sexta-feira, 10 de setembro de 2021

TODO APOIO À GREVE DOS TRABALHADORES DA CARRIS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO E AS DEMISSÕES EM MASSA

 



Fábio Pereira

Procuramos independência

Em um recorte do que estamos vivenciando hoje, nós nos encontramos em uma crise mundial do capitalismo onde os abutres do poder do sistema nefasto ainda agem com suas ações maquiavélicas para continuarem a explorar e fazer a sustentação de um sistema que está putrefato e cambaleante andando como um zumbi atacando e oprimindo os trabalhadores e ainda sustentando regimes de escravidão pelo mundo afora. 

A nossa luta segue, ela é diária e contínua contra todas as mazelas deste sistema que em meio à própria crise que se apresenta temos mais um agravador da situação porque estamos vivenciando o segundo ano consecutivo de uma pandemia mundial. O número de mortos em nosso país já está atingindo a marca de 585.000 mil vítimas atingidas pelo vírus. Somados a tudo isso temos muitos ataques às vidas dos trabalhadores quando nos apresentam as alternativas de combater a pandemia como o “fique em Casa”, onde a nossa luta deve ser para salvar as vidas das pessoas aumentando cada vez mais a nossa campanha de vacinação. 

No entanto, o discurso do governo vai noutro sentido falando em abertura de tudo dizendo "ou você morre do vírus ou morre de fome e de miséria", ficando desempregado; a recessão e a crise econômica que vem com disparada nos preços das mercadorias, com um efeito cascata violento onde correm todos na direção de atacar a classe trabalhadora.Com a gasolina no RS chegando aos 7 reais, o gás de cozinha-bujão a 100 reais, o filé a 85 reais o kilo, a passagem de ônibus na capital chegando aos 5 reais, a lotação 7 reais, o leite a 5 reais o litro, a luz aumento de 50% em cima da bandeira vermelha.

As privatizações realizadas pelo governo da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), a ação de governos anteriores com a Caixa Econômica Estadual,o Banco Sul-Brasileiro, a CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações) tiveram como consequências as disparadas de taxas no consumo de energia; mas, as coisas não pararam por aqui, o governo Leite privatizou a CORSAN que responde pela nossa água e o cenário de ataques aos trabalhadores não para porque o prefeito da capital, Sebastião Mello, quer a privatização da CARRIS, a maior empresa de transporte público e aprovou também com esta situação a extinção da profissão de cobradores do transporte coletivo. 

Os trabalhadores da CARRIS em sua assembléia aprovaram greve da categoria para fazerem o enfrentamento com o governo municipal pela garantia do emprego dos trabalhadores da empresa e vemos somados a tudo isso que o número de desempregados aumenta todos os dias hoje atingindo a casa dos 14 milhões. 

Os ataques seguem de todos os lados e não param porque quando membros do governo se pronunciam dizendo que quem escolheu ser professor é porque não tinha o que fazer na vida e discursos como para que estudar, estudar para ter um diploma, o que importa mais é ganhar dinheiro; ao mesmo tempo também vimos neste mesmo governo retirando as bolsas para investimentos em pesquisas e contribuições para o avanço da sociedade negados diretamente. 

A miséria e a fome voltaram com toda a força a assolar o nosso país e sequer temos feito algo para enfrentarmos condição desumana que também levam crianças e adultos para a morte. Os números chegam aos 120 milhões passando fome ou vivendo abaixo da linha da pobreza. 

Aliás, voltando a falar em educação, aqui no RS temos 43% da nossa categoria de contratados entre professores, funcionários de escolas e especialistas; nossa luta é pela efetivação já destes mesmos educadores no combate à precarização do trabalho porque nós entendemos que a única forma de acabarmos com a precarização do trabalho na educação é a efetivação já de todos os educadores contratados.

Os professores do RS não recebem o piso nacional aprovado em 2008 quando o então ministro da educação era TARSO GENRO que se elegeu como governador dizendo que iria pagar o piso para os professores; seu substituto SARTORI do MDB partido que apoiou a ditadura militar junto com a ARENA na época, disse para os professores irem buscar o piso no TUMELERO. Esse último nome aqui apresentado é uma referência a uma loja de materiais de construção aqui no Estado do RS. 

Nossa política vai em torno além da defesa da efetivação já para os contratados como também uma criação do Piso nacional para os funcionários de escola. De acordo com um cálculo do DIEESE nosso salário mínimo deve atender as nossas necessidades mais prementes como: vestuário, alimentação, transporte, moradia, lazer e no entanto este cálculo não sai do papel e é aplicado para cumprir o que se apresenta até mesmo como um dos artigos da Constituição Federal. 

O capital que nos ataca como uma mazela do mundo não tem nação. Quando tem uma crise eles vão embora fazendo fuga de capitais. Toda vez que a burguesia não resolve a crise, recorre à frente popular e depois ao fascismo. 

A economia brasileira no mercado internacional, a nossa moeda está totalmente deteriorada. Está acontecendo no Brasil a fuga de capitais e a desvalorização da moeda, colocando-nos em uma depressão econômica profunda. 

A burguesia não consegue governar e prepara o caminho para o fascismo; anterior ao método fascista se utilizam da frente popular. Quando a frente popular não serve mais para a burguesia, ela adota o fascismo e foi esse cenário que se construiu em nosso país após a eleição de 2018.

Ainda quando falamos na Constituição ela só vale para a classe dominante, porque quando falamos na classe operária ela nunca foi aplicada.O parlamento e todas as instituições começaram a se esgotar saindo do lulismo, se deslocando à direita se abraçando com o bolsonarismo em um golpe branco igual ao realizado no Paraguai anteriormente. 

Sendo assim, para que fique bem claro aqui: nós denunciamos o golpe de 2016 e também rechaçamos os ataques feitos aos trabalhadores com as reformas da previdência, a reforma trabalhista e agora também estamos fazendo o enfrentamento contra esta reforma administrativa que quer destruir o funcionalismo público. 

Combatemos e continuamos na luta contra os ataques brutais feitos à classe trabalhadora com estas reformas e a nossa luta segue, porque queremos a independência, emancipação e vitória dos trabalhadores. 

“O professor público deve ser colocado, entre nós, em uma tal condição em que ele nunca esteve, não está, nem nunca poderá estar na sociedade burguesa. Esta é uma verdade que dispensa provas. Devemos caminhar sistematicamente para essa condição, com um trabalho insistente e incansável, tanto no diz respeito à elevação de seu moral, quanto a sua preparação multilateral para o cumprimento de seu nobre dom. E o principal, principal e principal: na melhora de sua condição material.” ( LENIN ) 

“Mediante o patriotismo, a burguesia envenena a consciência de classe dos oprimidos e paralisa sua vontade revolucionária, porque patriotismo significa sujeição do proletariado à nação, tal qual igual a burguesia.” ( LEON TROTSKY ) 

“ Hoje já não se trata, como no século XIX, de garantir simplesmente um desenvolvimento econômico mais rápido e sadio; Hoje se trata de salvar a humanidade do suicídio. É precisamente a agudez do problema histórico o que faz tremer os alicerces dos partidos oportunistas. O partido da revolução, pelo contrário, encontra uma reserva inesgotável de forças em sua consciência de ser o produto de uma necessidade histórica inexorável. Proletários do mundo, não há outra saída que unir-se sob o estandarte da IV INTERNACIONAL ! “ ( LEON TROTSKY )