sexta-feira, 7 de maio de 2021

Os trabalhadores de educação dão um passo à frente e a burocracia sindical dá três passos pra trás

 



                                                                               Fábio Pereira

 

Na última assembléia geral do CPERS dia 03 de maio de 2021, tivemos em torno de 1515 participantes, essa assembléia se realizou virtualmente em função da pandemia e foi realizada no turno da tarde visto que, no turno da manhã se realizou o conselho geral do nosso sindicato.

No conselho geral através dos representantes de seus 42 núcleos e suas forças políticas foi apresentada a proposta de greve sanitária que foi derrotada no conselho geral porque a maioria da base do conselho geral pertence a articulação do PT  e ao PC do B que rechaçaram a defesa da greve sanitária sendo que, no conselho geral anterior eles tinham se posicionado através da sua principal representante, a presidente HELENIR, que no dia 23 de abril defendeu a greve real e não a greve sanitária porque se “a gente tiver que fazer uma greve que ela seja greve real” segundo palavras dela mesmo no conselho geral.Pois bem pasmem, após negociar uma audiência de conciliação com o governo essa direção se colocou omissa no conselho geral do dia 03 de maio ficando “a espera de um milagre” até acabar o conselho geral que foi conduzido pelo seu vice-presidente, em função da audiência com  o governo e a justiça e esse foi o motivo porque a presidente se retirou no meio da manhã para acompanhar a audiência que só acabou ás 15 horas sem acordo entre as partes.

O indicativo para a nossa assembléia demonstrava que ficava então com a nossa posição para ter uma alternativa de fazer o enfrentamento com os governos de plantão,que seria de defender a greve sanitária.Porém,mais uma vez, a direção central (articulação do PT e PC do B), vão com a sua mesma posição e com a sua base para mais uma vez rechaçar a greve sanitária e entregar a categoria abandonada a sua própria sorte,perdida e sem orientação com um simples posicionamento de seguir o trabalho remoto mas, sem nenhum amparo para os trabalhadores de educação.Como seguir no trabalho remoto simplesmente sem nenhuma defesa real e colocando a possibilidade de demissões de educadores contratados em licenças-saúde e com comorbidades para se tornarem mais uma vez sendo ameaçados de estarem em uma situação de demissão real? Para que então serviu o acordo feito pela comissão de educação do RS com a sua presidente deputada estadual SOFIA CAVEDON-PT, onde, após definir a aprovação da renovação dos contratos acontecerem de 3 em 3 anos e com a participação do CPERS através da sua direção central e com a participação e a presença do nosso Comitê Estadual das Educadoras Contratadas cobrando para que no acordo com o governo não aconteçam mais demissões como exigência nossa do comitê das educadoras contratadas e  também para o encaminhamento dado pela comissão de educação do RS para que a renovação  a ser aprovada seja de 5 em 5 anos porém passou de 3 em 3 anos e também para não acontecerem mais demissões de educadoras contratadas se agora o próprio governo cogita realizar novas demissões em plena pandemia?Assim como em muitas outras lutas e com a participação do comitê agiu acertadamente sempre a favor dos trabalhadores de educação precarizados porém a direção central do CPERS sempre buscando o caminho da conciliação e de acordos com o governo que nos massacra e nos oprime cada vez mais e que como exemplo citamos aqui a destruição do nosso plano de carreira quando Leite aprovou o seu “Pacote da Morte” nesse mesmo ano tivemos demissões de educadoras contratadas em licenças-saúde que fomos intervir pela readmissão imediata destas trabalhadoras.

A verdade é que não podemos ir a reboque e não podemos ir na contra-mão da consciência de classe, a burocracia sindical se posiciona sempre para alimentar o sistema capitalista e retirar até mesmo nosso direito a luta, desmanchar a luta por troca de favores e de manter a sua hegemonia a favor do próprio sistema nefasto que vão de encontro em mais um capítulo de traição da classe trabalhadora e esta é outra traição mais uma vez,igual como aconteceu no PEPSI ON STAGE no dia 11 de setembro de 2015, que vai direto para a lata do lixo da história.

Estamos vivendo uma pandemia mundial do covid-19 inserida dentro da crise mundial do capitalismo,onde a conjuntura nacional mostra as ações de um governo genocida que nega a ciência,quando falaram que no início da mesma isso era somente uma “gripezinha”.Existe base de fundamentação jurídica através do artigo 13 da convenção número 155 da OIT ( ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO), de 29 de setembro de 1994,  que mostrava claramente através dessa nossa posição política, na nossa luta, que o encaminhamento correto seria e estaria se caracterizando como o fato político correto e legal  com base e de fundamentação jurídica ao tomar a posição de defender a greve sanitária.

Foi esta a nossa posição que defendemos no conselho geral do CPERS  e na assembléia geral do CPERS do dia 3 de maio de 2021.

 

-        OS CAPITALISTAS QUE PAGUEM PELA CRISE!

-        POR UM CONGRESSO DE BASES DOS TRABALHADORES.

-        PELA DEFESA DE UM PROGRAMA PARA AS NECESSIDADES VITAIS DOS TRABALHADORES.

-        PELA UNIDADE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES DA AMÉRICA LATINA.

-        NA DEFESA INCONDICIONAL DOS EDUCADORES CONTRATADOS.

-        EFETIVAÇÃO JÁ!