sexta-feira, 10 de julho de 2020

TRIBUNA BANCÁRIA adverte



Oposicões Bancárias de Porto Alegre, Litoral Norte Gaúcho e Brasilia



O Encontro Estadual dos bancários do Rio Grande do Sul em sistema de vídeo-conferência teve 550 bancários inicialmente escritos, bem menos que os presenciais em anos anteriores, que normalmente tinham em média 800 bancários, e no final deste encontro virtual de 2020 somente em torno de 300 bancários efetivamente participaram. É provável que o número reduzido como este também tenha ocorrido no restante do País. 

As correntes de centro e de direita do movimento tiveram maioria nestas minorias de bancários. Essas vídeo-conferências só serviram para aprovar acordos rebaixados e propostas não conhecidas ou não muito claras para a imensa maioria da categoria. 

De uma forma virtual com baixa participação nas atividades, só foi demonstrado que a burocracia sindical  da Contraf-Cut mais uma vez capitulou para os banqueiros e para o Governo Bolsonaro. Esta burocracia detém o controle real eletrônico dos encontros, congressos, campanha salarial e até de eleições sindicais. Como por exemplo, a eleição sindical dos bancários de São Paulo, onde a chapa da Contraf-Cut ,virtualmente venceu as mesmas com 94% dos votos, estranhamente.

A toque de caixa foi aprovado no Banco do Brasil o acordo emergencial virtual rebaixado com 83% a favor, 14% contra e 3% brancos e nulos. É importante salientar que além deste resultado que valida virtualmente um desastroso acordo, a burocracia sindical da Confederação bancária irá validar uma série de acordos em outros bancos tendo este como guia para toda a categoria bancária, tudo virtualmente é claro.

Deveria se esperar o fim da pandemia para presencialmente com a imensa maioria decidir os reais interesses da categoria. Em pleno pico da pandemia a imensa a maioria dos bancários desconhece o que está sendo resolvido nesta campanha salarial. E os burocratas na Contraf-Cut estão dizendo que esta campanha será levada para as demais categorias dos trabalhadores como modelo. Um desastre total para a classe trabalhadora.

Não é só o governo que está se aproveitando da pandemia para atacar os trabalhadores, a burocracia sindical, a patronal, os banqueiros e todo o conjunto que dirige o capitalismo contra o proletariado estão se aproveitando neste momento, também.

O ministro Paulo Guedes tem como maior objetivo econômico de sua pasta privatizar todas as estatais, e no ramo bancário estão a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil na sua mira, de linha de frente; porém não sabemos se ele durará no cargo até conseguir realizar esse seu sonho macabro, pois estão avançando investigações contra ele por fraudes em fundos de pensão, como da Funcef, fundo dos Bancários da Caixa Econômica Federal. Esta fundação perdeu cerca de R$ 22 milhões em negócios com Guedes. Ele também fraudou os fundos de pensão do Banco do Brasil, da Petrobras e dos Correios num montante de mais de R$ 1 bilhão. O MPF está em cima.

Na questão das privatizações da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil é necessário que os bancários exigiam dos seus sindicatos, de suas federações e da sua Confederação, bem como de suas associações de aposentados, a criação de comitês virtuais para prepararem para o pós-pandemia a existência de comitês reais de defesa das Estatais sob controle dos trabalhadores.

O Home Office extrapola a categoria bancária e passa a ser um problema de todas as categorias; atualmente os trabalhadores arcam com todos os custos desta modalidade de serviço. Já hoje urge uma legislação que defenda os trabalhadores nesta modalidade de trabalho e que futuramente garantam condições dignas para os trabalhadores nesta área.

O auxílio emergencial já foi denunciado em jornais anteriores e em documentos do Agrupamento Tribuna Classista; além de ser totalmente insuficiente para os trabalhadores ele já nasceu no Ministério das Cidades totalmente para não dar certo, cheio de fraudes milionárias foi implementado por Bolsonaro, Guedes e o Presidente da CEF, Pedro Guimarães, para desmoralizar a instituição Caixa Econômica Federal e tentar desmoralizar também o seu corpo funcional; heroicamente muitos adquiriram COVID-19 e assim como outros bancários faleceram. Esse governo já planejava algum plano de desmoralização da Caixa Econômica Federal frente à opinião pública para dar começo a privatização da estatal.

Também denunciamos que no ano de 2020 foram fechadas quase 300 agências bancárias e aproximadamente 200 delas depois do início da pandemia, desempregando bancários e piorando o atendimento para população, constituindo-se assim mais um crime dos banqueiros contra os trabalhadores.

De 15 a 18 de julho será realizado o 18º Congresso Nacional dos Petroleiros com o tema básico: democracia, empregos e Revolução digital; 280 Petroleiros vão decidir os rumos de toda uma categoria; se liguem companheiros Petroleiros, esta fórmula já foi usada nos bancários e o sistema virtual caiu. É a famosa contra revolução digital da burocracia sindical contra os trabalhadores. 2020 será lembrado como ano da pandemia e do golpe virtual da burocracia sindical em cima dos Trabalhadores.

Fonte: Site da FETRAF/RS