sábado, 9 de novembro de 2019

LULA LIVRE! E AGORA?

Guilherme Giordano





Luta por um governo dos trabalhadores 

ou um Feliz 2020 e 2022 eleitoral?


O STF decidiu pela derrubada da prisão de condenados em 2ª instância em um entendimento majoritário de que a precipitação da execução da pena atinge o princípio constitucional de presunção da inocência.  

Esta decisão permitiu a libertação de Lula, José Dirceu, Eduardo Azeredo do PSDB, entre outros, e empresários condenados pela Operação Lava-jato.

No seu pronunciamento em São Bernardo do Campo, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, em que pese toda uma verborragia "radical", Lula apresentou a fórmula de combater a reforma da previdência e o pacotaço econômico, apelidado de AI-5 econômico, do czar da economia de plantão, Paulo Guedes: "Os parlamentares do PT terão que virar leões no Congresso Nacional!" e sem tergiversação expôs a estratégia política como vai conduzir a ação do PT em relação ao governo Bolsonaro: "Bolsonaro foi eleito democraticamente e tem quatro anos de mandato para cumprir. Temos que deixá-lo ele governar, mas não somente para os milicianos do RJ e sim para os 200 milhões de brasileiros.

A intervenção das massas está longe do horizonte de Lula e de seu partido que controla a maior central sindical da América Latina, a CUT, para por um fim num governo que mesmo em crise  permanente promove através do Congresso Nacional um ataque sem precedentes aos interesses políticos e sociais dos trabalhadores. 
  
A governabilidade de Bolsonaro, se depender da vontade de Lula e da frente política que se desenha com o PC do B e PSOL, por enquanto, com um verniz esquerdizante que empresta sua bandeira no palanque, mas tem vergonha de comparecer fisicamente, está garantida: "Se a gente tiver juízo, em 2022 a esquerda vai derrotar a ultradireita."

A medida de precaução do STF, com a anuência das Forças Armadas envolvendo todo um leque político da burguesia assinala uma nova etapa na situação política nacional e internacional, em que a emergência das massas é o fator determinante e coloca em xeque o efêmero período de transição política dos governos de centro-esquerda para os governos de direita, como já havíamos previstos.

Em oposição à perspectiva do "Lula livre", que aponta uma saída de estrangulamento e asfixia do movimento operário pela via eleitoreira, está colocada na ordem do dia a organização e a mobilização dos trabalhadores de maneira independente do conjunto do regime político. 

É preciso abrir uma perspectiva para as massas, que lutam ferozmente contra a total decadência capitalista a nível mundial, que por ora desmorona em seus ombros.

Ao invés de esperar até as eleições de 2020 e de 2022, é necessário organizar e mobilizar os trabalhadores com seus próprios métodos de luta. A Greve Geral está na ordem do dia para colocar abaixo o governo dos milicianos de Bolsonaro.
   
FORA BOLSONARO! 
POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES