terça-feira, 16 de junho de 2020

DECLARAÇÃO POLÍTICA DO AGRUPAMENTO TRIBUNA CLASSISTA


O Agrupamento Tribuna Classista reivindica a vigência  das principais ideias do Programa da Coordenação pela Refundação da Quarta Internacional - CRQI aprovado em seu Congresso fundacional em  2004 que será brevemente republicado em nosso blog e jornal como objeto de estudo e análise crítica confrontando com a realidade vivida no mundo inteiro, que é de uma pandemia do COVID-19 que provocou uma crise sanitária avassaladora até o momento em número de mortes e infectados refletindo diretamente na crise do sistema capitalista que, por um lado, está demonstrando sua total incapacidade em debelar a crise sanitária, e por outro lado, vê agravada a crise econômica e a crise política, com seus governos e regimes políticos começando a ser questionados em todos os cantos do planeta pela ação das massas e com uma mobilização revolucionária no centro do imperialismo norte-americano que já está irradiando para outros países, tanto periféricos, como centrais. 

Reproduzimos aqui, este que foi o nosso posicionamento inicial em relação à ruptura do Partido Obrero da Argentina, organização que exerceu uma forte influência na nossa formação e atuação política, no Brasil. 


Nosso entendimento, no entanto, é que nenhum interesse apoiado numa particularidade organizativa seja lá de quem for pode estar acima da luta por um programa voltado para os interesses das amplas massas trabalhadoras que nesse momento tendem a buscar uma saída revolucionária no mundo inteiro frente à total falência do capitalismo.

E esse programa deve estar claramente definido como de defesa da Revolução Mundial do proletariado e do socialismo, um programa que defenda os interesses mais imediatos dos trabalhadores e os seus interesses históricos, que em última instância residem na emancipação social e política dessa sociedade baseada na exploração do homem pelo homem.

A estratégia política de luta por governos de trabalhadores em todos os países está na ordem do dia, não como um arbítrio da realidade, mas como uma necessidade histórica, de vida ou de morte para os trabalhadores do mundo inteiro.

Aos dirigentes, militantes de base e simpatizantes da CRQI 

e do Partido Obrero da Argentina

 

  NÃO À RUPTURA DA CRQI E DO PARTIDO OBRERO DA ARGENTINA


Desde o Brasil, fomos fortemente impactados com os acontecimentos que envolvem o Partido Obrero da Argentina.

Ainda no interior do PT lutamos sob a forte influência do PO e de seu principal dirigente, Jorge Altamira, que desde então foi nossa principal referência programática e política do ponto de vista do internacionalismo proletário e da defesa da Revolução Socialista, em uma profunda delimitação das vertentes  nacionalistas burguesas e frentepopulistas.

A total degeneração da organização, em que militamos por mais de 20 anos, que ora se converteu em porta-voz e conselheira virtual do lulismo, nos conduziu a uma ruptura com a mesma e uma maior aproximação do PO, da CRQI e do próprio Jorge Altamira, a partir de 2008.

Passamos a publicar o jornal Tribuna Classista, as Declarações Internacionais da CRQI, organizamos duas atividades públicas com Jorge Altamira em Porto Alegre, sul do Brasil, participamos, desde de 2009, de todas as Conferências Latinoamericanas que ocorreram em Buenos Aires e no Uruguai e em alguns Congressos do PO. 

Somente em 2018 estivemos presentes em abril e novembro nas Conferências Internacionais que ocorreram em Buenos Aires com uma combativa intervenção no ato que encerrou a primeira e uma contribuição importante na resolução aprovada na Comissão contra as reformas trabalhistas e previdenciárias, na segunda.

Dito isto, entendemos que a ruptura política, se consumada, será um gravíssimo erro histórico com consequências programáticas e políticas nefastas para o desenvolvimento da consciência das massas que perpassa os marcos das fronteiras argentinas,  pois terá um alcance internacional. 

Enfim, depois de altos e baixos organizativos, nosso pequeno agrupamento se vê na obrigação moral de se posicionar frente a esta situação.

E o que queremos dizer primeiramente é NÃO À RUPTURA!



Que sejam retiradas todas as sanções contra o setor que esporadicamente se encontra em minoria e que lhe seja restituído todos os direitos de militantes políticos do PO, integralmente.

Basta de medidas arbitrárias de cunho administrativo e burocrático! Pela mais completa liberdade de discussão e expressão! 

Essa é a nossa posição inicial.

Em defesa da CRQI e do Partido Obrero como fios de continuidade da IV Internacional de León Trótsky e da estratégia política da Revolução Mundial do Proletariado e do Socialismo.