quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Ocorreu a Live sobre o lançamento da Revista “Em defesa do Marxismo” nº 57, no dia 29/07

Extraído da página do Política Revolucionária do RJ





 No dia 29 de julho no Brasil e na Argentina foi lançado o numero 57 da revista em “Defesa do Marxismo”.

Nesta edição, os artigos tratam sobre o plenário de mulheres trabalhadoras, outro artigo sobre o MIR chileno, a situação na Palestina, a situação das rebeliões em Latino America e a situação na França no século XIX entre outros tantos assuntos.

A live começou com a audição de “Canción con todos” interpretada por Mercedes Sosa.
Os palestrantes foram apresentados por Roberto Geler, dirigente do Partido Obrero, que apresentou o conteúdo da revista e narrou a importância de ter um material teórico de relevância que possa servir como alicerce das lutas que estão sendo desenvolvidas no mundo.

O primeiro palestrante foi Roberto Rutigliano, músico, militante de Política Revolucionária, o qual comentou sobre a música que abriu a live e narrou que a orientação da corrente na qual ele participa é justamente a de criar um caminho de compreensão política e de desenvolvimento da sensibilidade.

Rutigliano falou sobre a publicação em defesa do Marxismo.
Ele diz: - Apostamos na formação política dos trabalhadores como uma forma de dar solidez teórica e de elevar a consciência de classe. Realizamos desde o começo da criação de nossa corrente uma série de cursos que envolvem a literatura clássica do Marxismo, leninismo e trotskismo assim como convidamos a historiadores a falar de determinados assuntos que nos interessam como foi o caso de Hernán Díaz que apresentou seu livro sobre a formação do marxismo na França no século XIX, como Martha D’Angelo que nos falou sobre a criação do trotskismo no Brasil desde a biografia de Mario Pedrosa e também a artistas como é o caso de Alejandro Rath que falou sobre seu filme “Manifesto” .
Esta publicação do Partido Obrero: “Em defesa do Marxismo” é uma iniciativa muito importante numa época que precisamos que os militantes consigam se aprofundar nos textos que descrevem a situação política.

Vivemos num momento histórico onde a internet e as plataformas digitais distorceram o hábito da leitura ao ponto de que aplicativos como Instagram ou twiter são destinados a textos curtos ou só a imagens. Hoje é normal um jovem ,inclusive universitário, nunca ter lido um romance ou um texto extenso de política em toda sua vida.

Neste panorama, o empenho do Partido Obrero de oferecer aos seus membros e simpatizantes a possibilidade de ler um texto que envolve teses, caracterizações políticas é realmente algo que tenhamos que elogiar.

Depois Rutigliano também comentou sobre a situação na América Latina; primeiro falou sobre a crise da burguesia, depois sobre o que ocorre na América Latina, em especial no Brasil e em Cuba; logo falou sobre quais são as posturas dos diferentes grupos de esquerda e por último falou sobre a Conferencia Latino Americana.
O segundo palestrante foi Antônio Carlos Tarrago Giordano, dirigente do Tribuna Classista e ativista sindical da corrente “Intersindical”. Em relação à revista, ele narrou que sua organização acompanha a revista há muitos anos, que costumam criar grupos de leitura e reflexão sobre os artigos.

Giordano começou denunciando a prisão de um ativista ligado a um grupo de entregadores anti-fascistas que foi detido junto com sua esposa por atentar contra a estátua de Borba Gato em São Paulo. O casal se apresentou nesta quarta-feira (28) à 11º DP para prestar esclarecimentos e foi arrastado de forma arbitrária.

Giordano lembrou que Barba Gato foi um bandeirante, torturador, genocida e esclareceu que neste caso não estamos frente a uma violência contra o patrimônio publico, mas a um ato político contra o Estado que faz monumentos a estes assassinos.

Giordano depois falou sobre a situação na América Latina, em especial no Brasil e reforçou a ideia da necessidade de construir um partido revolucionário que leve a cabo as tarefas que precisam serem desenvolvidas em todo o continente e que se encaminhem para a criação de uma grande unidade de estados socialistas em toda a América Latina.
Por último falou o dirigente do Partido Obrero da Argentina, Pablo Giachello.

Giachello começou falando sobre a crise capitalista que se tornou ainda mais evidente após a pandemia. Comentou sobre o crescimento da pobreza no continente, a queda do PIB, o endividamento que compromete qualquer plano econômico e como ao mesmo tempo a concentração de riqueza fez que um grupo minoritário de capitalistas alcançassem lucros milionários.

Descreveu em detalhes a situação no Chile, no Peru, na Guatemala,no México, na Argentina, no Brasil e no Paraguai.

Giachello tocou na questão de Cuba analisando o papel do stalinismo restaurando o capitalismo e não permitindo o desenvolvimento de uma resposta superadora. Ao mesmo tempo em que falava sobre este ponto, ele denunciou ao governo americano e aos governos de direita como o de Piñera que querem aproveitar a situação para reivindicar um direito à mobilização em Cuba enquanto que eles as reprimem as mobilizações em seus países de origem.

Ele também criticou o papel da esquerda populista como uma força de desvio e de contenção das aspirações das massas e destacou a necessidade de forças da esquerda revolucionaria denunciando o sistema, desenvolvendo uma atividade de independência política da classe trabalhadora e agrupando a todos os sindicatos e agrupações políticas, da esquerda revolucionaria em torno de um programa de luta.

Por ultimo convocou o apoio à segunda conferencia Latino Americana como uma ferramenta de organização das agrupações classistas de todo o continente no intuito de criar uma entidade internacionalista que possa atuar conjuntamente e desenvolver ações de forma coletiva.

O pÚblico participou com a pergunta sobre a situação na que fica Porto Rico e Giachello respondeu que Porto Rico primeiro tem que se propor à independência política dos EUA porque hoje se apresenta como uma colônia americana, ou mesmo como se fosse um Estado americano, para depois se levantar por uma luta socialista e se somar ao projeto de fazer parte de um conjunto de estados socialistas em todo o continente.

Por último foi indagado sobre se no Brasil teríamos que falar sobre o que poderia ocorrer após a queda do governo Bolsonaro, e ele respondeu que por agora o principal é organizar as bases, chamar a uma greve geral e fortalecer a ideia de lutar por essas prioridades.

O ato ficou gravado no canal de you tube do “Política Revolucionaria” e ele pode ser visto na integra .
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Aqui o link para assistir a live: https://youtu.be/C6vguxyni34