sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

COMCAP PARTILHADA, EM FLORIANÓPOLIS



Rodrigo Kirst

O PL 1.838/2021  entabulado pelo prefeito Gean Loureiro para dividir os serviços da COMCAP  encontra apoio  da vereança de Florianópolis. A divisão vai no sentido de  esmigalhar a autarquia visando a privatização  ponto por ponto,  ou seja,  pôr em prática a proposta do prefeito que já havia sido pensada desde o primeiro mandato. 

Gean se trata do típico manezinho da ilha, amigo dos nativos, notadamente os mais humildes onde tem grande inserção. Boa praça por onde anda é aplaudido pelos populares, fato que muito auxiliou na aprovação da proposta de reforma administrativa. O bom rapaz, viajante em muitos partidos políticos uma vez que nã defende bandeira nenhuma a não ser a privatização, já desde o primeiro mandato num discurso em Ingleses Norte da Ilha, reclamava contra toda a classe trabalhadora vinculada à prefeitura, estendendo o discurso também em razão do Estado e da União. Ou seja, fanático pelo plano neoliberal, sempre visou boicotar a essa classe, muito mais  pelas conquistas que já haviam alcançado após muitas lutas.

Finalmente eleito no segundo mandato, desde logo envia para a Câmara de Vereadores o PL em referência, alicerçado pela pandemia que assola o país. Ou seja, na distração da morte provocada pelo descaso governamental vai passando a boiada.

A minireforma proposta, e aprovada, se chama "Direitos Iguais", contendo em seu conteúdo uma brecha para terceirização dos serviços na COMCAP, fato que levou a categoria a entrar em greve a qual dura até o hoje sem previsão de retorno ao trabalho, mesmo sob as ameaças do Poder Judiciário ao impor multa ao sindicato senão retornarem imediatamente ao trabalho. 

Em reunião de um grupo de vereadores contrários a proposta neoliberal com o sindicato da categoria – SINTRASEM, discutiu-se as dificuldades que os trabalhadores enfrentarão assim que passar a vigorar a lei originária do PL. Pelo conteúdo da Revisão de Dissídio Coletivo vigente, arduamente conquistada, a hora extra que ainda é de 100% em dias normais e de 150% aos domingos passará a ser paga com 50% dos dias da semana e 100% aos domingos e feriados, em nada diferenciando da CLT. Prejuízo considerável se avizinha somente neste tópico.

Já em relação às férias, não mais receberão uma gratificação que vai de 10% a 40% respeitado o tempo de serviço na autarquia.

Por outro lado, a gratificação de 4% a cada dois anos será reduzida para 3% e não mais a 2 mas sim a cada 3 anos de atividade.

No que diz respeito o bônus de assiduidade e produtividade o tombo foi muito maior pois caiu de 10% para 2%. E mais, sujeito a decreto do prefeito que criará uma “comissão” que vai avaliar a possibilidade ou não da tal bonificação.

Quanto à garantia de emprego, conquistada debaixo de árduas lutas, estará com os dias contados pois só vigorará até que o último funcionário deste regime se aposente, eliminando de vez há possibilidade de futuros servidores se valerem da conquista.

A revolta dos trabalhadores da COMCAP levou ao movimento paredista pelo qual condicionam a volta ao trabalho somente com a retirada do projeto, mesmo que previamente aceito pela vereança.  Não se vislumbra mudança nos rumos traçados pelo prefeito Gean. Em entrevista à TV nesta quarta-feira, dia 27/01/2021, ele afirmou que irá sancionar o projeto e agradeceu muito ao trabalho dos vereadores. 

Focando única e exclusivamente a proposta neoliberal escancara-se que a Prefeitura quer dividir os serviços da autarquia, além de cortar valores recebidos por servidores através de acordos coletivos assinado nos últimos anos pois o projeto da minirreforma abre uma brecha para terceirização dos serviços, e passa a área de limpeza pública para secretaria da infraestrutura. Já a coleta do lixo seria transferida para futura secretaria do meio ambiente. Sob uma ótica mais incisiva o que se pretende é extinguir direitos dos trabalhadores para suportar o pagamento de salários e demais pinduricalhos dos futuros secretários e seus " escolhidos ". 

Num verdadeiro escárnio contra os servidores da COMCAP, o secretário municipal da casa civil, Everson Mendes, afirma que: "nós estamos falando de direitos e benefícios que, historicamente, há muito tempo atrás, em outro cenário, em outro momento, através de negociações de greve, eles adquiriram, e não faz mais justificativa, não tem mais sentido, neste novo cenário de pandemia, de retomada econômica".

O Secretário demonstra claramente o descaso com uma classe que desde há muito deixa Florianópolis limpa e asseada. Infelizmente tais esforços na limpeza não atingem a câmara de vereadores e a prefeitura, entidades dirigidas desde sempre pela classe burguesa.

Efetivamente, a guerra construída contra a população menos abastada desde o golpe de 2016 segue firme e forte. As conquistas do sindicato dos trabalhadores estão a caminho de gigantesco retrocesso pois, além do que já se vislumbrou, outras vantagens brevemente serão extintas a partir da sanção do prefeito “gente do bem”. Quem viver verá!

TODO APOIO À PARALISAÇÃO DOS BANCÁRIOS DO BANCO DO BRASIL

 

Bancários do Banco do Brasil, mais uma vez, vítimas de "reestruturação" 

 Dessa vez no governo genocida de Bolsonaro!!

 

Antônio Carlos T. Giordano - Oposição bancária do DF

O governo Bolsonaro,  através de seu ministro da Economia (dos banqueiros), Paulo Guedes (sic), volta a atacar os bancários  do BB,  com uma nova e mais perversa "reestruturação", que na verdade é uma desestruturação, com pdvs, demissões diretas, fechamento de agências, rebaixamento de salários, etc.

O que na verdade é a preparação para a privatização do banco. Esses ataques fazem parte dessa preparação, ou seja, a retirada de direitos conquistados ao longo dos anos, com muita luta da categoria, pelos diversos governos, inclusive os do PT, que por incrível que pareça, foram os pioneiros nas famigeradas "reestruturações", com a cumplicidade da burocracia sindical da Contrafcút. 

 É preciso que as direções do movimento bancário intensifiquem as mobilizações, não só por 24 horas,  e também,  não só no BB, mas em toda a categoria, rumo à uma greve geral dos bancários, contra esse governo deletério, entreguista e genocida e contra os banqueiros, que foram os principais favorecidos pela pandemia. 

Uma grande greve geral dos bancários e dos demais trabalhadores é a única saída para derrotar os ataques do governo Bolsonaro. 

- Toda a solidariedade com a paralisação dos trabalhadores do BB!!
- Não ao fechamento das agências!
- Não às 5 mil demissões anunciadas!
- Não à privatização! Colocar o banco sob controle dos trabalhadores
- Fora o governo genocida de Bolsonaro/Mourão!
- Por um governo dos trabalhadores!
 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

LEIA UM JORNAL PARA A PASSAGEM DA CLASSE EM SI PARA CLASSE PARA SI



Na última semana do mês de janeiro, oferecemos à classe trabalhadora mais um exemplar do Jornal Tribuna Classista, o terceiro do corrente mês de um ano que já prenuncia a agudização da luta de classe com o agravamento da crise humanitária provocada pela bancarrota do sistema capitalista que foi potencializada com a crise sanitária que resulta da pandemia.

A cidade de Manaus, localizada no Estado do Amazonas converteu-se no epicentro mundial da crise sanitária com acusações e abertura de investigação por parte do STF da total negligência por parte do Ministro da Saúde do governo genocida de Bolsonaro, o general Eduardo Pazuello, que com sua ação digna de um verdadeiro criminoso de guerra, é o principal responsável junto com todo o governo que ele representa pelas centenas de mortes por falta de oxigênio naquela cidade e em todo o Estado, que se espalham para o Estado do Pará.

A invasão do Capitólio por parte de uma horda de fascistas estimulados e organizados pelo trumpismo nos estertores do governo Trump marca o aprofundamento do fosso existente entre os detentores do regime político, republicanos e democratas, e entre esses e as massas que tendem a retomar a rebelião popular frente à crise do imperialismo norte-americano.

As eleições para as duas casas dentro do Congresso Nacional, no Brasil, aprofunda a crise política do governo Bolsonaro, e a crise entre as principais frações da burguesia que fazem daquela instituição uma caixa de ressonância dos seus interesses contra as massas pauperizadas.

Nestes marcos, a tarefa da classe trabalhadora no mundo inteiro é construir uma luta que bata de frente com o sistema capitalista e com seus regimes políticos fissurados pela encarniçada luta de foice no escuro das diversas frações da burguesia e do imperialismo.

Está no ar a luta por governos de trabalhadores, baseado num programa de transição ao socialismo, em nome da vida, e não da macabra perspectiva que o sistema capitalista minado pelas suas próprias contradições apresenta nesse momento para as massas, no mundo inteiro.

Em nome do Conselho Editorial do Jornal Tribuna Classista

Veja o link: 

https://drive.google.com/file/d/1AGs6fuJsM1R8rApPKHIOjrobrNHhlYB3/view?usp=sharing 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

O imperialismo norte-americano no centro da tormenta mundial, enquanto o bolsonarismo se encontra à deriva no Brasil

 



Carmanim Elisalde

O imperialismo norte-americano está sofrendo neste momento a pior crise política da sua história. A democracia política enquanto estratégia que foi utilizada para  combater todos os processos revolucionários no mundo como pano de fundo para impor por exemplo a Cuba, há mais de 60 anos, e mais recentemente à Venezuela um embargo econômico com ameaça de invasão a esta última, sofreu um abalo sísmico nos estertores do governo Trump, e expôs para o mundo inteiro um regime fraudulento questionado por uma ação fascistoide no interior do seu próprio sagrado parlamento para impedir a posse do seu novo presidente.

Nesse caso, os chamados supremacistas trumpistas utilizaram contra o seu próprio parlamento o que historicamente seu estado imperialista, seja sob o comando republicano, seja sob o comando democrata por infinitas vezes usaram e abusaram contra os países e povos oprimidos pelo mundo, a invasão militar, a espoliação da força de trabalho e das riquezas naturais, etc. O Iraque, o Afeganistão e outros povos ameaçados como o Irã, que o digam.

Que essas tendências fascistoides estejam vindo à tona no coração do imperialismo expressam a total decomposição de todo um regime político. Por outro lado, as multitudinárias mobilizações que explodiram em 2020 motivadas por uma ponta de um iceberg, que foi o assassinato brutal de Georg Floyd chegaram a obrigar o acuado Trump a se abrigar no bunker de guerra da Casa Branca, cercada pelos manifestantes, em Washington, manifestação esta dirigida contra o centro do poder político norte-americano.

É nos marcos de uma liderança dos EUA no ranking mundial, que segundo dados oficiais já superou 10 milhões de casos e mais de 400 mil óbitos que Joe Biden tomou posse no dia 20/01, numa capital militarizada com mais de 25 mil soldados, e revogou decretos da era Trump, aprofundando o fosso entre democratas e republicanos, depois de ter discursado invocando a unidade nacional.

A cidade mais populosa dos EUA, a cosmopolista Nova Yorque enfrenta um êxodo de seus habitantes por conta da pandemia e há previsões de que um terço das pequenas empresas irão desaparecer. Segundo Michael Hendrix, diretor do Manhatan Institute, um centro de estudos de mercado livre: "A cidade não está morta, mas está respirando por aparelhos".

Trump saiu pelas portas do fundo da Casa Branca prometendo que vai voltar, com dois pedidos de impeachment no parlamento e marcado como um cometedor de crimes premeditados em massa contra seu próprio povo. 

O certo é que o principal país imperialista não será mais o mesmo depois dos acontecimentos que se precipitaram nessa primeira quinzena do ano que recém iniciou, e as tendências à aceleração dos conflitos entre as classes sociais e entre os países imperialistas e os países periféricos tendem a se agudizar na esteira de uma crise mundial do capitalismo que desencadeou uma crise humanitária, em decorrência da incapacidade histórica de um modo de produção baseado na propriedade privada dos meios de produção em debelar a crise sanitária provocada pela pandemia que ele mesmo germinou e é o principal tributário da crise humanitária que se estende por todo o planeta.

No Brasil, uma parcela importante da burguesia já havia colocado em marcha um movimento no sentido de pular do barco do governo genocida de Bolsonaro e promoveu neste penúltimo final de semana do corrente mês carreatas  pelo FORA BOLSONARO, mirando o seu impeachment no Congresso Nacional, o qual está enfrentando a crise da eleição para a presidência das suas duas casas.

Por outro lado, a CUT e os chamados movimentos sociais embarcaram e se animaram com essa mobilização composta por movimentos e partidos de direita bolsonaristas de primeira hora, e que se locupletaram do golpe de estado em 2016, como é caso do famigerado MBL, o jornal Estadão, a Rede Globo, etc. etc. etc.

Bolsonaro há poucos dias atrás não falou nada de novo. As forças armadas foram que decidiram o golpe de estado em 2016, assim como foram as mesmas com a complacência da oposição burguesa liderada por Ulisses Guimarães do PMDB, a qual Lula e o PT se subordinaram na época que controlaram o processo de "redemocratização" do país, através da transição liberal que culminou com o governo Sarney, da Nova República, que manteve intacto e em alguns casos até reforçou o aparelho repressor do estado burguês. As frentes populares, por um lado, e o fascismo, por outro, são os dois últimos recursos do imperialismo. Esta máxima de León Trótsky está em plena vigência desde que se abriu o ciclo de transição da Revolução de Outubro, em 1917, e ao contrário de arrefecer, recrudesceu no mundo inteiro.

O genocídio premeditado em Manaus, e por todo o Estado do Amazonas, que já se alastra para o Pará e toda região Norte do país, ocasionando o colapso hospitalar e sanitário, provocado pela falta de oxigênio, com centenas de óbitos cuja causa poderia ter sido evitada com um simples cilindro de oxigênio, acendeu um sinal de alerta em setores da burguesia que haviam se convertido ao bolsonarismo, ou ao menos flertado com ele, há pouco tempo atrás, durante o período eleitoral em 2018 e após a sua posse.

O país está perto de atingir 220 mil óbitos, segundo dados oficiais, perdendo em média 500 vidas humanas a cada 24 horas, mas já teve pico de 1.400 óbitos diários. A política genocida premeditada impulsionada pelo governo Bolsonaro e que não isenta os governadores e os prefeitos que foram a correia de transmissão da criminosa "volta à nova normalidade, porque a economia não pode parar", e da criminosa "contaminação de 70% do rebanho", disseminada entre outros pelo ex-Ministro da Cidadania, Osmar Terra do MDB, apelidado de Osmar Trevas, põe em questionamento toda a classe social dominante, uma burguesia pra lá de ultrapassada e incapaz historicamente de resolver os problemas mais elementares da população, e que cada vez mais faz arrefecer o seu esforço histórico em dissimular através da ideologia que os seus interesses são comuns aos interesses dos trabalhadores, que estão pagando com o fragelo do desemprego, do arrocho salarial, da falta de moradias com centenas de moradores de rua se multiplicando em todo o país, da falta de saneamento básico (água potável e tratamento de esgoto, pasmem!, em pleno século XXI), enfim de uma miséria crescente, que resulta em milhares de mortes pela pandemia, enquanto os bancos, o latifúndio do agronegócio, os grandes industriais (favorecidos com medidas de redução de salários e suspensão de contratos dos trabalhadores, entre outras, e mesmo esta dádiva do governo Bolsonaro não foi suficiente para que a FORD, uma das maiores fabricantes e montadoras do mundo fechasse suas portas e deixasse dezenas de trabalhadores na rua da amargura, literalmente na sarjeta), a cúpula das forças armadas, o conjunto dos órgaos de repressão, etc. concentram cada vez a acumulação da riqueza produzida pela força de trabalho.

A palavra-de-ordem Fora Bolsonaro começa a ser utilizada por setores da burguesia, da mesma maneira que foi utilizada por esses setores com o Fora Collor, quando até mesmo Maluf se converteu ao movimento da "Ética na  política", provando que por detrás da metafísica da moral, da ética, da religião, etc. estão os interesses materiais de uma, ou de outra classe social. A substituição de Collor por seu vice, Itamar Franco, através do impeachment no Congresso Nacional, liderado pelos "anões do orçamento", resultou no governo de resgate do capital de características frentepopulistas com a presença de Luiza Erundina e Walter Barelli do PT, que lhe emprestaram um verniz esquerdizante, e com isso se preparou as bases para a entrega da CSN pelas famigeradas "moedas podres" e a transição para a infame era FHC através do Plano Real. 

É necessário constituir uma política classista e revolucionária que tenha como base a defesa de um programa de transição para a luta por um governo próprio dos trabalhadores da cidade e do campo. Para que isso aconteça, a CUT e demais organizações de massa dos trabalhadores do país deve romper com a política frentepopulista sem limites à direita, com o frenteamplismo, que deu sua primeira cartada no 1º de maio do ano de 2020. 

O governo genocida de Bolsonaro começou a derreter a sua "popularidade" (que nunca teve, senão através de um artificialismo e frente à ausência de uma oposição classista) muito antes das eleições municipais do ano de 2020. Anunciou o abortado Aliança para o Brasil já prevendo uma fragorosa derrota, para tentar evitar se apresentar com fisionomia própria, com a desculpa dos prazos para obtenção do registro no TSE a tempo de registrar candidaturas, prenunciando um fracasso no teste de sua "popularidade" visando 2022. 

Setores que se reivindicam classistas e revolucionários convocaram os trabalhadores a votarem no 1º e no 2º turno nas eleições municipais de 2020 na centro-esquerda, que envolve partidos como o PT, PC do B, PSOL, REDE, PSB, PDT e outras siglas menos expressivas, temendo o fantasma do bolsonarismo, que já estava caminhando na corda bamba. Perderam a bússola, porque este voto pariu os ratos no Congresso Nacional, através do apoio dessa centro-esquerda às candidaturas de Baleia Rossi do golpista MDB, para a Câmara dos Deputados, e, pasmem!, Rodrigo Pacheco do DEM para o Senado Federal, o mesmo candidato do presidente Bolsonaro.

A exigência desses setores da burguesia, na divisão do trabalho interburguesa é o aprofundamento do ataque às condições de vida das massas com as privatizações que se encontram num impasse no momento dentro do governo Bolsonaro, com a reforma administrativa que pretende colocar em marcha as demissões em massa dos servidores públicos das três esferas do estado e ampliar as tercerizações, como já antecipou o prefeito Gean Loureiro do DEM, na capital catarinense, no setor de limpeza urbana, impelindo para a greve os trabalhadores da COMCAP, que já perpassa uma semana e se fortalece obrigando o prefeito a apelar para o julgamento da greve como ilegal, exigindo a criminalização por parte do judiciário da luta dos trabalhadores e da sua organização de luta que é o sindicato. O prefeito com seu projeto infame pretende retirar as conquistas históricas da categoria e já contratou uma empresa para terceirizar os serviços de limpeza. A cidade em diversos bairros até agora só ouviu falar da empresa contratada, porque a coleta de lixo está praticamente paralisada, o que prova que a função da terceirização é transferência de renda para a patronal que explora os trabalhadores precarizados e a total desorganização do próprio processo de trabalho. 

A burguesia vê desesperada o cobertor ficar cada vez mais curto, e está pouco se importando se as suas negociatas irão desorganizar serviços elementares para a qualidade de vida como a coleta de lixo, e a limpeza das ruas, bueiros, etc. nos marcos de uma pandemia que recrudesce. A cidade na maior parte dos seus bairros vê acumular o lixo nas calçadas e com a falta de manutenção dos equipamentos de escoamento das águas, vê esses equipamentos entupidos de resíduos e com a chuva torrencial que cai sobre a cidade há mais de uma semana, bairros inteiros estão debaixo d'água, literalmente, como a Lagoa da Conceição, um dos principais pontos turísticos da cidade, com sua beleza exuberante. Negócios são negócios!

Os sindicatos de base da CUT e das demais "centrais" sindicais devem olhar para a política das suas cúpulas e exigir a ruptura das mesmas com os partidos patronais em todos os terrenos,  a começar com a política pró-patronal dos partidos que se reivindicam de esquerda, como o PT, dentro do Congresso Nacional, que controla e desemboca esta política na maioria desses sindicatos e da própria CUT.
 
Sem essa condição sine qua non, o que estamos assistindo é a continuidade da política de conciliação e colaboração de classes mais à direita ainda do que já foi nos 16 anos de governos do PT, que pavimentaram o caminho para o ascenso ainda que muito efêmero do submundo miliciano bolsonarista. 

É preciso colocar abaixo o governo genocida de Bolsonaro e Mourão e todos os interesses que estão por detrás desse governo da burguesia, enquanto classe social, que escorrem pelo ralo enquanto é promovido um verdadeiro genocídio da população. A meta desse governo genocida em relação à pandemia é vacinar metade da população até o fim do primeiro semestre, o que significa que a outra metade, cerca de 110 milhões de brasileiros ficarão a mercê da própria sorte. A meta na verdade mais parece ser a meta macabra da morte de milhares de seres humanos, como já foi denunciado por especialistas da área sanitária, que está em curso uma política macabra de crimes premeditados.

Por isso, é preciso levantar a palavra-de-ordem Abaixo o governo genocida de Bolsonaro/Mourão, acompanhada de um programa de transição para um governo dos trabalhadores.







sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

O internacionalismo proletário em defesa da greve dos garis da COMCAP em Florianópolis

Pela Unidade Socialista dos trabalhadores da América Latina! 

Publicamos aqui o apoio à greve dos garis da COMCAP em Florianópolis 
publicado no Prensa Obrera pelo Partido Obrero da Argentina




Brasil: todo el apoyo a la huelga general 

de los municipales de Florianópolis

Abajo la reforma laboral bolsonarista del DEM de Rodrigo Maia y el alcalde Loureiro.
Por Rafael Santos(sobre la base del artículo enviado por los compañeros de Tribuna Classista de Florianópolis).

Brasil: todo el apoyo a la huelga general de los municipales de Florianópolis

Imagen de la huelga de 2017.










El alcalde Gean Loureiro del DEM de Rodrigo Maia (partido de derecha que se presenta como “menos fascistoide” que Bolsonaro y que dirige el bloque mayoritario –el centrao- del parlamento), envió un paquete de medidas antiobreras al Ayuntamiento de Florianópolis (capital del Estado de Santa Catalina). Apunta a arrasar con las conquistas y puestos de trabajo de los trabajadores de Comcap (empresa municipal encargada de la recolección y reciclaje de basura en la ciudad). Igual que lo que el gobierno de Bolsonaro hizo con los carteros en todo Brasil y que llevó a una huelga general de dicho gremio durante más de un mes: quitar los derechos conquistados a lo largo de décadas con movilizaciones, huelgas y ocupaciones.

Se trata de luchas y conquistas históricas que los han colocado a la vanguardia nacional de los trabajadores municipales. Su tradición de piquetes y comités de huelga fue reflejada –años atrás- en varias oportunidades en las páginas de nuestra Prensa Obrera.

Gean Loureiro está anticipando la infame “reforma administrativa” del gobierno de Bolsonaro y del actual presidente de la Cámara de Diputados, Rodrigo Maia, capomafia del ala pseudo «progresista» de la derecha antiobrera, que está a punto de conseguir formar un frente de apoyo a las candidaturas parlamentarias del DEM, por parte del PT, PC do B, PDT, REDE, PSB, y un ala del PSOL: una centroizquierda pusilánime, rendida y subordinada a estrechas maniobras parlamentarias derechistas.

Los trabajadores de Comcap están evidenciando gran voluntad de lucha contra estas medidas draconianamente antiobreras. Ocuparon el puente Pedro Ivo que une la Isla con el continente, etc. Al igual que lo que fue la huelga general de los trabajadores del Correo hace unos meses, esta huelga general evidencia las tendencias de lucha existentes en la clase obrera, que sale al combate cuando cuenta con direcciones democráticas y combativas. Pero al igual que con la huelga del Correo, la central obrera (CUT) y el movimiento sindical subordinado al PT de Lula y demás partidos burgueses, aíslan esta lucha. Según Sintrasem, sindicato de los trabajadores municipales de Florianópolis, el intendente contrató a Amazon Fort Soluções Ambientais, empresa del grupo Amazon Fort, de Porto Velho  (Rondônia), que tiene infinitas denuncias de irregularidades, para avanzar en la privatización de sectores de la recolección de residuos y reemplazar a centenares de trabajadores en huelga por personal subcontratado y precarizado. Esta es la política de creación de nuevas fuentes de acumulación de ganancias que Bolsonaro y Cía. intentan crear para sectores de la burguesía hundiendo a las empresas públicas.

La movilización de los trabajadores de Comcap es un gran ejemplo de que no faltan ganas de luchar por parte de la clase trabajadora: lo que falta es un liderazgo sindical y político que efectivamente organice y movilice a los trabajadores en forma independiente. La CUT y el movimiento sindical en su conjunto debieran jugar el papel por el cual se han creado históricamente: defender la huelga de los municipales del Comcap. Impedir la acción de “carneros” tercerizados de empresas privatizadoras. Convocar a asambleas y plenarios, no solo en Florianópolis sino en todo el país, votando la solidaridad con los huelguistas y el reclamo que la CUT rompa con su política de colaboración de clases y vote un plan de lucha en apoyo a la huelga y por el retiro de las “reformas administrativas” antiobreras que se están preparando.

¡Todo el apoyo a la huelga de los trabajadores de Comcap!

No a la subcontratación y privatización de Comcap, poniendo la empresa bajo control de los trabajadores

Rodear la huelga con solidaridad, creando un comité municipal de lucha obrera en apoyo a la huelga

Abajo la reforma del DEM y Gean Loureiro en Florianópolis

Por la huelga general para sofocar la reforma administrativa bolsonarista que se prepara en el Congreso Nacional

Vide link: 

https://prensaobrera.com/internacionales/brasil-todo-el-apoyo-a-la-huelga-general-de-los-municipales-de-florianopolis/ 

TODO APOIO À GREVE DOS GARIS DA COMCAP EM FLORIANÓPOLIS

 




ABAIXO A REFORMA ADMINISTRATIVA BOLSONARISTA DO DEM DE RODRIGO MAIA E DO PREFEITO GEAN LOUREIRO EM FLORIANÓPOLIS!

Carmanim Elisalde


O prefeito Gean Loureiro do DEM de Rodrigo Maia, encaminhou um pacote de medidas para a Câmara Municipal de Florianópolis que visam fazer com os trabalhadores da COMCAP, empresa municipal responsável pela coleta e reciclagem do lixo na cidade, o mesmo que o governo Bolsonaro fez com os trabalhadores dos Correios, ou seja, retirar todas as conquistas da categoria que foram arrancadas com muita luta, mobilização, greves, ocupações, etc. 

Não existe nenhuma dessas conquistas que não tenha sido arrancadas no calor das lutas históricas da categoria, que é uma das principais protagonistas dos servidores públicos municipais a nível nacional. Tudo teve que ser com medidas de força, a fórceps, através dos piquetes de greve, dos seus comandos de greves, verdadeiro Estado-maior dos trabalhadores quando instalam suas greves, que possuem um caráter de organismo de duplo poder frente aos governos patronais.

Gean Loureiro do DEM, acusado durante a campanha de estupro dentro da prefeitura por uma servidora pública, está antecipando na verdade a infame reforma administrativa do governo Bolsonaro e do atual presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, capofamiglia da ala "progressista" no interior do Congresso nacional (pode-se imaginar o que seja a sua ala reacionária), que está para obter apoio do PT, PC do B, PDT, REDE, PSB, e uma ala do PSOL, para a eleição da presidência da casa, uma centro-esquerda rendida e dominada nos seus estreitos limites parlamentares

Os trabalhadores da COMCAP estão dando enorme disposição de luta contra estas medidas draconianas, que visam deletar através de um pacotaço de maldades tudo o que foi conquistado ao longo dos anos através de sua poderosa luta. 

Assim como foi com os trabalhadores dos Correios no ano passado, existe uma tendência enorme à abnegação da categoria como foi demonstrada na ocupação da ponte Pedro Ivo, que abre para os trabalhadores do país inteiro uma perspectiva de luta a nível nacional para derrotar o governo Bolsonaro e o conjunto do regime político, dominado por esses prefeitos de plantão que não fazem senão nos seus municípios a mesma política genocida e criminosa do governo de cunho fascistoide instalado no Palácio do Planalto, que lhes serve de espelho.

Segundo o SINTRASEM, sindicato dos servidores públicos da cidade de Florianópolis, Gean Loureiro contratou a Amazon Fort Soluções Ambientais, uma empresa do grupo Amazon Fort, de Porto Velho, (Rondônia), que possui diversas denúncias de irregularidades, para substituir através de trabalhadores terceirizados (precarizados) os trabalhadores grevistas, e o mesmo pretende com seu pacote converter esta medida permanente com a ampliação das terceirizações para dar continuidade à velha política do toma lá, dá cá, como um mecanismo de financiar uma burguesia parasitária que vive de prebendas do estado capitalista ao mesmo tempo que faz campanha pela privatização das empresas estatais.

A mobilização dos trabalhadores da COMCAP é um bom exemplo de que não falta disposição de luta para a classe trabalhadora, o que falta é uma direção política que organize de fato e mobilize os trabalhadores para um enfrentamento contra as mazelas da era Bolsonaro que são a expressão de uma classe social que só sobrevive como um sanguessuga da riqueza criada pela força de trabalho e pela degradação total da natureza, o que sem dúvida nenhuma é uma ameaça à vida por todos os cantos do planeta, uma classe social que mata trabalhadores por falta de oxigênio em pleno pulmão amazônico, uma gigantesca floresta que naturalmente é o pulsar da vida, e não da morte em massa, como esses parasitas promoveram em Manaus, e que agora se alastra para o Estado vizinho do Pará.

TODO APOIO À GREVE DOS TRABALHADORES DA COMCAP!

Não à terceirização e privatização da COMCAP, colocar a empresa sob controle dos trabalhadores 

Cercar de solidariedade a greve, pela constituição de um Comitê de luta municipal dos trabalhadores em apoio à greve;

Abaixo a reforma administrativa bolsonarista de Gean Loureiro do DEM em Florianópolis

Pela Greve Geral para colocar abaixo a reforma administrativa bolsonarista impulsionada no Congresso Nacional 


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Há 39 anos perdemos ELIS REGINA, uma voz universal, que cantou os anseios de uma geração que lutava contra os regimes militares no Brasil e na América Latina



Nossa homenagem à nossa Pimentinha, Elis Regina, da província de São Pedro para o mundo


 Carmanim Elisalde


Em 19/01/1982, sofremos de uns dos tantos assassinatos promovidos pelos regimes militares no Brasil e em toda a América Latina.

Morria a maior cantora da história da chamada MPB, Elis Regina, uma gaúcha que pouco antes de ser assassinada, havia dado uma entrevista para a RBS, no Rio Grande do Sul, afirmando que não havia saído da sua terra natal para "fundar CTG", numa clara afronta ao que naquele momento, de maneira muito incipiente ainda, era fomentado pela oligarquia rural do Estado gaúcho, e que acabou dominando relativamente a sua cultura, que foi a proliferação dos Centros de Tradição Gaúcha, que servem até nossos dias para dissimulação da dominação política do latifúndio naquela região, um latifúndio escravagista, um verdadeiro câncro, um tumor, que há muito já deveria ter dado lugar aos trabalhadores sem-terras e aos quilombolas.

Elis cantou a expressão da luta e da revolta de toda uma geração contra os regimes militares e se converteu numa voz universal, dando lugar a vários compositores que ficaram consagrados nacionalmente e em todo o continente latino-americano.

O ano de 1982 iniciou com uma das notícias mais tristes que nossa geração poderia receber. Morria nossa lutadora, que ergueu sua voz elevando junto milhares de trabalhadores e jovens na direção oposta e frontal a todo um regime político que começava a fazer água e precisava substituir sua farda militar e suas botas por uma fachada democratizante, uma fachada civil.

Era um ano de efervescência e ebulição política, de enorme ascenso do movimento operário e da juventude, combinado com um enfraquecimento cada vez maior do governo e do regime inteiro, que era obrigado a preparar a sua metamorfose para o seu continuísmo que se converteu a chamada Nova República, um governo e um regime que brotou da manobra arbitrária e anti-democrática do Colégio Eleitoral, numa falsa polarização entre Tancredo, o representante do "novo", e Maluf, o representante do "passado", que com a morte de Tancredo, resultou no governo de José Sarney, convertido de presidente da ARENA, partido oficial da ditadura militar, para presidente de honra do PMDB e da "Nova República". 

Em meados de 1982 ocorreu a Guerra das Malvinas, que contribuiu para aumentar o fervor anti-imperialista dos trabalhadores e da juventude em toda a América Latina, culminando com um massacre promovido pelos Gurkhas, os guerreiros do Nepal acionados pelo imperialismo inglês covardemente contra um exército formado pelos "chicos de las Malvinas" que foram utilizados como bucha de canhão pelo governo do general genocida Leopoldo Galtieri, como uma das últimas cartadas de uma das ditaduras mais sanguinárias que passaram pelo continente latino-americano. 

A posição mais consequente naquele momento era a de transformar a guerra para derrotar o imperialismo inglês numa guerra civil de todo o proletariado latino-americano para criar as condições para colocar abaixo o regime militar e impor um governo dos trabalhadores.

As eleições de 1982 ficaram marcadas pela inauguração do registro das candidaturas do Partido dos Trabalhadores para os governos estaduais e os parlamentos estaduais e federais, ano em que o PT ainda era obrigado pelo poderoso movimento operário que brotava principalmente do ABC paulista a defender palavras-de-ordem que mesmo superficialmente mantinham alguma veleidade classista como "Trabalhador vota em trabalhador", "Terra, trabalho e liberdade", etc., as quais foram sendo substituídas gradativamente à medida que o ascenso arrefecia e era canalizado para as ilusões eleitorais e democratizantes do tipo "Um governo para todos".

Nesse contexto histórico que abria uma enorme perspectiva política para uma saída operária independente e revolucionária, sofremos uma profunda derrota no início daquele ano memorável com a perda daquela que fazia da sua voz a expressão da emancipação política e social do jugo do sistema capitalista e do regime político militar que apodrecia e do que era preparado para enganar as massas.

Elis Regina, até a vitória, sempre! Nossa Pimentinha

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

SAIU O JORNAL TRIBUNA CLASSISTA! - um jornal para a construção da classe operária



https://drive.google.com/file/d/1RPwkK8zun3IQIxmT_zwHBrAKJnO2G5N4/view?usp=sharing

Caro leitor

Estamos inaugurando a publicação do jornal TRIBUNA CLASSISTA no ano 2021 que promete acontecimentos políticos e históricos de uma envergadura jamais vista até o momento como foi a invasão da horda fascista armada no Capitólio, o todo poderoso e sagrado Congresso Nacional norte-americano, que é resultado da crise histórica do imperialismo, em sua etapa de decadência, etapa senil.

Após o "relaxamento" com a segurança da capital, Washington, e do parlamento,  já há uma intensa mobilização de tropas para garantir a posse de Joe Biden, marcada para o dia 20/01, e se proliferam protestos armados por todos os EUA de grupos supremacistas (um eufemismo para qualificar um verdadeira horda de bestas nazistas) que questionam o próprio processo eleitoral. 

A crise política encravada no centro do imperialismo norte-americano é um sintoma bastante ilustrativo do declínio do império ianque, e as tendências a uma fratura irreversível do regime político, com aumento da fissura entre as suas duas principais frações e entre esssas e as massas cintila no horizonte.

Enquanto isso, no Brasil, o bolsonarismo tende a murchar, a desbotar e tentar se metarmorfosear até com um ajudinha do PT no Senado Federal, que discute no momento, assim como na Câmara de Deputados a eleição para a presidência das casas. 

A esquerda votou na centro-esquerda nas eleições municipais em nome de uma abstração da democracia e pariu um rato: Baleia Rossi do golpista MDB, o candidato da pauta criminosa contra os trabalhadores de Rodrigo Maia (DEM), que promete acabar com os servidores públicos federais, estaduais e municipais (é hora da Greve Geral dos três setores contra a Reforma Administrativa), na Câmara dos deputados e Rodrigo Pacheco (DEM), pasmem!, o candidato da pauta da bala do presidente Bolsonaro. Duas alianças táticas! Tudo é tática! Os "táticos" na verdade não possuem outra estratégia política senão a defesa da bela democracia bolsonarista! Hasta 2022! Aderiram estrategicamente ao governo Bolsonaro e chamam isto de tática! Colaboração com o fascismo de Bolsonaro. 

Bolsonaro admitiu que o país está quebrado, porque não há como dissociar a economia nacional da crise mundial do capitalismo. Por isso é necessário reerguer um país sob outra base, que não esta, baseada na exploração do homem pelo homem, mas sob uma base socialista. 

A única perpectiva que nós, trabalhadores, e a juventude possuímos é preparar e organizar uma poderosa Greve Geral imediatamente para colocar abaixo todo esse regime político apodrecido, e impor um Governo de trabalhadores para salvar a vida de milhões de seres humanos da pandemia e não do capital. 

Conselho Editorial do Jornal Tribuna Classista

Acesse o link:

https://drive.google.com/file/d/1RPwkK8zun3IQIxmT_zwHBrAKJnO2G5N4/view?usp=sharing

domingo, 10 de janeiro de 2021

CORREIOS, NOS TEMPOS DE PANDEMIA

    

   Sergio Miguel Souza da Costa

Demitido dos Correios do Comitê de Anistia

Deixado na mão pela burocracia de esquerda e de direita


Os Correios, como empresa, é uma das que mais corre riscos com a Covid-19 ser transmitida para os trabalhadores, pelo simples fato de estar diuturnamente em contato direto com os objetos infectados, que chegam e saem de várias partes do país e do mundo, e o seus trabalhadores com precariedade de EPIS e EPCS, pois a direção da empresa não liga a mínima para seus escravos assalariados desvalorizados, enquanto que com seus polpudos salários, exigem mais e mais produção e sacrifícios a estes, para satisfazerem os "senhores do engenho", o que também subentende-se, tirada de direitos conquistados por várias décadas de lutas, tudo em conluio com um governo facistóide e capitalista que não valoriza a vida dos trabalhadores e da população em geral. 


As privatizações acontecem nos setores mais lucrativos, para as empresas capitalistas privadas, quando setores menos lucrativos vão sendo poupados para as eleições capitalistas, e botarem a mão no dinheiro público. O interesse das empresas estatais só é dado nesta época da "farra do boi", onde se faz as transferências de capitais público para o privado. 


Por isto, os trabalhadores devem exigir que toda a empresa pública esteja sob o controle dos próprios trabalhadores, não dos capitalistas exploradores das nossas riqueza e nosso suor. A burocracia sindical colabora com esta "farra" da burocracia governamental capitalista como verdadeiros aristocratas. Por isto temos de lutar contra esta burocracia sindical também. Em tempos de pandemia quase nada se tem mudado nos Correios sob o tacão da exploração do homem pelo homem, mas por outro lado, quase 200 vidas de seus trabalhadores foram ceifadas com esta Covid-19 em serviço ou em consequência do serviço. Um dos mais conhecidos no RS foi a do companheiro de lutas históricas Jorge Rolim, o qual o Agrupamento Tribuna Classista presta sua homenagem.


   Por isto, por uma constante e permanente luta revolucionária.


- Fora Bolsonaro e sua trupe capitalista.

- Por uma Conferência Nacional de trabalhadores, para exigir através de uma greve geral, as condições mínimas e básicas de uma vida digna.

- Por um governo dos Trabalhadores da cidade e do campo.

- Por uma América Latina Socialista.

2020, um ano que não terminou para os bancários e para o conjunto da classe trabalhadora

 Em 2020 a categoria bancária sofreu com a pandemia e com os ataques dos banqueiros, do governo Bolsonaro e com mais uma traição da Contraf-CUT!!




Antônio Carlos Tarragô Giordano
OPOSIÇÃO BANCÁRIA\DF


A categoria bancária sofreu e está sofrendo todo dia com ataques dos banqueiros, que continuam aumentando a pressão por metas,  cortando salários, demitindo e atacando os direitos d@s trabalhador@s.

Na campanha salarial, que foi totalmente "virtual", sob a realidade dura da pandemia, os banqueiros e o governo Bolsonaro contaram com a sempre  "generosa" (para eles) colaboração da direção do movimento, a pelega Contraf-CUT e as seitas que a rodeiam, com a mesma fazendo o papel de chantagear uma das categorias que mais trabalhou durante a pandemia, pois os bancos trabalharam normalmente, com os bancários expostos a aglomerações, com vários infectados e um número grande de óbitos. 

Além da chantagem costumeira, para justificar a capitulação com o governo Bolsonaro e os banqueiros, a Contraf-CUT ganhou como prêmio, uma irmã gêmea do famigerado imposto sindical, apelidada pelos pelegos e os patrões, de taxa negocial, que de negocial não tem nada, pois é praticamente impossível reaver esse valor, que em alguns casos chega a mais de 5% do salário bruto, além de aumentarem as liberações de mais dirigentes sindicais, para continuarem a fazer o que vêm fazendo há anos, ou seja, nada de útil para a categoria.

O governo Bolsonaro vem atacando sistematicamente @s trabalhador@s dos bancos "públicos" , CEF, BB e Bancos Estaduais e regionais que ainda existem, retirando direitos, demitindo e fechando agências, e os banqueiros privados também não ficam para trás e vão se aproveitando da pandemia e da direção pelega dos sindicatos ligados à Contraf-CUT, que estão paralisados, sem esboçarem a mínima vontade de mobilizar a categoria e fechando acordos danosos para a saúde e para o bolso da categoria.

Essa paralisia, inclusive, levou a um racha na direção do sindicato dos Bancários de Brasília-DF, com uma ala do sindicato, que se reivindica do nome Enfrente, questionando as últimas negociações e o desenrolar das últimas campanhas salariais, coisa, que nós viemos denunciando há mais de duas décadas.

É preciso, mais do que nunca, denunciar essas traições da Contraf-CUT, e mobilizar a categoria, através de uma oposição bancária, que se organize de forma independente, para mudar na luta, a direção do movimento e o rumo da categoria, que vem sendo derrotada sistematicamente por essa direção traidora.

-Pelo fim da política de assédio moral:
-Pelo fim das metas;
-Contra as demissões, mobilizar a categoria para a luta;
-Contra as privatizações, organizar as ocupações dos prédios e agências bancárias;
-Por um lockdown geral, já!!
-Por vacina para tod@s já!!
-Por um Partido Operário Revolucionário Internacionalista!
-Fora Bolsonaro, governo genocida, de milicianos, assassinos e ladrões!!
-Por um Governo d@s Trabalhador@s da Cidade e do Campo e pelo Socialismo!!