domingo, 10 de novembro de 2019

ABAIXO O GOLPE DE ESTADO NA BOLÍVIA



No rastro dos golpes de estado que ocorreram em Honduras, Paraguai Equador e Brasil, o Presidente boliviano, Evo Morales, acaba de renunciar junto com seu vice, Álvaro Garcia Linera.

Carlos Mesa, candidato derrotado na eleição, questionou o seu resultado. Representante da oligarquia da região chamada de Media Luna de Santa Cruz de La Sierra, foi sucessor do famigerado Goni, Carlos Sánchez de Lozada (que renunciou, em 2004, após tentar entregar o gás natural boliviano para o imperialismo norte-americano) tendo também logo depois renunciado sob a ação das massas, o que abriu caminho para a eleição de Evo Morales, em 2006.

Com os métodos de guerra civil, organizados por Luís Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, com quarteladas da polícia, queima e saques de sedes de meios de comunicação, das chamadas organizações sociais, de casas de camponeses pobres e dos operários, inclusive da casa do próprio Evo, sequestros, torturas, etc., o golpe foi consumado com  a colaboração direta do imperialismo norte-americano e europeu, do sionismo, das igrejas evangélicas, dos governos brasileiro, colombiano, peruano e chileno.

A COB (Central Operária Boliviana) somou-se ao golpe recomendando a renúncia de Evo Morales em nome da paz social.

A Organização dos Estados Americanos (OEA), que foi chamada a intervir e arbitrar no resultado das eleições, concluiu sua investigação afirmando que houveram suspeitas de irregularidades, e que por isso deveria se convocar nova eleição. Foi o sinal que os golpistas necessitavam para desencadear o pedido de renúncia de Evo com ameaça de seu assassinato.



Os bolsonaristas e seu presidente comemoram o golpe de estado, após terem sofrido profundos revés na Argentina, com a derrota de Macri, no Chile, com a rebelião popular contra o direitista Piñera, e no Brasil com a libertação de Lula.

Os acontecimentos na Bolívia reforçam o indício de que nos marcos da crise mundial capitalista, os regimes democratizantes, que serviram para dissimular a dominação de classe da burguesia estão entrando num processo de total esgotamento, em toda a América Latina.

O caminho da conciliação de classe dos governos da centro-esquerda estão levando a derrotas imensuráveis para a classe trabalhadora. Baseados em mais esta lição, os trabalhadores precisam construir organizações políticas independentes do conjunto do regime político burguês, que lutem por um programa de defesa da Unidade Socialista da América Latina. 

ABAIXO O GOLPE DE ESTADO NA BOLÍVA!

FORA O IMPERIALISMO E TODOS OS SEUS GOVERNOS LACAIOS!

POR GOVERNOS DE TRABALHADORES