quarta-feira, 28 de abril de 2021

No dia Mundial da Educação, o Comitê Estadual das Educadoras Contratadas promoveu a Live da Educação e das Trabalhadoras

 Um pequeno comentário 



Carmanim Elisalde

Este programa de luta nasceu numa reunião do Agrupamento Tribuna Classista no Café de Imprensa, tomando em conta a experiência que tivemos com os servidores terceirizados do INSS no ano 2000, contratados num convênio com a UNB pelo governo FHC. Em um Congresso Estadual do SINDSPREVRS em 2001 propusemos a luta pela efetivação daqueles servidores, no entanto apesar da proposta ter sido aprovada unanimemente ficou só no papel como uma carta de intenções da direção sindical e aqueles servidores foram todos demitidos e a luta dos ferroviários terceirizados pelo "pase a planta" na Argentina que culminou com o assassinato do companheiro Mariano Ferreyra e com o ferimento da companheira Elsa Rodrigues que ficou paraplégica, luta essa que teve uma repercussão mundial e contribuiu para o despertar da consciência política de milhares de jovens e trabalhadores do mundo inteiro e finalmente pela efetivação de todos os companheiros que tinham sido demitidos.

No entanto, no curso desta luta que o Agrupamento Tribuna Classista deu início no CPERS, assistimos em assembleias sindicais, a burocracia do PT e da CUT, a Articulação e seus satélites se posicionarem contra os trabalhadores precarizados da educação, defendendo em última instância milhares de demissões, assim como assistimos a corrente política da companheira Rejane Oliveira na época defender que os contratados passassem a ser regidos pela CLT, ou seja, cristalizando a divisão da categoria entre trabalhadores estatutários com a estabilidade no emprego e trabalhadores celetistas que estão permanentemente sujeitos a serem demitidos a qualquer momento, e como também assistimos uma corrente política que se reivindica hoje CONSCIÊNCIA PROLETÁRIA (já foi PSTU, MR, LUTA MARXISTA, CONSTRUÇÃO PELA BASE, enfim uma sopa de letrinhas) defender que os contratados "emergenciais" (muitos há anos sendo considerados "emergenciais", quando já deveriam estar gozando de todos os direitos previstos no Estatuto dos servidores públicos) deveriam passar por um "estágio probatório" de 3 anos, desvirtuando o princípio de defesa incondicional desses trabalhadores, o que pressupõe-se uma infame "avaliação de desempenho" que está sendo instituída nas três esferas do estado para os servidores públicos com o objetivo único de demitir, uma carta na manga dos governos capitalistas. Já há propostas de projetos de lei tramitando no Congresso Nacional recomendando a demissão de servidores após 3 avaliações de desempenho insuficientes. Felizmente a proposta de DEFESA INCONDICIONAL PELA IMEDIATA EFETIVAÇÃO acabou superando os limites instransponíveis das propostas que com maior ou menor grau em última instância defendiam as demissões em massa da categoria.

- PELA DEFESA INCONDICIONAL E IMEDIATA EFETIVAÇÃO DE TODOS OS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA EDUCAÇÃO EM CONTRATOS EMERGENCIAIS!

- NÃO ÀS DEMISSÕES DAS MULHERES GRÁVIDAS!

- NÃO ÀS DEMISSÕES DE EDUCADORES GOZANDO DE AUXÍLIO-DOENÇA !

- NÃO À VOLTA DAS AULAS PRESENCIAIS ENQUANTO DURAR A PANDEMIA!

- FORA EDUARDO LEITE!

- POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES