segunda-feira, 8 de março de 2021

NESTE 8 DE MARÇO, DO "ELE NÃO" A UM GRITO PERMANENTE DAS MULHERES E LGBTs PELO FORA BOLSONARO/MOURÃO, GOVERNO DE GENOCIDAS

 







Estão sendo as mulheres as maiores vítimas da pandemia que agudizou a crise capitalista mundial, enquanto os governos capitalistas converteram-se em verdadeiros sócios de um punhado de monopólios que detém a propriedade intelectual e tecnológica das vacinas para combater o coronavírus, garantindo o lucro da indústria farmacêutica e de toda a rede de monopólios privados de saúde através da assistência médica particular, dos planos privados de saúde, etc.

São milhões de mulheres que se incorporam nas fileiras dos milhões de refugiados no mundo inteiro que estão vivendo em verdadeiros campos de concentração sem o mínimo de subsistência como água potável as maiores vítimas fatais da pandemia.

São as mulheres trabalhadores no setor de saúde que estão em maioria na linha de frente nos hospitais enfrentando o aumento vertiginoso do número de infectados pelo coronavírus no mundo inteiro, expostas a condições de trabalho com jornadas estafantes e sofrendo do arrocho salarial e todo tipo de exposição não somente ao coronavírus, que já matou inúmeras profissionais de saúde.

Na educação não é diferente. São elas que se encontram em maioria entre a cruz a espada, ou seja, escolher "livremente" a volta das aulas presenciais colocando as suas vidas em risco junto com toda a comunidade escolar, ou enfrentar jornadas estafantes de trabalho remoto, no EAD, o modelo que os governos capitalistas e os empresários da educação privada associados ao capital financeiro sonham em regulamenta-lo como permanente e oficial no mundo inteiro.

A degradação das condições de vida da maioria das mulheres trabalhadoras que sofrem com o desemprego, falta de condições básicas de sobrevivência, etc., produto da crise capitalista, está expondo uma onda de violência doméstica contra a mulher e feminicídios, em todo o mundo.

No Brasil, as mulheres negras e indígenas são as mais afetadas pelo coronavírus, pelas condições desumanas que estão sendo submetidas. As mulheres negras estão sendo vítimas da violência policial nos bairros operários e populares, como nas favelas do Rio de Janeiro, principalmente.

O Agrupamento Tribuna Classista saúda esse Dia Internacional da Mulher resgatando o seu caráter classista de luta revolucionária.

Foram as mulheres e os LGBTs que se mobilizaram em torno do Movimento Ele Não, em 2018, durante o curso da campanha eleitoral e  se dispuserem a enfrentar nas ruas o bolsonarismo e suas tendências fascistoides. 

Esse dia tem que ser marcado por um retumbante grito das mulheres em aliança com a classe trabalhadora pelo FORA BOLSONARO/MOURÃO, GOVERNO DE GENOCIDAS, POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES!

Nesse sentido, nossa maior referência desse dia é o das mulheres operárias texteis russas do bairro de Vyborg, em Petrogrado, que no dia 23 de fevereiro pelo calendário juliano, decidiram comemorar o dia 08 de março pelo calendário gregoriano, o Dia Internacional da Mulher, com uma greve geral e desencadearam com isso a emblemática Revolução de Fevereiro que derrubou a maior autocracia até então da história da humanidade, o Czarismo russo.

Em outubro de 1917 foi instalado o governo operário pelos bolcheviques e inspirado pela luta de mulheres como Alexandra Kollontai promoveu um programa que mantém sua plena vigência na luta pela emancipação das mulheres para os dias de hoje: plena igualdade de direitos civis e políticos, casamento civil e divórcio, liberdade da mulher dispor do seu próprio corpo, direito ao aborto, libertação do trabalho doméstico, acesso ao trabalho de forma igualitária ao do homem, licença maternidade, creches públicas, lavanderias públicas, restaurantes públicos, etc.

Também queremos homenagear a revolucionária Rosa Luxemburgo, há 150 anos do seu nascimento, resgatando a vigência do seu pensamento e da disjuntiva levantada por ela, entre a primeira e a segunda década do século passado: ou o proletariado cumpria seu dever histórico de fazer a revolução proletária e realizar o socialismo, ou todos nós sucumbiríamos perante a barbárie capitalista. A derrota da Revolução na Alemanha foi o principal antecendente histórico da barbárie capitalista expressa no ascenso do nazismo.

Em nome do Conselho Editorial do jornal TRIBUNA CLASSISTA