domingo, 14 de junho de 2020

O ESTADO TERMINAL MUNDIAL DO CAPITALISMO




Artigas Heller Alvez


Nos precisamos pensar que fim do capitalismo está dado, as condições estão aí, não é das cabeças dos revolucionários, é do próprio capitalismo que não tem mais resposta ao descalabro que é imposto às classes  trabalhadoras do mundo todo. Esta crise não é apenas mais uma, das tantas que já vieram, mas a maior, que vai abalar os milhares de regimes neste planeta. O grande capital é regido e implementado pelos Estados Unidos como o líder, como ele não está sozinho, outros países aplicam a mesma fórmula de exploração fazendo parte  da exploração mundial da classe trabalhadora. 


O capitalismo mundial está numa crise sistêmica aonde não consegue sair dela. Vamos relacionar  estas crises que terminaram  no colapso capitalista do grande pai e gerenciador deste processo de exploração, o governo americano.

 

Suspeitas de que capitalismo e classe trabalhadoras possam não se combinar facilmente estão longe de ser novidade. Já no século XIX e em boa parte do século XX, a burguesia  manifestava temores de que a "regra da maioria", implicando, inevitavelmente, o predomínio dos pobres sobre os ricos, acabaria por extinguir a propriedade privada e os mercados livres. A classe trabalhadora ascendente, por sua vez, advertiam que os capitalistas poderiam se aliar às forças reacionárias para abolir a democracia com o intuito de se protegerem de ser governados por uma maioria permanente empenhada na reorganização econômica e social.


O colapso do sistema financeiro norte-americano que ocorreu em 2008 converteu-se em uma crise econômica e política de dimensões globais. Após anos de aumento da desigualdade, expansão do crédito e formação de bolhas de ativos, um colapso financeiro deu início a uma crise profunda, marcada por um círculo vicioso de diminuição de renda. A redução dos preços dos ativos (ações e imóveis) fez diminuírem os gastos de empresários e de trabalhadores.  A crise que se iniciou com a quebra do Lehman Brothers em 2008, que foi um banco de investimento e provedor de outros serviços financeiros, com atuação global, sediado em Nova Iorque. 

 

Hoje a crise do capitalismo junto com a pandemia do COVID-19 desestruturou a tal ponto o mundo, a ponto de virar um colapso para humanidade; os estados capitalistas mundiais não tiveram resposta devido ao número de mortes ocorridos provocadas pela pandemia em seus territórios; com isso desmontou todo o sistema de saúde, a transmissão ocorreu pela classe  burguesa que teve condições de viajar ou trabalhar nesse mundo globalizado levando o vírus para seus países, mas a mais prejudicada e precarizada é a classe trabalhadora que precisou trabalhar para se sustentar enquanto a classe favorecida se protegia do vírus. Os trabalhadores enfrentam o desemprego, a redução dos salários e o aumento dos impostos. Virão enormes quebradeiras de pequenas e médias empresas nos próximos meses, inflação com depressão econômica, desemprego, fome e mortes pelo coronavírus.


A crise sistêmica do capitalismo junto com a pandemia vem mostrando um colapso nas economias nos países periféricos e centrais sem solução; no centro do capitalismo nos Estados Unidos, o desemprego, as mortes devido ao COVID-19 e o racismo, estão à volta do maior  abalo em suas estruturas econômicas e sociais, o que quer dizer capitalismo esta fazendo água, está colapsando. 

  1. Crise final

Marx escreveu em 1846 na Ideologia Alemã: “Esta 'alienação' - para que a nossa posição seja compreensível para os filósofos - só pode ser abolida mediante duas condições práticas. Para que ela se transforme num poder 'insuportável', quer dizer, num poder contra o qual se faça uma revolução, é necessário que tenha dado origem a uma massa de homens totalmente 'privada de propriedade', que se encontre simultaneamente em contradição com um pequeno mundo de riqueza e de cultura com existência real; ambas as coisas pressupõem um grande aumento da força produtiva, isto é, um estágio elevado de desenvolvimento." Esse texto descreve o colapso final do capitalismo segundo Marx. 

Esse "poder insuportável" levaria ao colapso do capitalismo e a "revolução do proletariado" com a tomada do poder pelos proletários e a substituição do capitalismo pelo socialismo.