável e possível: transformar a sociedade em termos socialistas.

E que fazemos agora, que fazemos no meio desta campanha, que parece que estamos em uma festa de casamento no meio do carnaval carioca; todos dançam, festejam, dão risadas, põem fantasia, tomam mate, são todos populares e simpáticos. Nós temos muito claro o que temos que fazer. Temos que defender essa agenda dos trabalhadores que está ausente entre o barulho dos apitos e as matracas desta festa, e que esta festa não é a nossa.

Vamos pôr em pé uma campanha política séria, firme e contundente de defesa da classe operária, ainda que não esteja na moda e ainda que destoe do resto.

Dirigimos-nos a todas as massas exploradas e lhes dizemos: o único caminho é organizar-se e nós lhes damos um lugar para a ação; nosso programa, nossa organização e nossa campanha está a serviço disso. A participação do Partido dos Trabalhadores nestas eleições procura converter-se em uma tribuna de agitação e propaganda deste programa; os convidamos a fazer parte nesta luta, os convidamos a ser protagonistas dela, este é o camho. Porque esta grande festa é tão somente a antessala da catástrofe da crise em curso.

Que os capitalistas paguem a conta da crise!

Estamos em campanha!

quinta-feira, 2 de maio de 2019

PRIMEIRO BREVE BALANÇO DO ATO UNIFICADO DAS CENTRAIS SINDICAIS DO 1º DE MAIO NO VALE DO ANHANGABAÚ

MILHARES SE MOBILIZARAM CONTRA A INFAME REFORMA PREVIDENCIÁRIA DO GOVERNO DO FASCISTA BOLSONARO


O DEPUTADO FEDERAL PAULINHO DA FORÇA SINDICAL AFIRMOU EM ALTO E BOM SOM: "Centrão discute reforma que não reeleja Bolsonaro"


Fonte deste artigo: Rádio CBN Diário Florianopolis AM 740

                                                                 GUILHERME GIORDANO


No ato unificado do dia 1º de maio, dia Internacional dos trabalhadores, das centrais sindicais que ocorreu no Vale do Anhagabaú em São Paulo, o presidente da Força Sindical e deputado federal pelo Solidariedade, partido membro do chamado Centrão (partidos de direita e centro direita, no interior do Congresso Nacional), Paulinho da Força,  revelou que está sendo discutido "o apoio a uma reforma da Previdência que não garanta a reeleição do presidente  Jair Bolsonaro, em 2022", e que o eixo da política do chamado Centrão é "REFORMAR A REFORMA", alterando pontos no texto original apresentado pelo governo que tramita no Congresso Nacional, já tendo sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. 

Segundo um dos chefes do gangsterismo sindical no País, Paulinho da Força, a ideia do Centrão é desidratar a proposta do governo, uma vez "mantidos os gastos e não retirados, para que a economia seja menor e o presidente não tenha tanto dinheiro excedente para investir", economia esta prevista pelo staff do ministro da Economia, Paulo Guedes, no valor de 1,1 trilhão de reais em uma década, o que serviria para equilibrar a disputa nas eleições de 2022. Mas o presidente fascista Bolsonaro já admitiu uma economia de no mínimo 800 bilhões.

 Paulinho da Força, sem muita cerimônia, de acordo com a divisão do trabalho estabelecido pela burocracia sindical que dominou o ato, bradou: “Oitocentos bilhões garantem, de cara, e reeleição dele. Se dermos 800 (bilhões de reais) como disse ele, significa que nos últimos três anos dele (Bolsonaro, na Presidência), há 240 bilhões ao ano para gastar. Eu acho que temos de ter economia em torno de 500 bilhões. Seiscentos bilhões seria o limite para essa reforma”. 

Já, Vagner Freitas, presidente da CUT, afirmou que a central sindical ligada ao PT "irá concentrar seus esforços contra a Capitalização e a desconstitucionalização", o que também teria a função de "desidratar a reforma da Previdência", coincidindo assim com seu colega da Força Sindical.

Foi anunciado neste ato a marcação de uma Greve Geral para o dia 14/06, daqui a quase dois meses. A pergunta que fica: "é com este programa que pretende-se mobilizar os trabalhadores?" 

Os sindicatos de base das centrais sindicais devem se rebelar contra a política das cúpulas dessas centrais, que são as principais do país, e reverter em prol da classe trabalhadora a política que dominou no ato do Vale do Anhangabaú, "Feliz 2022!", convocando um Congresso Nacional de bases da classe trabalhadora, de caráter emergencial, que tenha como ponto principal, a organização e mobilização dos trabalhadores em seus locais de trabalho e de moradia, e da juventude, em seus locais de estudo, para a que a GREVE GERAL seja antecipada e dirigida contra o governo cambaleante do fascista Bolsonaro e o conjunto do regime político, para derrotar a reforma da previdência integralmente e em defesa de um programa de um governo e das necessidades mais prementes dos trabalhadores.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

O AGRUPAMENTO TRIBUNA CLASSISTA DO BRASIL ADERE À DECLARAÇÃO QUE SEGUE ABAIXO ASSINADA PELO PO DA ARGENTINA E ORGANIZAÇÕES DO URUGUAI, FRANÇA, GRÉCIA E TURQUIA





1° de Maio: dia internacional de luta dos trabalhadores


O fantasma da rebelião e a revolução volta a rondar o planeta

Contra as guerras e a barbárie que são fomentadas pela crise do capitalismo
           



O dia internacional de luta dos trabalhadores ocorrerá em um contexto de grandes rebeliões populares em toda a extensão do planeta. A sublevação no Haiti, o renascer da Primavera Árabe com as explosões revolucionárias no Sudão e na Argélia - que de revoltas populares estão convertendo-se em revoluções que jogam abaixo a seus regimes capitalistas corrompidos e repressores, as mobilizações na Hungria contra a reforma trabalhista e o persistente movimento dos Coletes Amarelos na França, as grandes greves na China, na Índia e Bangladesh, ou o explosivo movimento de mulheres que vão da Argentina até o México, da Polônia até a Irlanda, têm como denominador comum uma resposta das massas à bancarrota capitalista e às condições de barbárie que dela decorre. A crise capitalista enterra a ordem vigente e dá lugar a crises políticas e do regime em seu conjunto.
Este 1° de maio encontra o mundo nas portas de uma nova recessão. O capitalismo não está podendo sair do crack de 2007 e se retomam as crises financeiras, a suspensão da produção, as demissões e fechamentos de empresas, as bancarrotas de nações inteiras.
Trata-se de uma crise capitalista de superprodução de matérias-primas, mercadorias e capitais, que em lugar de abrir uma época de progresso social nos leva à catástrofe, à miséria e às guerras. É um claro sinal do ocaso histórico deste regime capitalista de exploração do trabalhador para assegurar os ganhos de um grupo de banqueiros e monopólios.
As tendências ao colapso financeiro e econômico ameaçam em tomar dimensões catastróficas: as guerras comerciais e a escalada belicista são expressões diretas da decadência capitalista. A crise do imperialismo ianque, amarrado em um impasse político e econômico, a fratura da União Europeia e a ameaça de um novo crack financeiro, prenunciam contradições cada vez mais explosivas e com um alcance cada vez maior. As condições da restauração capitalista na China e na Rússia tornam-se mais convulsivas e a pressão do imperialismo por avançar para uma colonização total ameaça novamente com a desintegração nacional destas nações. Na América Latina temos a queda em marcha do governo macrista devastado pela fuga de capitais, as desvalorizações monetárias e os planos de “ajuste” do FMI, por um lado, e a ameaça de irrupção das massas, por outro. E no Brasil, o atoleiro, crise e divisões do governo do fascista Bolsonaro há poucos meses depois de ter assumido.
Para comandar a crise e manter um quadro de exploração, os governos capitalistas tentam descarregar a crise sobre as massas trabalhadoras e as nações atrasadas. Em muitos países estão assumindo governos de direita (Hungria, Polônia, Brasil, etc.) com o propósito de levar a fundo estas ofensivas contra as conquistas e condições de vida dos trabalhadores.
O presidente ianque, Trump, está agora reforçando um bloqueio econômico contra o Irã: impede as vendas iranianas de petróleo procurando fazer cair os rendimentos de exportações deste país e obrigá-lo a que avance na privatização deste recurso estratégico em favor das petroleiras ianques. Este bloqueio está originando, artificialmente, um aumento do preço das naftas que golpeia o bolso dos usuários-trabalhadores de todo o mundo.
As guerras comerciais e a escalada belicista (Iraque, Afeganistão, Síria, Líbia, os massacres de palestinos, etc.) são expressão do impasse do imperialismo capitalista e de sua tendência política e militar a crescentes guerras. Esta tendência belicista se evidencia no aumento dos orçamentos militares dos EUA (e demais imperialismos), na ruptura dos acordos de mísseis com a Rússia, na integração dos países do Leste Europeu e os Balcãs ao tratado militar da OTAN, na institucionalização da limpeza étnica contra os palestinos que pretende instalar no Oriente Médio o novo plano “de paz” de Trump e Netanyahu, nos boicotes estratégicos contra a Venezuela, Cuba e Irã. Em sua bancarrota e desespero, o capital é capaz de levar-nos à barbárie. A ofensiva de Trump - com o apoio das burguesias capachas latino-americanas - contra a Venezuela para colocar um governo fantoche e privatizar o petróleo, é um passo estratégico para sustentar aos governos de direita em crise (Bolsonaro, Macri, Duque) e enfrentar as tendências de resistência das massas. Fundamental para “ordenar” o chamado quintal do imperialismo ianque e poder intervir mais energicamente nas guerras mundiais que estão se desenhando.
Estes ataques às massas trabalhadoras estão, como temos assinalado no início, originando processos de resistência. Não são só as grandes lutas do Haiti, Sudão, Argélia e outros setores de trabalhadores e despossuídos dos países atrasados. Na China, a classe operária afundada durante décadas na miséria salarial e a superexploração está levantando a cabeça, organiza-se e luta.
E nos EUA crescem as greves de trabalhadores, na vanguarda das quais se destacam as massivas e persistentes greves de professores que tentam recuperar níveis salariais e defender a educação pública. Há uma tendência à polarização que está envolvendo amplos setores de trabalhadores e a juventude. Trump, em seu discurso presidencial, declarou que a “América nunca será socialista”. Reflete que grande parte da juventude norte-americana não vê futuro sob o capitalismo, e sua situação se agrava constante e crescentemente (precarização trabalhista, salários miseráveis, etc.) e procura alternativas políticas autoproclamando-se socialista.
Equivoca-se Trump; não só nos EUA, mas em todo mundo está se abrindo um caminho à retomada das bandeiras de luta pelo socialismo.
Esta tendência à radicalização tem, no entanto, o bloqueio contrarrevolucionário das burocracias operárias sindicais e dos partidos oportunistas que crescentemente foram se integrando com o poder burguês. Só o fato de que a CGT francesa não tenha convocado a paralisação geral ativa, confluindo com as mobilizações dos “coletes amarelos”, explica que ainda não tenha caído o governo antioperário de Macron. As burguesias nacionais dos países atrasados (Lula no Brasil, Kirchner na Argentina, o chavez-madurismo na Venezuela, etc.) estão sendo incapazes de desenvolver seus países, continuam se subordinando ao capital financeiro (pagando religiosamente usurárias dívidas externas, etc.) e terminam capitulando frente ao imperialismo e abrindo o caminho à ascensão da direita em sua oposição para evitar a irrupção revolucionária das massas trabalhadoras. Apesar destes bloqueios contrarrevolucionários, na Argélia e Sudão, as massas mostraram o caminho passando das rebeliões a revoluções contra o poder político. A necessidade de lutar por novas direções classistas e revolucionárias, de independência de classe, deve ser um objetivo central.
Há 129 anos, a classe operária mundial organizou-se para ganhar as ruas e encarar a luta comum pelas 8 horas de trabalho e outras reivindicações contra o capital. Hoje vemos que essa unidade mundial dos trabalhadores está rompida. Em muitos países, as burocracias convocarão festivais e vão celebrar um dia de festa “pelo trabalho”. O 1° de maio é um dia internacional de luta dos trabalhadores. E este 1° de maio expõe em carne viva a necessidade de recuperar a independência política dos trabalhadores, de construir partidos operários revolucionários em cada país e uma Internacional Revolucionária que unifique a luta contra a ofensiva de barbárie e superexploração do capital e se proponha a lutar para que os trabalhadores imponham governos operários e abram o caminho à satisfação de suas reivindicações, derrotando as guerras imperialistas.
A centro-esquerda propugna enfrentar a Trump e os governos de direita formando frentes antifascistas “democráticas” com setores opositores da burguesia. Mas essa centro-esquerda é a que se afundou incapaz de enfrentar a crise capitalista, abrindo o caminho à ascensão destes setores de direita. É impossível voltar ao “equilíbrio” anterior, há que se avançar contra a barbárie capitalista para a resistência, a revolução e o governo de trabalhadores. Uma frente “democrática” com os Lula, Kirchner e Cia. para enfrentar a direita eleitoralmente seria colocar uma camisa de força às massas operárias e revolucionárias que estão saindo à luta. 
Trata-se de enfrentar e derrotar ao capitalismo que gera estas forças de direita e também se vale dos pseudo-democratas para impor seus planos. Não nos esqueçemos que com Clinton e Obama, o imperialismo descarregou sua guerra contra a Líbia (que hoje praticamente está deixando de existir como país independente, dividido em várias zonas sob governos tutelados por diferentes frações imperialistas), na Síria, Iraque, etc.
Mais do que nunca, o imperialismo aparece como a reação em toda a linha. Suas intervenções militares em defesa dos direitos humanos, ou por razões humanitárias são pura fábula, maquiagens para disfarçar seu rosto contrarrevolucionário. A classe operária é o motor da luta por uma transformação socialista do mundo.
O movimento das mulheres pelo direito ao aborto e outras reivindicações democráticas contra a opressão capitalista está recuperando o 8 de março como jornada internacional de luta da mulher trabalhadora com massivas mobilizações (Espanha, Argentina, etc.).
Recuperemos também o 1° de maio como dia internacional de luta contra o capital.
As organizações abaixo-assinantes, partidos e organizações revolucionárias baseadas no programa da Coordenação  pela Refundação da Quarta Internacional (CRQI), estamos impulsionando a refundação de uma Internacional Socialista Revolucionária para unir aos trabalhadores do mundo. Convocaremos para fins deste ano a uma Conferência Internacional para dar passos concretos nesse sentido.
Construamos Partidos Operários Revolucionários. Ponhamos em pé uma Internacional Revolucionária.
Não às frentes de colaboração de classes. Por frentes revolucionárias de independência de classe, da esquerda e os trabalhadores.
Que os capitalistas paguem a crise. Não ao pagamento das usurárias dívidas externas. Não aos planos fundomonetaristas de “ajuste” contra os trabalhadores. Abaixo as reformas trabalhistas e previdenciárias reacionárias e antioperárias.
Apoiemos as lutas das mulheres pelo direito ao aborto e suas reivindicações contra o capitalismo. Separação das Igrejas do Estado.
Contra a xenofobia e a perseguição aos imigrantes. Plenos direitos cidadãos e trabalhistas para os imigrantes. Unidade da classe operária contra o capital.
Abaixo as guerras imperialistas. Fora as tropas imperialistas da África e Oriente Médio. Apoio à luta do povo palestino contra o sionismo-imperialismo: pelo direito ao retorno. Fora ianques da Venezuela e da América Latina.