segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Fernando Araújo dos Santos, trabalhador rural, principal testemunha da chacina de Pau D'Arco no Pará, foi assassinado com um tiro na nuca

 DESMANTELAR ATRAVÉS DA MOBILIZAÇÃO REVOLUCIONÁRIA DAS MASSAS O REGIME  DAS POLÍCIAS MILITARES E DAS MILÍCIAS RURAIS E URBANAS, SÍMBOLOS DO TERROR ESTATAL E PARA-ESTATAL NO PAÍS


Carmanim Elisalde

 Há cerca de quatro anos atrás, em 24 maio de 2017, uma operação da polícia civil e militar com a cumplicidade de milicianos privados assassinou dez trabalhadores sem-terras que ocupavam a fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D’Arco, no Pará.

Dezesseis policiais foram indiciados, mas aguardam julgamento em pleno exercício da função e na mesma região aonde promoveram a chacina.


Há quinze dias atrás, no dia 26 de janeiro do corrente ano, Fernando Araújo dos Santos, sobrevivente daquela chacina em que perdeu seu namorado e uma das suas principais testemunhas foi assassinado com um tiro na nuca.

Fernando foi morto um dia antes de ter decidido ir embora do assentamento por causa das ameaças que vinha sofrendo dos policiais militares envolvidos na chacina, e após ter previsto que o pior estava por vir.

Os mandantes e os assassinos estão até hoje gozando de liberdade e impunidade que é uma característica de uma região conflagrada em função dos interesses dos latifundiários e de centenas de famílias de sem-terras que sofrem historicamente da violência policial e dos jagunços dos latifundiários, aonde o tão aventado estado de direito democrático é o "estado da lei do cão", aonde a propriedade privada da terra corresponde ao roubo da vida de inúmeros companheiros e companheiras que tombaram lutando pelo direito de não morrer de fome.

- Pelo julgamento popular dos assassinos e dos mandantes
- Desmantelamento dos criminosos aparatos estatais e para-estatais  que se constituiram as polícias militares e as mílicias urbanas e rurais
- O estado é o principal responsável por esses assassinatos  
- Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo!