quarta-feira, 28 de setembro de 2016

FORA TEMER! PELA GREVE GERAL PARA DERROTAR O AJUSTE

                                                                               


Gustavo Montenegro


                               Crescem as lutas contra o ajuste

Os trabalhadores bancários já estão há quase um mês em greve reivindicando um aumento salarial que contemple a inflação acumulada (9,5%) mais 5% de aumento real, assim como melhores condições de trabalho.

A medida chama a atenção pela sua contundência: um informe do diário O Globo (20/09) que faz um levantamento da situação por estados indica que em quase todos eles uma média de 78% das agências bancárias aderiram à greve.

Após a primeira semana de greve, os banqueiros ofereceram uma proposta de aumento de 7%, que foi rechaçada por estar abaixo da inflação. Os bancos argumentam que o país se encontra em crise, mas os trabalhadores enfatizam os fabulosos lucros que eles receberam nos últimos tempos, incluindo as administrações “progressistas” de Lula e Dilma. Nas palavras de um dirigente do Sindicato dos bancários de São Paulo, “os banqueiros não possuem crise, tendo em vista os benefícios que obtiveram nos últimos anos. Se tomamos os balanços dos maiores bancos brasileiros nos últimos seis meses, o que se vê são benefícios cada vez maiores.” (Correio da Cidadania, 14/09).

A crise brasileira, na verdade, está sendo descarregada pelo governo e as patronais sobre os ombros dos trabalhadores.

O governo impulsiona um pacote de medidas anti-operárias que inclui a elevação da idade mínima para a aposentadoria e uma reforma trabalhista flexibilizadora que “legaliza os contratos temporários inclusive por poucas horas e permite ampliar a jornada de trabalho de 8 a 12 horas diárias” (Página 12, 10/09), mantendo a jornada de 44 horas semanais, mas adequando sua distribuição aos caprichos dos patrões. 

Por este motivo, os metalúrgicos do ABC paulista preparam uma jornada de luta para o dia 29/09.

Em meio desta ofensiva capitalista, a greve dos bancários reveste de particular importância para o movimento operário e o povo, que enfrenta nas ruas o golpista Temer, que vê a sua impopularidade aumentar principalmente depois das multitudinárias manifestações pelo FORA TEMER.

A CUT se esquiva, no entanto, da convocação da GREVE GERAL para quebrar o ajuste e o PT tenta limitar as mobilizações à reivindicação de novas eleições.

A conduta de ambos se transforma assim num fator de garantia da governabilidade.

                  PELO TRIUNFO DA GREVE DOS TRABALHADORES BANCÁRIO