quinta-feira, 2 de maio de 2019

PRIMEIRO BREVE BALANÇO DO ATO UNIFICADO DAS CENTRAIS SINDICAIS DO 1º DE MAIO NO VALE DO ANHANGABAÚ

MILHARES SE MOBILIZARAM CONTRA A INFAME REFORMA PREVIDENCIÁRIA DO GOVERNO DO FASCISTA BOLSONARO


O DEPUTADO FEDERAL PAULINHO DA FORÇA SINDICAL AFIRMOU EM ALTO E BOM SOM: "Centrão discute reforma que não reeleja Bolsonaro"


Fonte deste artigo: Rádio CBN Diário Florianopolis AM 740

                                                                 GUILHERME GIORDANO


No ato unificado do dia 1º de maio, dia Internacional dos trabalhadores, das centrais sindicais que ocorreu no Vale do Anhagabaú em São Paulo, o presidente da Força Sindical e deputado federal pelo Solidariedade, partido membro do chamado Centrão (partidos de direita e centro direita, no interior do Congresso Nacional), Paulinho da Força,  revelou que está sendo discutido "o apoio a uma reforma da Previdência que não garanta a reeleição do presidente  Jair Bolsonaro, em 2022", e que o eixo da política do chamado Centrão é "REFORMAR A REFORMA", alterando pontos no texto original apresentado pelo governo que tramita no Congresso Nacional, já tendo sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. 

Segundo um dos chefes do gangsterismo sindical no País, Paulinho da Força, a ideia do Centrão é desidratar a proposta do governo, uma vez "mantidos os gastos e não retirados, para que a economia seja menor e o presidente não tenha tanto dinheiro excedente para investir", economia esta prevista pelo staff do ministro da Economia, Paulo Guedes, no valor de 1,1 trilhão de reais em uma década, o que serviria para equilibrar a disputa nas eleições de 2022. Mas o presidente fascista Bolsonaro já admitiu uma economia de no mínimo 800 bilhões.

 Paulinho da Força, sem muita cerimônia, de acordo com a divisão do trabalho estabelecido pela burocracia sindical que dominou o ato, bradou: “Oitocentos bilhões garantem, de cara, e reeleição dele. Se dermos 800 (bilhões de reais) como disse ele, significa que nos últimos três anos dele (Bolsonaro, na Presidência), há 240 bilhões ao ano para gastar. Eu acho que temos de ter economia em torno de 500 bilhões. Seiscentos bilhões seria o limite para essa reforma”. 

Já, Vagner Freitas, presidente da CUT, afirmou que a central sindical ligada ao PT "irá concentrar seus esforços contra a Capitalização e a desconstitucionalização", o que também teria a função de "desidratar a reforma da Previdência", coincidindo assim com seu colega da Força Sindical.

Foi anunciado neste ato a marcação de uma Greve Geral para o dia 14/06, daqui a quase dois meses. A pergunta que fica: "é com este programa que pretende-se mobilizar os trabalhadores?" 

Os sindicatos de base das centrais sindicais devem se rebelar contra a política das cúpulas dessas centrais, que são as principais do país, e reverter em prol da classe trabalhadora a política que dominou no ato do Vale do Anhangabaú, "Feliz 2022!", convocando um Congresso Nacional de bases da classe trabalhadora, de caráter emergencial, que tenha como ponto principal, a organização e mobilização dos trabalhadores em seus locais de trabalho e de moradia, e da juventude, em seus locais de estudo, para a que a GREVE GERAL seja antecipada e dirigida contra o governo cambaleante do fascista Bolsonaro e o conjunto do regime político, para derrotar a reforma da previdência integralmente e em defesa de um programa de um governo e das necessidades mais prementes dos trabalhadores.