terça-feira, 28 de abril de 2020

O 1º DE MAIO É O DIA INTERNACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA

Guilherme Giordano


MAIS DO QUE NUNCA!

É PRECISO DEFENDER COM UNHAS E DENTES A MAIS TOTAL INDEPENDÊNCIA POLÍTICA DOS TRABALHADORES FRENTE A TODAS AS VARIANTES POLÍTICAS DO CAPITAL


FORA BOLSONARO, MOURÃO, SUA TRUPE, TODOS OS PARTIDOS BURGUESES E PRÓ-IMPERIALISTAS E SEUS LACAIOS, TRIBUTÁRIOS DE UM VERDADEIRO GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO!


Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo
Pelo socialismo


Em meio a uma pandemia, uma das maiores tragédias que a humanidade já conheceu e está passando nesse momento, queremos fazer um chamado aos militantes de base do PT e do PSOL e aos sindicatos de base da CUT a refletirem acerca da conduta política das suas direções, que DIANTE DA TOTAL DERROCADA DO GOVERNO DO FASCISTA BOLSONARO E SEUS MILICIANOS, está preparando para os seus "eleitores" uma frente amplíssima com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), Dias Toffoli (Presidente do STF), o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM) e outros bandidos dessa mesma cepa, LEIA-SE! DA MESMA LAIA!

Foram convidados inclusive para participar como protagonistas do ato unificado do 1° de maio de todas as centrais sindicais, na sexta-feira. 

Caberá a Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Flávio Dino (PC do B) a função de dissimulação, já não digamos da dominação de classe neste ato (porque são três partidos representantes de frações de classe da burguesia e pequena burguesia nacionalista), mas da dissimulação do predomínio da outra face da direita golpista!  

Em tempo: a CSPCONLUTAS e a Intersindical - Instrumento de luta e organização se retiraram do ato, e passaram a convocar atos classistas e independentes.

Mais do que nunca, o dever de cada agrupamento, coletivo, organização, partido e militante que se reivindique de esquerda, por mais insignificante que possa parecer a sua existência (mesmo que algum catedrático não nos reconheça), É defender a independência política dos trabalhadores FRENTE A TODAS AS VARIANTES POLÍTICAS DO CAPITAL, a qualquer custo.

A burocracia sindical de todas as espécies CUMPRE UM PAPEL NESSE SENTIDO NA DIVISÃO SOCIAL E POLÍTICA DO TRABALHO, a saber: o de cobertura para mais uma operação política em curso contra as massas trabalhadoras que já estão nesse momento aguardando em câmaras frigoríficas e containers para serem empilhadas e enterradas em valas comuns EM TODO O PAÍS.

Por isso, nossa tarefa é defender com unhas e dentes a independência política dos trabalhadores neste 1° de maio! 

O 1º de maio é um dia que o primeiro Congresso da 2ª Internacional Socialista dos trabalhadores realizado em 1889 escolheu em homenagem aos oito mártires de Chicago, tomando como referência a luta pela jornada de trabalho de 8 horas que foi violada pelo presidente norteamericano Andrew Johnson, no ano de 1886, após o mesmo ter promulgado a lei. A Federação de Organizações de Sindicatos de Trabalhadores do Comércio dos Estados Unidos decidiu enfrentar o governo decretando um dia de descanso geral (greve) a partir do dia 1º de maio. Em Chicago, nesse dia, oitenta mil trabalhadores marcharam convocados e liderados por Albert Parsons, líder da organização sindical “Cavaleiros do Trabalho”. Os patrões responderam com um lock-out contra a greve, acirrando violentamente o conflito. Em 11 de novembro de 1887, Parsons, Spies, Engel e Fischer foram enforcados. Lingg apareceu morto na cela e os outros três (Neebe, Fielden e Schwab) sofreram pena perpétua.

Agora é hora do FORA OS ANDREWS JOHNSONS do nosso tempo! Fora Bolsonaro, Mourão e toda a sua trupe de canalhas! Fora FHC! Fora Dória! Fora Witzel Fora Maia! E todos os representantes da burguesia e do imperialismo e seus colaboradores (colaboracionistas contumazes), CAVALOS DE TRÓIA!, os verdadeiros responsáveis por esta carnificina que está sendo promovida contra a classe trabalhadora. Todos são tributários da retirada das mínimas conquistas dos trabalhadores!

Antes da pandemia avassaladora, estes genocidas já haviam promovido um golpe de estado, estendido as terceirizações (precarização das condições de vida dos trabalhadores) para as atividades-fins, promovido o congelamento do orçamento da União por vinte anos em áreas vitais como a saúde (setor que mais sofre com a pandemia agora) com a infame EC 95, reforma trabalhista, reforma previdenciária (leia-se destruição dos direitos trabalhistas e previdenciários, que a burguesia no passado foi obrigada pela luta dos trabalhadores a regulamenta-los para não perder os dedos), enfim, um verdadeiro massacre contra os trabalhadores.

Agora com a pandemia do Covid 19, querem fazer os trabalhadores virarem bucha de canhão, com a “livre” escolha: morrer pelo contágio do coronavírus nos locais de trabalho, sem nenhuma proteção sanitária, ou morrer do coronavírus com demissões em massa, suspensões, redução de salários, etc.

A categoria bancária enfrenta nas agências e no trabalho-remoto além do perigo de contágio do coronavírus, principalmente os bancários da CEF (que estão sendo penalizados horas e horas nas longas e intermináveis filas dos trabalhadores que buscam suas agências para sacarem um miserável auxílio emergencial de R$ 600,00, dez vezes menos em média do valor pago aos trabalhadores norteamericanos e japoneses) um processo de adoecimento em função do stress a que estão sendo submetidos. No RS, o governador Eduardo Leite do PSDB já anunciou a privatização do BANRISUL  com o pretexto e após o fim da pandemia.

O ministro do "Deus, me dê money!", o chantagista Paulo Guedes,  condiciona a renegociação das dívidas dos Estados e municípios com a União, à garantia de que seja congelado por mais 2 anos os salários dos servidores públicos (a maioria dos servidores públicos que carrega o piano nas três esferas enfrenta um arrocho salarial há décadas). Um verdadeiro assalto à categoria, que vem sofrendo violentos ataques às suas condições de vida, literalmente extorquida, pelos diversos governos que se sucederam ao longo dos anos. 

A gritante e infame desigualdade social, com a miséria social que domina na maioria da população, promovida pelo capital, está transbordando agora em forma de número de óbitos nas famílias mais miseráveis, em falta de recursos básicos, tanto para os professores, como para os alunos e suas famílias para que seja disponibilizado o EAD em condições iguais para todos; tanto para os servidores públicos, como para os trabalhadores que estão dependendo do trabalho-remoto; cresce a desigualdade social em carne viva, enfim, para os milhares de moradores de rua e os sem-terras, que estão totalmente vulneráveis agora não somente às intempéries, fome, sede, que são obrigados a enfrentar no cotidiano, normalmente, mas ao macabro coronavírus, para os desempregados, etc.

Contra o fim da quarentena que está sendo colocado em marcha pelos genocidas de plantão, os trabalhadores devem constituir comitês de luta em cada local de trabalho, em cada local de moradia e de estudo, na cidade e no campo e lutar por:

- Paralisação com garantia de pagamento integral dos salários de todo trabalho não essencial, com quarentena até o estancamento da pandemia;
- Redução da jornada de trabalho para 4 horas para os trabalhadores da saúde (que estão morrendo em massa nas clínicas e hospitais) com 6 turnos a cada jornada de 24 horas;
- Imediata contratação em massa de trabalhadores e profissionais para as áreas de saúde;
- Auxílio emergencial para as famílias de todos os trabalhadores informais de R$ 5.000,00;
- Isenção das tarifas públicas para todos os desempregados;
- Seguro-desemprego igual ao último salário da ativa, até que cesse a pandemia e o desemprego, como um dos seus efeitos;
- Não ao corte de energia elétrica e abastecimento de água por inadimplência até que cesse a pandemia;
- Que os capitalistas arquem com todos os recursos que forem necessários para salvar a vida dos trabalhadores e suas famílias (quarentena, máscaras, testes para diagnóstico para toda a população, respiradores para todas as pessoas infectadas pelo Covid19, que buscam atendimento nos hospitais e clínicas, proteção sanitária total aos trabalhadores da saúde,  alimentação e todos os serviços considerados essenciais, etc.);
- Nacionalização sem indenização de toda a indústria farmacêutica, sob controle dos trabalhadores;
- Estatização de todo o sistema de saúde, sem indenização, sob controle dos trabalhadores;
- Por uma saúde pública, gratuita, de boa qualidade e com acesso universal;
- Taxação progressiva do grande capital e das grandes fortunas;
- Monopólio estatal do comércio exterior, sob controle dos trabalhadores;
- Estatização de todo o sistema financeiro, sob controle dos trabalhadores;
- Anistia dos bancos em relação aos juros pagos pelas dívidas pessoais;
- Que a suspensão dos pagamentos dos empréstimos consignados para os aposentados sejam estendidos a todos trabalhadores da ativa, por tempo indeterminado;
- Por uma Renda Fixa Universal no valor de R$ 5.000,00 para os trabalhadores que vivem da arte: artesões, músicos, cantores, etc. , para os pescadores, dentistas e outras categorias de trabalhadores autônomos, por tempo indeterminado;
- Desconhecimento das dívidas públicas e dívidas externas com as aves de rapina do sistema financeiro nacional e internacional;
- Para as empresas que demitirem ou fecharem as portas, responder com ocupação e controle operário da produção;
- Nos serviços públicos, aonde os trabalhadores estão arcando com todos os custos do trabalho-remoto, ou como na educação, com o Ensino à Distância – EAD, a começar com o custo da saúde desses trabalhadores, pela total paralisação desses serviços com garantia de pagamento integral dos salários, e nos considerados essenciais que o Estado disponibilize todos os recursos necessários para que esses trabalhadores possam trabalhar em casa;

- O Estado capitalista e seus governos são os responsáveis pelo enterro de centenas de trabalhadores que estão sendo empilhados em covas comuns com outras centenas de corpos aguardando em câmaras frigoríficas e containers para serem enterrados. Indenização para os familiares das vítimas de óbitos do Covid19;

Que os sindicatos de bases de todas estas centrais rompam com a orientação das suas cúpulas! Que se construa através dos sindicatos de base uma iniciativa independente da classe operária. 

Não à santa aliança com a burguesia e o imperialismo!

Por um Congresso de bases do movimento operário que discuta e aprove um programa em primeiro lugar de defesa da vida dos trabalhadores frente à pandemia e das suas necessidades mais sentidas na perspectiva da luta por um governo próprio da classe trabalhadora.

Frente às tendências e ameaças de dissolução do regime político, inclusive de golpe militar com a volta do AI-5, por uma saída democrática dos trabalhadores: ASSEMBLEIA CONSTITUINTE E SOBERANA convocada pelos partidos e organizações de luta da classe trabalhadora!

Por governos dos trabalhadores!

Pela Unidade Socialista dos trabalhadores da América Latina!

Trabalhadores do mundo inteiro! Uni-vos!