quarta-feira, 8 de julho de 2020

CONSELHO GERAL DO CPERS APROVA FECHAMENTO TOTAL DAS ESCOLAS NO RS

O Conselho Geral do CPERS aprovou em Assembleia Geral nesta sexta-feira, 19/06, a proposta de fechamento total das escolas em defesa da vida dos estudantes, professores, servidores da escola e de toda a comunidade escolar contra a posição do governo Eduardo Leite e seus aliados que estão promovendo a passos largos o fim da quarentena com a volta das aulas presenciais.  
O companheiro Fabio Pereira defendeu a suspensão do ano letivo até que a pandemia acabe, inclusive das aulas ministradas pelo EAD.





Fábio André Pereira


Pela vida dos gaúchos: Conselho Geral defende fechamento total das escolas do Estado


Em edição histórica do Conselho Geral do CPERS, a primeira realizada a distância, cerca de 130 conselheiros(as) e dirigentes do Sindicato de todas as regiões do Rio Grande do Sul debateram e aprovaram, por unanimidade, o fechamento total das escolas estaduais em face da pandemia.

O crescente número de casos confirmados de Covid-19 no seio da comunidade escolar pautou o debate, que ocorreu na tarde desta sexta-feira (19).  Embora publicamente o governo Leite (PSDB) afirme que as escolas já estão fechadas por conta da suspensão das aulas presenciais, a realidade é outra.

Direções, funcionários(as), professores(as), pais e estudantes têm arriscado a vida em aglomerações desnecessárias para entregar ou receber materiais e cumprir demandas da Secretaria da Educação e suas Coordenadorias Regionais. O resultado, previsto e denunciado pelo CPERS desde o início da pandemia, tem sido a disseminação do contágio entre trabalhadores(as) que atendem centenas de milhares de estudantes gaúchos.

“Não podemos permitir essa exposição gratuita ao vírus. Não é uma questão de defender somente as nossas vidas, mas as de todos os gaúchos. “, comenta a presidente Helenir Aguiar Schürer. A falta de protocolos claros, treinamento, EPIs e mesmo recursos para adquirir materiais de proteção e limpeza, também foram apontados pelos presentes.

“O governo não nos inclui nas discussões sobre o retorno das aulas presenciais, mas nos bota na linha de frente da contaminação. Isso é o mesmo que jogar nos ombros dos educadores a responsabilidade sobre possíveis contágios que ocorrerem nas instituições”, ponderou Helenir.

O caos das aulas programadas e do contracheque, o aprofundamento dos ataques de Eduardo Leite (PSDB) à categoria, seu alinhamento com Bolsonaro na retirada de direitos e nas políticas de mercantilização e destruição dos serviços públicos, a necessidade de articular a resistência apesar das dificuldades de mobilização e o adiamento das eleições internas do Sindicato devido à pandemia também foram pontos de pauta e de deliberação.

Devido a dificuldades técnicas e à extensão do debate, o Conselho Geral não se encerrou nesta sexta e a apreciação das propostas que vão orientar a luta da categoria continua na próxima semana.