domingo, 9 de janeiro de 2022

TODO O APOIO À GREVE DOS SERVIDORES DO BANCO CENTRAL E DA RECEITA FEDERAL

 










GUILHERME GIORDANO

Os servidores da Receita Federal desencadearam um movimento de greve nacional por tempo indeterminado reivindicando que lhes seja estendido o reajuste salarial previsto na aprovação do orçamento federal para os policiais federais e os policiais rodoviários federais.

No dia 03/01 do corrente ano, a mobilização dos auditores fiscais no município de Paracaima, Estado de Roraima, fronteira com a Venezuela, bloqueou 200 caminhões na alfândega. 

Já em dezembro de 2021, praticamente todos os cargos comissionados foram entregues em protesto contra a aprovação do Orçamento da União de 2022, no Congresso Nacional, que descumpriu acordo com a categoria e priorizou aumento salarial para apenas duas forças policiais federais, base de sustentação política do governo Bolsonaro.

Foi marcada uma assembleia para o dia 12/01 para discutir os próximos passos da mobilização e a formação de comandos, e o presidente do sindicato nacional dos servidores da Receita Federal está defendendo a intensificação da entrega de cargos, operação padrão e meta zero. 

A adesão à greve já alcança 97% dos auditores fiscais, que ao entregar os cargos de chefia e renunciaram aos mandatos de conselheiros no Conselho de Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e já causaram um conflito entre Bolsonaro e Paulo Guedes.

Já, os servidores do Banco Central deram início a um movimento de entregas de cargos dos titulares de comissões gerenciais e anunciaram greve a partir do dia 18/01, dia que tem como indicativo de uma grande paralisação nacional de todos os servidores federais. A reivindicação central é a reestruturação da carreira e e o reajusta salarial previsto para as polícias federais. 

Foi criado o FONACATE (Fórum Nacional das Carreiras de Estado) que representa as carreiras típicas de Estado criadas no governo Fernando Henrique, como um mecanismo de cooptar estes setores para dar apoio e sustentação aos governos de plantão que se sucederam. São os servidores mais bem pagos pela União, mas que viram suas condições de vida serem ao longo dos anos também corroídas por intervalos muito longos de congelamento salarial, reformas previdenciárias, criação do FUNPRESP (Fundo de Previdência dos Servidores Públicos), previdência complementar, que lhes atingiu em cheio; enfim, não ficaram imunes à crise capitalista que vem sendo descarregada nos ombros dos trabalhadores. Deste fórum participam o SINAL (Sindicato dos Funcionários do Banco Central) e o SINDIFISCO (Sindicato Nacional dos Auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil).

A CONDSEF (Confederação dos trabalhadores do serviço público), que representa a maioria dos da categoria dos servidores públicos federais já anunciou a adesão à paralisação nacional do dia 18/01. Esta entidade está presente no FONASEFE (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), bem como outras entidades sindicais dos servidores federais como a FASUBRA, ANDES, FENASPS, etc. já discutem a organização e preparação da Greve Geral Unificada dos Servidores Federais, que deve incluir os servidores das três esferas do Estado. 

São 5 anos sem nenhuma reposição salarial enquanto que o IPCA ultrapassou a casa dos dois dígitos, em 10,74%.

- TODO APOIO À GREVE EM CURSO NA RECEITA FEDERAL E BANCO CENTRAL;
- PARALISAR TODAS AS ATIVIDADES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS FEDERAIS NO PRÓXIMO DIA 18/01;
- PELE GREVE GERAL UNIFICADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DAS TRÊS ESFERAS