sábado, 19 de junho de 2021

DECLARAÇÃO DA FIT-U NA ARGENTINA

Artigo extraído do site do Partido Obrero da Argentina


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Como parte do dia internacional contra Bolsonaro, a Frente de Esquerda Unidade dos Trabalhadores
vão à embaixada brasileira


A Frente de Esquerda e Unidade dos Trabalhadores se mobilizam neste sábado, 19, às 14h, para a embaixada do Brasil. O fará em apoio à jornada internacional de luta que dezenas de organizações sindicais, sociais, estudantis e políticas conduzirão no país vizinho e no mundo, em repúdio ao governo de Jair Bolsonaro.

A agitação popular vem crescendo no Brasil devido à terrível gestão da pandemia pelos ex-militares. Inicialmente, classificou-a de "gripezinha" e recusou-se a adotar as medidas de isolamento social necessárias, para agradar as grandes empresas que queriam continuar operando a todo custo. Como resultado dessa política, o Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de mortes (quase meio milhão de pessoas). Situações assustadoras foram vivenciadas, como valas comuns e falta de oxigênio para os pacientes no Estado do Amazonas. O subfinanciamento do sistema de saúde agravou a situação.

Ao mesmo tempo, a pandemia exacerbou as dificuldades econômicas das massas. A taxa de desemprego subiu para 14,7% no segundo semestre do ano. A fome e a pobreza estão crescendo, mas mesmo assim o governo cortou a pouca assistência social que havia fornecido no ano passado. Paralelamente, Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes estão avançando no sucateamento da Petrobrás e abriram um processo de privatização da Eletrobrás. É uma linha de negócios para o grande capital e um descarregamento da crise nas costas das massas.

As mobilizações em 29 de maio - as maiores desde as manifestações educacionais anteriores à pandemia - envolveram dezenas de milhares de pessoas. O governo Bolsonaro é incompatível com as necessidades básicas da população trabalhadora. É necessário um plano de luta, na perspectiva da greve geral, para expulsar Bolsonaro, seu vice, Hamilton Mourão e todo o regime corrupto e explorador.

A orientação do PT busca tecer uma rede de segurança institucional e construir uma variante de substituição com setores de direita e de centro político contrários ao Bolsonaro para as eleições de 2022 (uma “frente ampla”). Nessa linha se inscreve o encontro de Lula com o serial privatizador Fernando Henrique Cardoso. As lideranças sindicais identificadas com o PT estão subordinadas a essa política e vêm travando uma resposta generalizada dos trabalhadores brasileiros.

Apoiamos o povo brasileiro nesta nova jornada de luta e nos manifestamos para que tenha continuidade, até que derrotemos Bolsonaro, Mourão e todo o regime de exploração.