segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Ao Coletivo de Servidores Municipal Classista de Alegrete

 



Como nos organizar para conquistar?

Por Rui Antunes - TC

Este questionamento é o mesmo que em 1999 usamos para montarmos a diretoria da associação comunitária do bairro Sepé Tiarajú, o qual fui um dos fundadores e também por alguns anos, líder comunitário ao lado de grandes camaradas igualmente lutadores.

Qual era o nosso principal propósito? Lutar por uma vida comunitária saudável e para isso, precisávamos de ter em nossa região postos de saúde, hoje as ESF (Estratégia Saúde da Família), educação com escolas acessíveis e de qualidade para nossas crianças, transporte coletivo em locais e horários suficientes para sanar a necessidade do povo trabalhador, cultura popular , economia, esporte e lazer para valorizar a arte de nossos moradores, bem como primar por espaços para as famílias e amigos da comunidade. Nossa pauta foi construída coletivamente e da mesma forma conquistamos nossos espaços e muitos de nossos direitos.  Desta forma, acredito que o Coletivo de Servidores Municipais Classista de Alegrete está alinhado com pautas coletivas de total  significância, e de urgência para que juntos consigam combater não somente a PEC 32/2020 (proposta de emenda à constituição - este visa restringir a estabilidade no serviço público) e, urge como assombro em torno da vida funcional dos servidores das três esferas do poder, mas também com a real necessidade de impor que o sistema respeite e valorize os seus servidores.

          Estamos vivendo um grave momento no cenário nacional, momento este de ameaça à democracia, aos direitos, à vida e portanto, a associação é uma forma de debater o resgate dos direitos da comunidade de trabalhadores/as de todas as categorias que servirá como trincheira para barrar estes desmontes. Para isso meus amigos lutadores, nesta carta de apoio, peço a colaboração de todos e todas para construir o espírito de solidariedade uns para com os outros e coletivamente conquistar o espaço associativo com o único objetivo de defender-se dos atropelos daqueles que imaginam-se superiores e no direito de tentar esgotar esta categoria tão guerreira. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". À luta, não desistam!