TODO APOIO DOS EDUCADORES MUNICIPAIS DE PORTO ALEGRE!
Eugênio Borges
Os educadores municipais de Porto Alegre, reunidos em Assembleia Geral, convocada pelo SIMPA, votaram por ampla maioria Greve Geral da categoria contra o retorno ao trabalho presencial. Com uma presença massiva de mais de 500 trabalhadores da educação, em uma Assembleia Geral virtual da categoria, os educadores municipais decidiram contra o Decreto do prefeito Sebastião Melo do MDB, que em plena estabilização pelo pico da pandemia no país pretendia expor ao contágio do coranavírus milhares de educadores e suas famílias nos locais de trabalho, sem considerar que a maioria que depende de transporte público iria engrossar o número de trabalhadores que estão sendo empilhados nos ônibus e trens aumentando assim o número de contágios, de superlotação das UTIs, e de mortes pelo COVID19.
A peculiaridade dessa greve é que foi aprovada num caráter de greve total, porque os educadores decidiram no final a greve contra a presencialidade e contra o trabalho remoto (que tem sido motivo de adoecimento de milhares de trabalhadores no país, por conta principalmente das extensas jornadas de trabalho que estão sendo submetidos sem nenhuma condição e preocupação de Ergonomia da parte dos patrões e dos governos, sem contar que foi cortado o auxílio-transporte pelo governo Bolsonaro aos servidores públicos federais que estão no regime de trabalho-remoto, e o governo está economizando bilhões com a responsabilização das depesas de sinal de internet, equipamentos, manutenção, energia elétrica, etc. aos servidores).
O SIMPA e outras entidades sindicais ligadas à educação como o CPERS tentaram uma conciliação judicial com a prefeitura e com o governo estadual, que acabou frustrada.
Melo representa um setor da burguesia que está preocupada muito mais com seus negócios particulares do que com a saúde e a vida dos trabalhadores. É preciso fortalecer a greve dos educadores municipais de Porto Alegre que se somam às categorias de trabalhadores que estão saindo à luta contra os patrões e seus governos capitalistas, é necessário que aqueles que falam em nome dos trabalhadores, como a CUT, rompam com a burguesia e busque a unificação de todas as lutas que estão em curso no país.
Já foram criadas pela categoria as hashtags #EscolaAbertaNaHoraCerta #EscolasFechadasVidasPreservadas #sóperdeuoanoquemmorreu #LockdownAgora #VacinaJá.
