sábado, 18 de julho de 2020

EFETIVAÇÃO JÁ !!!!! NA DEFESA INCONDICIONAL DAS(OS) EDUCADORAS(ES) CONTRATADAS(OS)!!!!

NÓS, MILITANTES DO AGRUPAMENTO TRIBUNA CLASSISTA/CRQI ESTAMOS COM O COMITÊ DOS CONTRATADOS NO CPERS

EFETIVAÇÃO JÁ!!!






                                                                                                 Fábio Pereira

 Quem  defende  contra  a  efetivação  está  defendendo  demissões  em  massas  de  trabalhadoras  e trabalhadores,  Contratadas  e  Contratados  da  nossa  categoria,  é  apadrinhado  com  o  governo  de qualquer espécie, em âmbito federal, estadual e municipal, não interessa qual! É apadrinhado com o governo e com isso, se utiliza maldosamente do discurso legalista, usando a constituição que está aí com   mais   de  3000  normas fazendo  uma  política  voltada  para  os  patrões, os  empresários, os banqueiros,  utilizando  de  apadrinhamento  e  compadrio  para  a  alta  cúpula  e  sem  consciência nenhuma  de  classe  se  colocando  na  posição  que  não  defende  trabalhador.  O  Brasil  editou  5,4 milhões de normas desde a Constituição de 1988, diz um estudo feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de  Planejamento  e  Tributação). O  estudo  mostra  que  a  nossa constituição chega a ter 769 normas por dia útil mostrando então para nós que utilizar a constituição para rebater luta de classes como a questão  dos  contratados  que  lutam  por  sua  efetivação  está  totalmente  distorcida. Os  contratados lutam  contra  a  precarização  do  trabalho, contra  o  sucateamento  das  escolas,  contra  o  regime  de semi-escravidão,  colocados muitas vezes em palavras sutis da própria DC do sindicato e o próprio CEDS,   como  por  exemplo:  "Os  contratados  serão  substituídos  por  nomeados".  Isto  é  demissão de educadores  contratados  dentro da nossa categoria da educação. Tem mais, em um dos congressos do  CPERS, em Bento Gonçalves, a própria presidente do sindicato, Helenir, empurrou a discussão do plano de lutas do congresso de 2016 defendendo que no conselho geral se discutiria melhor e que já não tinha mais tempo lá para fazer o debate sobre a efetivação, ainda disse mais quando agarrou o   microfone   para   falar:   -   "CONCURSO, CONCURSO, CONCURSO, ATÉ   ACABAR   COM   O   ÚLTIMO CONTRATADO!".   Pois   esta   mesma, esta fala   reacionária, bandida,   faz   o   CEDS   em   seu   documento defendendo  o mesmo que a DC (PT, PCdoB, PDT, PP; CUT e CTB), abandonando os trabalhadores e defendendo  então  demissões  em  massa    de  educadores  contratados  da  nossa  categoria. Nós  não somos   contra   o   concurso   público, muito   pelo   contrário, defendemos  o  concurso  público,  mas entendemos que a única forma de acabar com a precarização do trabalho para os contratados será conquistarmos a nossa efetivação.

Está  totalmente  distorcida  a  defesa  do  CEDS  pelo  argumento  constitucional. Aliás,  tomar  esta posição  é  jogar  água  no  moinho  do  governo  que  cada  vez  mais  nos  massacra  e  nos  oprime. É necessário abandonar esta posição reacionária para realmente defender os trabalhadores  e seguir a resolução nacional tirada no congresso da CSP/CONLUTAS de 2015.


Esta  central  neste  congresso  aprovou  uma  resolução  nacional  defendendo  a  efetivação  dos terceirizados e dos contratados. Estamos aqui para comunicar que na última convenção estadual da CSP/CONLUTAS   realizada   em   maio   do   ano   passado, reforçou-se   a   defesa   da   efetivação   dos educadores contratados para combater a precarização do trabalho.

 

A  convenção  da  central  aprovou  por  unanimidade  o  plano  de  lutas  estadual  e  o  plano  de  lutas nacional, fortalecendo a defesa de nossa efetivação, impulsionando ainda mais a nossa luta nacional destacando o trabalho realizado por nosso Comitê Estadual dos Educadores Contratados.

 

Nós, membros da comissão estadual do nosso comitê, saudamos esta central que é a pioneira delas a abraçar conosco a luta pela nossa efetivação.

 

Abaixo  segue  a  resolução que já publicamos nas páginas de nosso comitê para fortalecer cada vez mais a nossa luta pela conquista de nossa efetivação.

 

 

 É muito importante destacar aqui a posição da central CSP/CONLUTAS que aprovou uma resolução defendendo  a  EFETIVAÇÃO  DOS CONTRATADOS e partindo deste princípio que as forças políticas que fazem parte desta central também tornem seu posicionamento igual ao da resolução aprovada.

 

 RESOLUÇÃO DA CSP/CONLUTAS DO SEGUNDO CONGRESSO (2015). Combater a terceirização, o trabalho precário e a privatização

Unificar os trabalhadores na defesa do emprego, por salários e direitos iguais

 

A  política  de  terceirização  nos  serviços  públicos  e  nas  estatais  praticada  no  Brasil  e  no  mundo atende aos objetivos do capital de maximizar suas margens de lucro reduzindo os custos de mão de obra  –  aumentando  os  níveis  históricos  de  exploração  do  proletariado  e  reduzindo  salários  e direitos  em  escala  mundial  – e saquear as finanças públicas – se apropriando de recursos estatais através  da  sonegação  fiscal  e  da  oferta  de  serviços  de  qualidade  inferior  a  preços  acima  dos praticados no mercado, burlando a concorrência, por exemplo.

 

A terceirização no serviço público é irmã siamesa da privatização e da corrupção

 

Como  dissemos  a  terceirização  é  uma  das  formas  de  precarizar  ainda  mais  o  trabalho  no  Brasil, retirando  direitos  dos  trabalhadores,  reduzindo os custos de produção da patronal e aumentando seus lucros – sendo, hoje em dia, o principal mecanismo do capital para aumentar a exploração dos trabalhadores. Os trabalhadores terceirizados trabalham em média 43 horas semanais (7,5% mais que  os  trabalhadores  contratados  diretamente),  recebem  salários  24,7%  menores  que  os  demais trabalhadores, permanecem menos tempo no emprego (2,7 anos contra 5,8 anos), tendo uma taxa de rotatividade no emprego que chega a ser o dobro da média nacional – 64,4 contra 33. [1]


Uma   comprovação   contundente   da   relação   direta   entre   terceirização   no   serviço   público   e precarização  do  trabalho  são  os  casos  de  resgate  de  trabalhadores  em  condições  de  trabalho análogas à escravidão entre 2010 e 2013. Em 2010 e 2011 90% dos casos – de trabalho análogo à escravidão,  não  esqueçamos  –  envolviam  trabalhadores  terceirizados,  em  2012  foram  100%  dos casos, em 2013 foram 80%. [2]

 

Os  terceirizados  recebem  salários  menores,  trabalham  mais  horas  semanais  que  os  contratados diretamente   pelas   empresas;   sendo   na   sua   maioria   negros,   jovens   e   mulheres,   conforme demonstram  pesquisas  realizadas,  pessoas  LGBTs,  conforme  se  verifica  amplamente  em  setores como os call centers e ainda trabalhadores aposentados (que tentam complementar suas pequenas aposentadorias) ou perto da aposentadoria porque não conseguem emprego formal. Ainda existem outras   formas   de   precarizar   o   trabalho   como   os   contratos   temporários   e  os  trabalhadores autônomos/prestadores de serviços (que possuem CNPJ).

 

A terceirização caminha lado a lado com a privatização

 

No  setor  elétrico,  em  2003  –  pouco  depois  de  sua  privatização  –  havia  39.649  trabalhadores terceirizados   contra   97.399   trabalhadores   diretamente   contratados;  em  2011  havia  137.525 terceirizados   contra   108.005   trabalhadores   próprios.   No   sistema   Petrobrás   –   atacado   pela privatização  e  pela  corrupção  –  os  dados  são  mais  alarmantes;  em  1994  –  início  do  primeiro mandato de FHC – havia por volta de 50.000 trabalhadores próprios contra número bem menor de terceirizados,  em  dezembro  de  2013  –  penúltimo  ano  do  primeiro  mandato  de Dilma/PT – havia

86.111  trabalhadores  próprios  contra  360.180  terceirizados  –  sendo  que  esses  últimos  foram vítimas de 84% dos acidentes de trabalho que ocorreram no sistema naquele ano. [3]

 

Como  ilustram  de  forma  trágica  a  Operação  Lava-Jato  e  o  acima  exposto;  a  terceirização  produz trabalho  precário,  privatização  dos  serviços  públicos  e  corrupção  –  serviços  superfaturados  e  de qualidade inferior, propinas pagas a agentes públicos, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

 

No   serviço   público   a   terceirização   –  mais  os  contratos  temporários  –  cria  uma  maioria  de trabalhadores  sem  direitos  ou  com  direitos  reduzidos  como  os  professores  categoria  “O”  em  São Paulo  ou  os  mais  de  90.000  servidores contratados pela lei 100/2007 em Minas Gerais; o mesmo ocorre   na   saúde   pública  com  a  contratação  de  ONG’s.  Isso  em  oposição  a  uma  minoria  de apadrinhados  políticos  –  “amigos  do  rei”  –  colocados  em  posições  privilegiadas  por  prefeitos, governadores, secretários e parlamentares.

 

Tudo   isso   cria   uma  situação  de  divisão  dos  trabalhadores,  entre  contratados  diretamente  e terceirizados,  os  primeiros  se  opondo  aos  segundos,  deixando  esses  últimos  sem  representação sindical  na  maioria  das  vezes.  Sendo  que  em  muitas  categorias  e  sindicatos  os  trabalhadores terceirizados não são encarados como parte de suas bases de representação.

 

É necessária a mais ampla unidade de todos os trabalhadores para combater a retirada de direitos sociais e trabalhistas embutida no projeto de lei que generaliza a prática da terceirização no Brasil, tomando o lado da maioria dos super-explorados e precarizados do serviço público.

 

A Coordenação Nacional da CSP-Conlutas resolve:

 

1.  Defender  o  princípio  da  garantia  de  emprego  desses  trabalhadores  terceirizados,  esse  enorme contingente   de   trabalhadores   super-explorados,   com   o   fim   das   empresas   terceirizadas   e   a incorporação dos trabalhadores terceirizados ao serviço público.


2.  Essa  incorporação  pode  se  dar  com  a  estabilidade,  efetivação  sem  concurso  público,  concurso público,  exames classificatórios ou outra forma, de acordo com a situação e tradição de cada setor ou categoria profissional, respeitando a autonomia das entidades filiadas.

 

3. Defender o princípio de trabalho igual, direitos e salários iguais.

 

4.  Posicionar-se  contra  todas  as  formas  de  trabalho  precário,  na  iniciativa  privada  e  no  serviço público/estatais:   terceirização,   contratos   temporários   com   direitos   reduzidos,   trabalhadores autônomos/prestadores de serviço (CNPJ) e outros.

 

5.  Seguir  e  potencializar  a  campanha  contra  o  PLC  30/2015,  que  substituiu  o  PL  4330,  mais conhecido.

 

6.  Onde  alguma(s)  das  formas  de  precarização  existir(em)  os sindicatos, movimentos e entidades filiadas(os)   à   Central   são   orientados(as)   a   envidar   todos   os   esforços   para   representar   os trabalhadores  e  trabalhadoras  precarizados(as) de sua base de atuação, inclusive nas negociações coletivas, na defesa de seus direitos.Esta é uma central de lutas respeitada em todo o país e sendo assim  as  organizações  que  fazem  parte  dela  devem  seguir  as  resoluções que foram aprovadas no seu congresso, do contrário então para que um congresso nacional se as organizações não acatam a decisão   da   sua   central.Dizemos   mais,as   organizações  que  não  acatam  resoluções  e  decisões nacionais  decididas  por  sua  executiva  nacional  devem  ser  expulsas  da  CSP/CONLUTAS.  Porque entendemos que o CEDS  está então na posição de patrão, como o Centrão que  faz Estudo para ficar se  Debatendo  sobre  a consciência de classe e não entende o Socialismo. Não tem nada favorável e com consciência de classe,que se defenda os trabalhadores exatamente como tem que se defender. Defender a emancipação das Educadoras Contratadas e dos Educadores Contratados em nosso país, conquistar  a  vitória  das  trabalhadoras  e  dos  trabalhadores  contra  a  precarização  do trabalho e o regime  de  semi-escravidão.  Contratadas  e  Contratados da nossa categoria Uni-vos! Saudações aos compadres  e  comadres  que  se  dizem  ser  de  esquerda,  padrinhos  e  madrinhas  dos  governos  de plantão e da Burguesia! Efetivação já! Na defesa incondicional das (os) Educadoras (es) contratadas (os)!