segunda-feira, 30 de novembro de 2020

BOLETIM DOS SERVIDORES UNIDOS DO ALEGRETE nº 2

 

NÃO AOS 14%!!


O grupo Servidores Unidos do Alegrete, formou-se a partir da necessidade de mobilização diante do envio para a Câmara Municipal do projeto 036/2020 que aumentava a alíquota do RPPS de 11 para 14%. Tendo em vista a enorme distorção e a disparidade de salários entre os servidores da Prefeitura, onde muitos ganham muito abaixo dos salários dos mesmos cargos no mercado de trabalho; instalou-se um processo de mobilização da categoria frente aos poderes Legislativo e Executivo para a derrubada desse projeto e não à implementação do aumento da alíquota para 14%.

 Esse grupo formou uma Comissão que foi atrás da legislação vigente e da Emenda 103 que ocasionou a reforma da previdência que prejudica milhares de trabalhadores com suas regras novas e prazos mais longos ainda para a aposentadoria, e que acabou também incluindo os servidores federais, estaduais e municipais, o que resultou nas modificações que foram feitas nas três esferas do estado, ao longo desse ano.

Porém, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul foi aprovado um escalonamento que começou dos 7,5% proporcional aos salários dos servidores. Diante desse quadro, a Comissão procurou os poderes Legislativo e Executivo e expôs os principais motivos pelos quais os servidores estavam contra os 14%, principalmente em razão do salário que muitos cargos ainda recebem, sem nenhum aumento real há muito tempo e com a previsão de congelamento até dezembro de 2021, como prevê o Projeto de Lei 145/2020,  de todos os rendimentos e benefícios dos servidores em todas as esferas.

Houve várias reuniões com os vereadores e com o Prefeito onde também expusemos a inércia da atual diretoria do Sindicato dos Municipários de Alegrete que deveria estar liderando essa luta contra os 14%, mas há quinze anos com o mesmo presidente que não procura diálogo, nem dá nenhuma satisfação para os servidores, muito menos procura encabeçar as principais demandas do categoria, além de se perpetuar no poder não abrindo espaço para uma nova direção que possa seguir no comando do Sindicato, recuperando o Sindicato para as pautas emergenciais dos servidores, nos marcos de uma situação que cada vez mais precisa-se de um movimento contra todos os retrocessos que já estão em vigor e os que ainda estão por vir, como a reforma administrativa, que certamente virá com força total aniquilando os direitos já adquiridos com tanta luta pelos servidores.

Também foi exposto diversas formas de escalonamento que mesmo com o déficit atuarial, a Emenda 103 permite. Depois de muita pressão nas sessões online foi derrotado o projeto original 036, sendo vinculada uma emenda substitutiva com escalonamento que começa por 11% para os servidores que ganham menos, nestes marcos constituindo-se numa vitória parcial da categoria.

Porém, o projeto foi vetado pelo Prefeito e a Câmara derrubou o veto, mas o Prefeito recorreu ao Tribunal de Contas que deu um parecer contra a emenda substitutiva em razão de alguns cálculos e decretou que continuasse os 11% até que seja elaborado um novo projeto e entrar em votação na Câmara.

Agora, logo após a sua reeleição, o Prefeito Marcio Amaral já mandou um novo projeto a ser votado em regime de urgência na Câmara de Vereadores. Neste projeto, a alíquota passa novamente para 14% para todos os servidores. Continuaremos a nossa luta contra esse projeto e reafirmando que os servidores possuem em vários cargos, como cozinheira, serventes, atendentes, garis, salários muito abaixo para garantir a sua sobrevivência física, ainda mais num período que estamos vivendo, numa pandemia e com os salários congelados e sem qualquer beneficio ou aumento real previsível.

Convocamos novamente os servidores a dizer NÃO para esse projeto que claramente irá prejudicar as condições de vida dos servidores, arrochando ainda mais, principalmente os que ganham menos.

Vamos voltar a pressionar os vereadores, nas sessões online e botar a boca no trombone em todos os meios que forem necessários, principalmente a mobilização de rua com passeatas, panfletos, cartazes, atos públicos, greve, mostrando o porquê eles devem votar NÃO AOS 14%. A luta não está perdida e mesmo sem o apoio do Sindicato estamos firmes e fortes e dispostos a lutas realmente pelas demandas dos servidores que tanto carece de lideranças e de mobilizações, mesmo não estando por enquanto à frente do Sindicato que deveria nos representar e NÃO nos representa, não vamos arredar um passo atrás na busca pelos nossos direitos e que eles não sejam retirados.

Por um dia de paralisação contra os 14% rumo à greve por tempo indeterminado.

NÃO AOS 14%

A LUTA CONTINUA!!