segunda-feira, 24 de junho de 2019

SOCIALISMO OU SOCIALISMO

Correspondente bancário de Porto Alegre






 
A atual crise mundial do capitalismo já está completando 11 anos (2008 a 2019) com uma enorme desaceleração da economia mundial e com uma previsão de PIB mundial em torno de 2,5 % em 2019 e possivelmente igual ou menor em 2020. Entre os principais riscos para este baixo crescimento mundial, se destacam as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, bem como problemas estruturais do capitalismo que desestimulam o investimento em vários países, sobretudo na Zona do Euro. Para piorar estamos entrando em uma nova grande crise mundial do capitalismo; na verdade é a continuação da atual crise; ou seja, é de fato a crise terminal do capitalismo? Não há mais espaços para se falar em crises cíclicas? Será terminal mesmo?


A americalatinização da Europa é o exemplo mais cabal da crise irreversível do capitalismo. A União Europeia que tinha um padrão de vida invejável, agora  à beira de sua desintegração apresenta vários problemas sociais, econômicos e políticos comuns aos países latino-americanos.



O Reino Unido será atingido por tarifas se o Brexit não chegar a um acordo, acredita o Banco Central Inglês; como há meses, a saída da Inglaterra da UE não consegue chegar a um M.D.C. entre as partes, isto está causando uma grande crise capitalista na região do EURO.

Passando pela Espanha com as suas questões separatistas que conturbaram e conturbam a UE e que nem os tribunais espanhóis e a política dos separatistas conseguiram resolver.

Este ano ocorreram as eleições do Parlamento Europeu, que foi caracterizada por uma total fragmentação das forças políticas, o que nos próximos cinco anos contribuirá com a aceleração da desintegração do Bloco Europeu. Partidos tradicionais perderam espaço e o Partido Verde cresceu, se apresentando através de uma lente invertida como o grande representante dos trabalhadores europeus.

A Itália, bola da vez, terceira maior potência da Zona do EURO, está totalmente anêmica há vários anos e a UE e o capitalismo mundial assistem a isto apavorados. A Itália em recessão pode puxar a UE, pois a sua dívida é uma das maiores do mundo, isto pode gerar uma das maiores moratórias do mundo com consequências globais devastadoras, e o perigo é grande, pois os populistas italianos de direita adotam políticas de gastos altíssimos.   

Na Alemanha a coalizão dos partidos CDU ( União Democrata Cristã) e SPD (Social-Democrata da Alemanha) está em perigo, pois o SPD teve uma derrota eleitoral muito forte no Parlamento Europeu, junto com isto a locomotiva alemã a cada ano vem desacelerando a sua economia.

Na França, 50 anos depois do Maio de 68, o Fora Macron ! foi o que a população francesa através dos coletes amarelos repetiu por vários meses. A popularidade de Emmanuel Macron despencou de 68% para 26%, após mais de 20 manifestações contra o Governo Macron, este aceitou aprovar uma série de reivindicações para a classes média e baixa, mesmo assim não foi o suficiente para os manifestantes. No Primeiro de Maio, Paris virou uma praça de guerra, de um lado os coletes amarelos e os Black Blocs, e do outro lado as forças de repressão.

Num futuro próximo muitos acontecimentos novos irão surgir na Europa em plena crise capitalista. Especialistas concordam que a longo prazo , a guerra comercial entre Estados Unidos e China deve trazer riscos para o mundo inteiro. As constantes negociações entre os Governos Donald Trump e Xi Jinping são insuficientes e estão sempre fracassando, pois o sistema capitalista mundial conspira sistematicamente contra o próprio sistema. 

Não é só o comércio mundial que está se desacelerando, mas a economia mundial como um todo. O último acordo ficou basicamente assim: os Estados Unidos suspenderam as sobretaxas impostas à China, e os chineses comprariam mais bens e serviços americanos. Não estamos livres do imperialismo norte-americano e a burocracia restauracionista chinesa nos arrastarem para uma Guerra Mundial. E por falar em guerra, os Estados Unidos está procurando uma com o Irã, podendo colocar fogo em todo o Golfo Pérsico, a questão é o Petróleo e quem vai continuar dominando-o. O Golfo Pérsico está armado até os dentes. Operações de guerra já começam a ser montadas na região. O Imperialismo, se ameaçado contra-ataca de imediato, por isso os trabalhadores do mundo inteiro precisam saber quem são os seus inimigos.

A Síria é um exemplo real do que o Imperialismo pode fazer a uma nação, após oito anos de guerra, o país totalmente destruído e 12 milhões de sírios deslocados ou refugiados. Estiveram guerreando na Síria: Árabes, norte-americanos, russos, franceses, ingleses e outros. O ditador Bashar Al-Assad, por hora continua no poder. E o povo sírio são os perdedores de mais uma guerra capitalista.

Enquanto o capitalismo ruma para a barbárie, os trabalhadores para mudarem este horrível destino para a humanidade devem se agrupar em torno de Partidos Operários Revolucionários e uma Quarta Internacional Socialista, para através da Revolução Socialista Mundial impor o Socialismo.