quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Balanço das eleições no Rio de Janeiro

                                                                 



Roberto Rutigliano

Quando as pessoas acreditam em um setor de esquerda e este as trai ficam confusas e nesse rio revolto quem cresce é o ceticismo e a direita.

Em nível nacional, as eleições mostraram como as pessoas estão descrentes do resultado eleitoral e do sistema (mais de 40 % entre brancos, nulos, e abstenções; em São Paulo mais de 3 milhões, no Rio 42 %, quase 2 milhões de pessoas). O eleitor mostrou também como está querendo se afastar da experiência PT, um partido que com suas alianças sem princípios acabou beneficiando as empreiteiras, bancos e que quando levou o golpe nem foi capaz de reagir mantendo a política de coligações do PT com o PMDB e elegendo a Rodrigo Maia para a presidência da câmara de deputados.

Para entender o tamanho da rejeição, só como exemplo: em São Bernardo, o filho de Lula recebeu apenas 0,33 % dos votos.

No Rio levaram uma surra (Jandira ficou de fora e conseguiram só dois vereadores), Também no Rio, o PMDB não se reelegeu, fica mais uma derrota na conta do PT que tinha o vice do Paes no governo. O Bolsonaro, candidato proto-fascista, também não passou, mas obteve 14%.

Agora Crivella, com apoio da máquina da prefeitura e do estado e das igrejas evangélicas, ou o PSOL com Freixo ... o PSOL, uma frente de mais de 20 tendências com posições diversas.

As eleições do Rio de Janeiro será, com certeza, uma das mais polarizadas no segundo turno das eleições.

Passado o episódio eleitoral, agora a esquerda e a classe trabalhadora têm que voltar às ruas e lutar por uma greve geral e tirar o Temer do poder porque a estamos sendo governados por uma frente de direita usurpadora e golpista.