quinta-feira, 30 de novembro de 2017

PELO SALÁRIO E OS DIREITOS TRABALHISTAS

VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES DO SUPERMERCADO MUNDIAL

Hernán Gurian (Rio de Janeiro)

100% ou GREVE:
Trabalhador rejeita contraproposta do Mundial


Na Assembleia dos Funcionários do Mundial realizada nesta segunda-feira (27/11) na sede do Sindicato dos Comerciários do Rio, os trabalhadores disseram não à contraproposta do supermercado e mantiveram o estado de greve. As negociações serão retomadas pelo Sindicato. Caso até a próxima segunda-feira (4/12) a empresa não inclua na proposta a volta do adicional de 100% nos feriados, dentre outros pontos da pauta de reivindicações, a GREVE terá início no primeiro minuto da terça (5/12).
“Não nos contentamos com pouco. A empresa acena com a volta dos 100% aos domingos, mas faz chantagem e diz que só vai dar se abrirmos mão do feriado. Só que a gente não aceita trabalhar sem receber. É 100% ou greve, sem nenhum direito a menos”, dispara S.M., funcionário do Mundial da Siqueira Campos, em Copacabana. Sua fala retrata o ânimo da grande maioria dos trabalhadores da rede, que às centenas na Assembleia aprovaram por unanimidade paralisar todas as 18 lojas caso o supermercado não ceda em relação aos feriados.
“Os funcionários do Mundial foram os primeiros a sentir as mudanças nas leis trabalhistas. São também os primeiros a resistir. Não estarão sozinhos. Já recebemos manifestações de apoio de comerciários e outros trabalhadores de todas as partes do Brasil. Quando tivermos a confirmação do resultado da Assembleia, vamos retomar na mesma hora a conversa com a empresa. Esperamos que eles devolvam o feriado. Caso contrário, essa greve poderá ser o início de uma grande reação da classe trabalhadora às reformas do governo golpista”, avalia o presidente do Sindicato, Márcio Mayer.
O que o Mundial disse aceitar até agora:
Manter o adicional de 100% aos domingos. Novos funcionários receberiam 50%;
Regularizar e dar transparência ao espelho de ponto;
Alterar a qualificação dos atendentes como operadores de caixa;
Acabar com a substituição das operadoras de caixa por empacotadoras;
Homologar no Sindicato as demissões de funcionários;
Reintegrar trabalhadores demitidos em retaliação a sua participação nos protestos.

O que a empresa rejeitou:
Pagamento do adicional de 100% sobre as horas trabalhadas nos feriados;
Pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
Plano de Cargos e Salários.


ASSEMBLEIA DOS TRABALHADORES DO MUNDIAL
Segunda-feira, dia 4/12, às 8h30 e às 17h30
Sindicato dos Comerciários do Rio (R. André Cavalcanti, 33 – Lapa)