quinta-feira, 1 de outubro de 2020

O DISCURSO DE SPARTACUS, LÍDER DA REBELIÃO DE ESCRAVOS CONTRA A REPÚBLICA ROMANA (73 a.c. a 71 a.c.)


 Fábio Pereira

Na noite anterior, antes  de iniciar mais uma grande batalha contra o sistema opressor, comandado na época pela República Romana, Spartacus ao receber a notícia no acampamento dos escravos a beira do mar próximos do porto de Brundusium de onde realizariam a sua saída da Itália para novas terras através dos mares usando os barcos do acordo feito entre os escravos e os piratas salesianos, Spartacus líder dos escravos recebe a informação de uma traição feita pelos próprios piratas mercenários.

Tigranes Levantus mensageiro embaixador dos piratas salesianos, além de dar a notícia de traição dos piratas que os barcos não chegarão para tirá-los da Itália, como parte do acordo de viverem em uma terra livre, longe da Itália e do domínio da República Romana.

Spartacus indignado saca de seu punhal coloca na garganta do mensageiro e pergunta: -Por que os barcos não virão? Os piratas salesianos tem os melhores barcos e não tem medo dos romanos, quem os pagou? Tigranes Levantus imediatamente com o punhal cada vez mais apertado em seu pescoço: - CRASSO! O novo cônsul de  Roma e líder do primeiro Triunvirato Romano juntamente com Júlio César e Pompeu, Caio CRASSO este último o homem mais rico de Roma durante este período. Olhando o mapa da Itália na época Spartacus se questiona:-Sempre existe uma resposta , deixe-me ver, Pompeu está com as suas legiões no porto de Reggio que fica a 3 dias do acampamento de escravos, as legiões de Lúculus chegam no porto de Brundusium amanhã. Pompeu ao leste, Lúculus ao meu oeste, no sul temos o mar, então é isso, Crasso sabe que a única saída viável que tenho é marchar contra Roma ao norte, em direção ao coração da República Romana e de suas legiões que ele comanda agora como o novo cônsul de Roma. 

Tigranes Levantus disse a Spartacus que eles foram comprados por um valor 3 vezes maior do que o acordo que fizeram com os escravos, o acordo de trazer os barcos para transportar todos os escravos para fora da Itália.O mensageiro dos escravos apresentou ainda a maldade por completa da traição dizendo que os piratas ofereceram barcos menores para tirar somente Spartacus e sua esposa Varínia e todos os outros líderes principais da Rebelião com suas famílias. Antoninus um dos escravos que auxiliava Spartacus disse:

-Spartacus jamais aceitaria este acordo para trair a Rebelião de escravos depois de todos os enfrentamentos que tivemos contra a República Romana.

Na mesma hora ainda na sua tenda do acampamento Spartacus olhou para Tigranes Levantus e disse: - Suma daqui da minha frente agora, vá embora!

Depois de todos estes acontecimentos pede a todos os seus líderes do acampamento de escravos que toquem o sinal para reunir o grande acampamento que ele vai conversar com todos os escravos acampados a beira da praia de frente para o mar. Assim ele realizou seu penúltimo discurso na noite anterior a grande batalha final contra o sistema opressor da época:

“Esta noite um exército romano chegou no porto de Brundusium. Outro exército se aproxima pelo oeste. Entre eles, pretendem nos encurralar contra o mar.

Os piratas salesianos nos traíram, não temos barcos para sair da Itália. Roma não permitirá nossa saída da Itália.

Não temos outra escolha a não ser lutar contra Roma, e terminar com esta guerra da única maneira possível.

Libertando todos os escravos da Itália. Prefiro estar aqui, um homem livre entre irmãos encarando uma longa jornada e uma batalha difícil que ser o homem mais rico de Roma gordo de comida pela qual não trabalhei e rodeado de escravos.

Tivemos uma longa jornada juntos. Lutamos muitas batalhas e tivemos grandes vitórias. Agora, ao invés de navegarmos rumo à nossa casa devemos lutar novamente.

Talvez não haja mais paz neste mundo para nós, nem para ninguém. Não sei, só sei que enquanto vivermos devemos ser fiéis com nós mesmos.

Sei que somos irmãos e que somos livres.

Marchamos e partimos esta noite!”

No outro momento depois de se aproximarem das legiões de CRASSO e verificarem que aquela será a sua batalha final no campo de guerra antes de se enfrentarem com as legiões do exército romano SPARTACUS chama a palavra novamente e então faz o seu último discurso:

“Em breve CRASSO dará a ordem! E enfrentaremos suas legiões em batalha aberta!

Estamos na sombra de um poder maior enquanto a República deles tira as vidas de todos os homens, mulheres, velhos e crianças condenadas à escuridão da escravidão!

Forçados a trabalhar e sofrer para que os ricos e os poderosos vejam as suas fortunas crescer sem necessidade e sem propósito!

Vamos ensinar a eles que todos aqueles que respiram têm o mesmo valor!

E aqueles que tentam reprimir a liberdade cairão perante o grito de LIBERDADE!”