sexta-feira, 21 de agosto de 2020

A ÉPOCA REVOLUCIONÁRIA - LEÓN TRÓTSKY - HÁ 80 ANOS DO SEU ASSASSINATO

 

CARMANIN ELIZALDE

"Se a guerra foi longe do domínio da Segunda Internacional, suas consequências imediatas estarão longe do domínio da burguesia do mundo inteiro. Nós, revolucionários socialistas, não queríamos a guerra. Porém, não a tememos. Nós não nos entregamos ao desespero pelo fato de que a guerra desfez a Internacional. A história já a havia se desfeito da mesma. A época revolucionária criará novas formas de organização fora dos recursos intermináveis do socialismo proletário, novas formas que serão iguais à grandeza das novas tarefas. Para este trabalho, nós nos prepararemos em seguida entre o ensurdecedor matraquear das metralhadoras, o desmoronamento das catedrais e o patriótico uivo dos chacais capitalistas. Manteremos claras nossas imaginações entre esta infernal música de morte, manteremos nossa esclarecida visão. Nós nos sentimos como a única força criadora do futuro. Já existem lá muitos de nós, muito mais do que possam parecer. Amanhã haverão mais que hoje. Depois de amanhã, milhões se levantarão sob nossa bandeira, milhões que hoje mesmo, 67 anos depois do Manifesto Comunista, não possuem o que perder outra coisa, a não ser os seus grilhões. (...) Porém estas tardias questões históricas, as que foram legadas à época atual como uma herança do passado, não alteram o caráter essencial dos acontecimentos. Não são as aspirações dos sérvios, polacos, romenos, ou finlandeses que estão mobilizando 25 milhões de soldados e que os levaram aos campos de batalha, mas sim os interesses imperialistas da burguesia das grandes potências. (...) A guerra é o método pelo qual o capitalismo, no auge de seu desenvolvimento, busca a solução de suas insuperáveis contradições. A este método, o proletariado deve opor seu próprio método: o da revolução social (...)  (A GUERRA E A INTERNACIONAL, Leon Trótsky, 1915)

Há 80 anos, Leon Trótsky, em 21 de agosto de 1940, o presidente do soviet de São Petersburgo, na Revolução de 1905, denominada por Lênin de Ensaio Geral, o homem que dirigiu na Revolução de Outubro, em 1917, o Exército Vermelho que derrotou 16 dos  chamados exércitos brancos que queriam invadir o primeiro estado operário da história da humanidade (se considerarmos que a Comuna de Paris não durou três meses, em 1871), considerado por muitos como o maior orador do século XX, era assassinado por um agente stalinista, no México. 

O Agrupamento Tribuna Classista presta sua modesta homenagem ao homem que com a sua luta, seu pensamento e toda a sua vasta obra revolucionária é capaz de influenciar milhares de pessoas de todas as gerações pelo mundo inteiro que organizadamente ou não, militantes e simpatizantes, buscam no fim do horizonte a emancipação de toda a humanidade do jugo do sistema capitalista, em sua fase de decadência imperialista.

VIVA LEON TRÓTSKY!

VIVA A IV INTERNACIONAL!

VIVA A REVOLUÇÃO PERMANENTE MUNDIAL!