quarta-feira, 9 de setembro de 2015

EEK E ANTARSYA UNEM SUAS FORÇAS PARA AS ELEIÇÕES ANTECIPADAS DE 20 DE SETEMBRO NA GRÉCIA

                                                                       


O Partido Revolucionário dos Trabalhadores (EEK - trotskistas) anuncia sua participação nas eleições de 20 de setembro em colaboração com a frente ANTARSYA.

Estas eleições "via rápida" (“fast-track”), que Tsipras convocou depois da indignação que despertou com a adoção do 3° memorando e sua capitulação aos especuladores locais e internacionais, estão sendo levadas a cabo no contexto de uma deterioração da crise mundial, estrutural e sistêmica do capitalismo, com guerras que se estendem desde o leste de Europa (Ucrânia) ao Oriente Médio e África, com centenas de refugiados desesperados afogados no mar Egeu e no Mediterrâneo, em condições de total bancarrota econômica e política e de crise de poder na Grécia, e a vergonha extrema para a última muleta do poder burguês, a esquerda reformista SYRIZA.

Dentro destas condições críticas, o EEK considera necessária a criação de uma frente única de luta de classes com a finalidade de dar uma resposta operária à crise, para atacar aos usuários do capital local e estrangeiro, uma resposta ao enorme desemprego, ao fechamento de fábricas e pequenos comerciantes, ao empobrecimento e desumanização. Nós dizemos: sim, existe uma solução à crise histórica e sistêmica do capitalismo. Uma solução de classe, tirando do poder os partidos do bloco do Memorando, para sair do sistema de crise e decadência com o estabelecimento do poder dos trabalhadores e um programa socialista na economia com a autogestão direta dos próprios trabalhadores, sem patrões nem burocratas.

Necessitamos urgentemente uma frente única de luta com uma base de classe, no lugar da unidade amorfa dos patrões sob as sombras da burguesia, uma frente contra o nacionalismo, o racismo, o fascismo e o imperialismo. Sobre esta base, cremos que a cooperação com os companheiros de ANTARSYA é um passo adiante no desenvolvimento do movimento de emancipação dos trabalhadores.

                               DECLARAÇÃO CONJUNTA DE ANTARSYA - EEK

As delegações de ANTARSYA e EEK reuniram-se e analisaram os acontecimentos políticos e a possibilidade da cooperação política e eleitoral nas eleições de 20 de setembro.

ANTARSYA apresentou um chamado à cooperação política aberta e se chegou a um acordo sobre os pontos programáticos básicos. O terreno comum é que a primeira tarefa da esquerda anticapitalista é contribuir para o desenvolvimento de uma ampla frente social e política de ruptura que impeça que o terceiro memorando se implante; que sirva para romper os velhos memorandos e todas suas leis de aplicação; pela satisfação imediata e "unilateral" dos direitos sócio-econômico-políticos e democráticos da classe operária, os jovens, os desempregados, os pobres, e os pequenos e pobres agricultores.

Se acordou que o colapso de SYRIZA demonstrou às amplas massas que não pode haver outro caminho para a maioria trabalhadora que o conflito e a ruptura com o capital e sua estratégia para superar a crise às custas dos trabalhadores, que se existe uma alternativa à rota capitalista de um só sentido, uma alternativa baseada em medidas como a nacionalização dos bancos e as grandes empresas sem pagamento e sob controle operário e popular; o não reconhecimento da dívida e sua suspensão e seu perdão; a imediata satisfação "unilateral" das demandas e necessidades populares; a ruptura imediata e a saída da Zona do Euro e da UE. Lutamos que a ruptura e saída da Zona Euro/UE que tenha um caráter anticapitalista, internacionalista, anti-imperialista específico, baseado na cooperação das classes trabalhadoras e as massas populares da Europa e seus movimentos em uma moderna direção socialista e comunista.

A ação na aplicação de um programa deste tipo só pode se dar com o povo organizado, dirigido por um movimento operário classista reconstituído em um caminho de demandas e conquistas, que derrote e rompa o poder burguês e o Estado, para que a riqueza e o poder passem para as mãos dos trabalhadores, por uma sociedade sem exploração.

Sobre esta base, ANTARSYA e EEK decidem trabalhar juntos nas próximas eleições de 20 de setembro. Não faz falta dizer que cada força conserva sua autonomia, sob a cooperação político-eleitoral, para projetar seu próprio programa. Além da compreensão pela necessidade do aprofundamento da cooperação das forças anticapitalistas, anti-imperialistas, anti-UE e de orientação subversiva, ANTARSYA e EEK estão de acordo em que a cooperação nas eleições seja um primeiro passo no curso de uma ação política conjunta e de diálogo teórico-político e iniciativas, dentro de nosso compromisso comum para promover a causa da classe operária pela criação de outra esquerda que empurrará até o final as demandas pela liberação social.

                                                                               

terça-feira, 25 de agosto de 2015

FORA SARTORI!!

                                                                  


POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES DA CIDADE E DO CAMPO!!
GREVE GERAL UNIFICADA DOS SERVIDORES ESTADUAIS POR TEMPO INDETERMINADO!!


O governador do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori, na eleição de 2014, demonstrou que era mais um bufão de plantão, em uma comédia farsesca, que se transformou em tragédia para os servidores públicos estaduais gaúchos, quando ao ser questionado pelo piso salarial dos professores, respondeu que “piso era nas lojas Tumelero”. O magistério gaúcho está na lanterna no que diz respeito ao vencimento básico, em relação aos demais Estados.

Não durou muito tempo para que esse trocadilho de palavras “engraçadinho” fosse se tornando uma verdadeira piada de mau gosto não somente para o magistério gaúcho, mas para o conjunto dos servidores públicos estaduais.

Seu partido, o PMDB, já em três gestões anteriores, nos governos de Pedro Simon, Antônio Britto (esse, odiado até hoje pelas criancinhas que nem nasceram ainda) e Germano Rigotto, 
transformou o Estado em um verdadeiro balcão de grandes negociatas, levando às últimas consequências o caráter do estado capitalista, de financiador histórico do grande capital nacional e internacional, promovendo durante o governo Britto, no qual foi líder na Assembleia Legislativa, um dos maiores ataques ao conjunto da classe trabalhadora, que foram as privatizações da CRT e de parte da CEEE, respectivamente, telefonia e energia 
elétrica.

Para dar continuidade e ser coerente com o programa do seu partido, o maior partido da burguesia em atuação no país, o PMDB, parcelou os salários dos servidores públicos que ganham até R$ 2.150,00, em agosto, e já anunciou que em setembro serão parcelados os salários acima de R$ 1.000,00 e enviou um pacote de medidas para a Assembleia Legislativa, que visam tão somente atacar as condições de vida dos servidores públicos estaduais, dos aposentados e do conjunto dos trabalhadores, demonstrando claramente que o seu “partido é o Rio Grande dos que se locupletaram a vida inteira às custas da miséria dos trabalhadores”, contendo uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que acaba com a licença-prêmio e vários outros projetos de lei, onde se destaca o PLC (Projeto de Lei Complementar) nº 206/15, que supostamente propõe estabelecer normas de responsabilidade da gestão fiscal com a criação de mecanismos prudenciais de controle das contas públicas do Estado do Rio Grande do Sul.

Na verdade é a velha e famigerada política de responsabilidade fiscal implementada na infame era FHC, que restringe os gastos com a folha de pagamento em 60% da receita corrente líquida do Estado, um mecanismo que já é utilizado pela União, Estados e municípios, como imposição do grande capital nacional e internacional, para arrochar os salários dos servidores.

O ataque de Sartori, seguindo religiosamente a política assassina da famigerada Troika para os trabalhadores gregos, e o conto da austeridade (pra quem?) do governo Dilma e Levy já anunciou a extinção da Fundação Zoobotânica e da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), colocando não somente a preservação da vida animal e vegetal, mas também a pesquisa científica vital para a cura terapêutica e a prevenção de doenças que inclusive já foram há muito erradicadas em vários países como a malária, dengue, mal de chagas, e serviços de excelência em H1N1, meningite, HIV, HPV, hepatites virais, etc.

O “gringo que faz” quer fazer os trabalhadores pagarem a conta da crise capitalista, aumentando impostos como o ICMS, o que causará um ainda maior impacto nas tarifas públicas, que já foram nas alturas.

O único caminho é organizar e colocar em marcha a greve geral unificada dos servidores públicos estaduais por tempo indeterminado, até que todas as suas reivindicações mais 
prementes sejam atendidas.

- Pelo pagamento integral dos salários;

- Não à extinção das fundações públicas e não às privatizações, estatização sob controle dos trabalhadores;

- Pelo pagamento imediato do piso nacional ao magistério estadual;

- Não ao desmantelamento do Plano de Carreira do Magistério Estadual;

- Não ao imposto sobre o consumo e sobre os salários;

- Não à previdência complementar, não à privatização do IPE;

- Pelo atendimento de todas as reivindicações do magistério estadual e dos servidores públicos estaduais


- QUE OS CAPITALISTAS PAGUEM A CONTA DA CRISE 

– POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES!

                                                              

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

TODO O APOIO À GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS!

             PELO IMEDIATO ATENDIMENTO DE TODAS AS SUAS REIVINDICAÇÕES!

                                                          
   

A crise política está levando o governo e todas as instituições do regime burguês a um poço sem fundo, turbinada por uma crise econômica sem precedentes. O índice de popularidade do governo Dilma caiu a 7,7%, com tendência cada vez mais decrescente.

O partido derrotado por uma pequena margem de votos no segundo turno de 2014 (PSDB) pôs sobre o tapete o impeachment da presidente, enquanto o principal aliado do PT na coalizão governamental, o PMDB (com as maiores bancadas parlamentares e o maior número de prefeitos) impulsiona a investigação dos numerosos casos de corrupção do governo petista, especialmente o petrolão.

Para neutralizá-lo, Dilma cedeu ao PMDB quase todos os cargos do "segundo escalão" do governo, sem conseguir quase nada e acenou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, a incorporação ao seu programa de governo a infame Agenda Brasil, apresentada pelo mesmo, que se aprovada se tornará em pouco tempo em mais um combustível da crise, pois é uma verdadeira “pauta-bomba” contra a classe trabalhadora, o que inclui entre outros pontos nefastos, a aprovação do famigerado e repudiado PL 4330 da terceirização, já aprovado na Câmara Federal, o aumento da idade mínima para aposentadoria, revisão da regularização das terras indígenas, e arrocho salarial para os servidores públicos federais. Sem contar, que partiu do governo Dilma o “aterrorizante” PL 2016/15, que abre o precedente para criminalizar os movimentos sociais com até 30 anos de prisão. Deixando claro que os que gritam "pega ladrão!" são mais ladrões que os denunciados.

Contrariamente ao que afirma a “esquerda” (para defender o governo), não existe uma frente golpista unificada. Sem falar dos ultrapassados minoritários (mas muito ativos) que propõem uma intervenção militar, tanto o PSDB como o PMDB estão divididos até sobre os passos imediatos depois do impeachment da presidente.

Frente às acusações por sua corrupção, o governo levantou uma pontinha do tapete do vizinho, denunciando ao presidente da Câmara (Eduardo Cunha, PMDB) por atos similares. Cunha respondeu declarando sua ruptura com o governo e sua passagem à oposição, o que motivou que o PMDB imediatamente declarasse que se tratava de uma atitude pessoal. Nesse quadro, Obama interveio, dando-lhe uma ajudinha a Dilma em sua visita oficial aos Estados Unidos.

Enquanto o “ilibado” ex-presidente FHC, encorajado pelas manifestações do dia 16/08, que foram menores que as anteriores, passou a defender a renúncia da presidente Dilma, o Financial Times, principal órgão da comunidade dos negócios internacionais, defende a permanência da presidente, com o argumento de que “seria trocada uma mediocridade por outra, simplesmente.”

O governo Dilma-Levy impulsiona o mais brutal ajuste econômico já realizado no país. Os demitidos deste ano já se aproximam de 400 mil, e a cada mês se bate um novo recorde. Os salários dos servidores públicos federais estão congelados. A categoria desenvolve uma greve em campanha salarial nas universidades federais (que já dura três meses), no INSS, MTE e outros órgãos solicitando 27% de aumento linear e as reinvindicações específicas de cada setor, o governo ofereceu um miserável reajuste de 21,3% parcelado em quatro anos. Atacando o direito de greve, mais uma vez, o governo Dilma ordenou o desconto dos dias parados no INSS. Enquanto isso, novas isenções impositivas para o grande capital, anistia fiscal e penal para os que enviaram divisas ao exterior, novos aumentos das taxas de juros (as mais altas do mundo), corte de 70 bilhõesde reais (também recorde histórico) em gastos sociais. As agencias qualificadoras internacionais irão baixar igualmente os pontos de crédito do país, advertindo sobre uma fuga de capitais frente à possibilidade de descumprimento.

O PIB retrocederá (pelo menos) 2% este ano, e as novas projeções já indicam que este retrocesso se estenderá para 2016. A arrecadação fiscal caiu mais de 3%, com perspectiva de baixa. O ajuste, portanto, se está indo para o inferno, nem existe tampouco uma coalizão política sólida para implementá-lo.

A possibilidade objetiva e a urgência de uma 
intervenção e de um programa operário independente para 
que a crise seja paga pelos capitalistas supera de longe o 
caráter defensivo das lutas atuais: somente os servidores 
mantêm uma greve parcial pelo salário, com manifestações 
convocadas para o dia 18/08. A crise galopante do PT é 
uma evidência disso.

Em sua atual configuração política, a esquerda não 
pode jogar um papel político independente. A "frente 
popular" impulsionada pela esquerda petista e movimentista 
reivindica um programa de reativação econômica capitalista 
(que não mobiliza ninguém) e produz manifestos nos que 
pede ao governo que chame ao povo às ruas para 
combater aos golpistas. E o governo segue com o ajuste.  E 
a Frente Popular com seus manifestos virtuais. Os 
manifestos são firmados, entre outros, pela CUT e o MST, 
que não veem nenhum problema em criticar publicamente a 
política do governo (não somente a econômica) e em 
continuar integrados, com centenas de representantes, 
nesse mesmo governo. Reivindicar a ruptura de todas as 
organizações operárias e populares com o governo e o 
Estado é o primeiro ponto de toda luta por uma saída 
operária à crise.

                                                                     

Fora do PT e sua "área de influência", o PSOL, "um 
balaio de gatos", atua de modo desnorteado ao sabor de 
cada uma de suas numerosas tendências internas (o PSOL 
é, na realidade, uma frente de tendências) provisoriamente 
unificado na reivindicação de destituir a Eduardo Cunha da 
presidência da Câmara, um apoio envergonhado ao 
governo na perspectiva de algum êxito eleitoral nas 
eleições municipais de 2016.

O PSTU ignora a crise política sob o ultrarradical 
argumento de que "são todos o mesmo", salpicado por 
alguma frase "contra a direita golpista". Nada propõe sobre 
a ruptura de todas as organizações operárias com o 
governo, pois a Conlutas se encontra em um duelo de 
aparato de "disputa de base" com as centrais majoritárias. 
O argumento eleitoreiro e a política de autoconstrução 
estão deixando o PSTU, único partido de esquerda militante 
no movimento operário, na marginalidade política e eleitoral 
(menos de 0,1% nas duas últimas eleições gerais). A crise 
econômica e política põe todas estas questões na 
incandescência e promove um estado de deliberação 
política operária, juvenil e popular, do que pode emergir um 
reagrupamento revolucionário.


https://www.facebook.com/groups/TRIBUNACLASSISSTA/

http://tribunaclassista.blogspot.com.br/

tribunaclassista@hotmail.com

     
               TRIBUNA CLASSISTA

sábado, 25 de julho de 2015

BRASIL: ENTRE AJUSTE, IMPEACHMENT Y GOLPE


                                         



                             BRASIL: ENTRE AJUSTE, IMPEACHMENT Y GOLPE
                             

Osvaldo Coggiola

La crisis política brasileña ha llegado a un punto sin retorno, alimentada por una crisis económica sin precedentes. Em el decimotercer año de gobierno “del PT”, y con solo seis meses de su tercer mandato presidencial, el índice de popularidad del gobierno de Dilma Rousseff cayó a 9%, con tendência a caer todavia más. El partido derrotado por muy escaso margen en la segunda vuelta del 2014 (PSDB) puso sobre el tapete el juicio político a la presidenta, o sea su destitución, mientras el principal aliado del PT en la coalición gubernamental, el PMDB (con las mayores bancadas parlamentarias y el mayor número de intendentes) impulsa la investigación de los numerosos crímenes de corrupción del gobierno petista, especialmente el petrolão, poniéndole uma soga al cuello.

Para aplacarlo, Dilma cedió al PMDB casi todos los cargos del “segundo escalón” del gobierno, sin conseguir casi nada. Desde luego, los que gritan “al ladrón!” son más ladrones que los denunciados, y están jugando con fuego: “199 diputados provinciales, 178 diputados nacionales, 17 gobernadores y 16 senadores tienen presos a los financiadores de sus campañas electorales” (O Estado de S. Paulo, 16/7/15). Y todavía no se abrió la CPI (comisión de investigación) del BNDES, que promete dejar al petrolão chiquitito, el mismo petrolão que hizo parecer al mensalão de 2005 casi una travesura infantil. No va a sobrar ninguno. El Ejecutivo y el Legislativo están con la mierda hasta el pescuezo: el Judicial, que la va de “guardián moral de la República” acabó de concederse un aumento “salarial” (con comillas) promedio de 60% (con topes del 90%) en el mismo momento en que los salarios están congelados y los despidos baten todos sus récords históricos, lo que provocó un escándalo público. La crisis política pone sobre el tapete el impeachment de todo el regimen político.

Contrariamente a lo que afirma la izquierda (para defender al gobierno) no hay un frente golpista unificado. Sin hablar de los descolgados minoritarios (pero muy activos) que proponen una intervención militar, tanto el PSDB como el PMDB están divididos hasta sobre los pasos inmediatos después de “impichar” a la presidente: mandato presidencial para el vicepresidente Milton Temer (PMDB) hasta 2018, variante defendida por un ala (Serra) del PSDB [el PMDB se quedaria com la presidencia del país, de la Cámara y del Senado, o sea, con todo.... ¡sin haber participado de las elecciones presidenciales del 2014!]; convocatoria de elecciones presidenciales en 90 dias; votación de uma enmienda transformando el regimen en parlamentarista.

Frente a las denuncias, prisiones e investigaciones secuenciales de su corrupción, el gobierno levantó una puntita de la alfombra del vecino, denunciando al presidente de la Cámara (Eduardo Cunha, PMDB) por robar US$ cinco millones en sólo un negocio de barcos de la Petrobras. Cunha respondió declarando su ruptura con el gobierno y su pasaje a la oposición (del gobierno que su partido integra), lo que motivó que el PMDB imediatamente declarase que se trataba de una actitud personal (sin prejuicio para su posición dirigente, que el propio PMDB le concedió), y los dos principales diarios del país lo acusasen de irresponsabilidad institucional. En ese cuadro, Obama intervino, dándole una ayudita a Dilma en su visita oficial a los EEUU (“confío en ella”, declaró), lo que esta pagó haciendo mutis sobre el escándalo del pinchazo de su teléfono personal (y de centenas de otros), durante más de una década, realizado por los servicios yanquis, como reveló Wikileaks.
                                           
                                                                       
                                                                  

El gobierno Dilma-Levy impulsa el más brutal ajuste económico ya realizado en el país. Los despidos de este año ya se aproximan de 400 mil, y cada mes se bate un nuevo récord. Los salários de los estatales están congelados. Nuevas exenciones impositivas para el gran capital (industrial, comercial o financeiro), amnistía fiscal y penal para los que fugaron divisas al exterior, nuevos aumentos de las tasas de interés (las más altas del mundo) para los propietarios de la deuda pública, corte de R$ 70 mil millones (también récord histórico) en gastos sociales. Las agencias calificadoras internacionales, Moody’s a la cabeza, le van a bajar igualmente los puntos al crédito del país, señal amarillo para una fuga de capitales ante la posibilidad de inadimplencia. Es que el aumento de las tasas de interés, impuesto por el capital financeiro, va a aumentar la deuda pública en un monto superior a los cortes presupuestarios, y estos fueron aprovechados por los diputados para aprobar enmiendas que favorecen sus corrales electorales, incluídos sus centenas de miles de punteros. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

El PBI retrocederá (por lo menos) 2% este año, y los analistas bancários ya extienden la perspectiva de recesión económica hasta fines del 2016. La recaudación fiscal ha caído más de 3%, con perspectiva a la baja. El ajuste, por lo tanto, se está yendo al diablo, y sin alejar la perspectiva de una cesación de pagos. Pero no hay outro ajuste en el mercado, ni mucho menos la perspectiva de una coalición política sólida para implementarlo. La “oposición” ha convocado a una manifestación de masas para el 16 de agosto, que probablemente registrará su declinante capacidad de movilización popular, desde el supuesto millón de las calles de San Pablo en marzo, hasta las pocas decenas de miles de las manifestaciones posteriores.

La posibilidad objetiva y la urgencia de una intervención y de un programa obrero independiente para que la crisis la paguen los capitalistas supera com creces el carácter defensivo de las luchas actuales: sólo los estatales mantienen una huelga parcial por el salario, con una manifestación nacional convocada en Brasilia el 22 de julio. La crisis galopante del PT es una evidencia de ello, y ha sido declarada por el propio Lula, que acusó al partido de “haber perdido la utopia” y de correr solamente detrás de cargos públicos (o sea, de dinero). En el reciente congreso del PT en Salvador la izquierda consiguió mantener las elecciones internas (PED) para la elección de la dirección (contra la corriente mayoritaria), pero la propia dirección elegida por el congreso abrió esas elecciones para todos los afiliados (la mayoria ni sabe o recuerda que lo está) incluídos los que no cotizaron nunca al partido ni cumplieron cualquier obligación estatutaria, lo que abre grande la puerta para la reelección aparatesca de la publicamente corrupta (¡hasta Lula lo dice!) camarilla dirigente.

Em su actual configuración política, la izquierda no puede jugar un papel político independiente. El “Frente Popular” impulsado por la izquierda petista y movimientista reivindica um programa de reactivación económica capitalista (que no moviliza a nadie) y produce manifiestos en los que pide al gobierno que llame al pueblo a las calles para combatir a los golpistas. Y el gobierno sigue con el ajuste. Y el Frente Popular con sus manifiestos virtuales. Los manifiestos son firmados, entre otros, por la CUT y el MST, que no ven ningún problema en criticar públicamente la política del gobierno (no sólo la económica) y en continuar integrados, com centenas de representantes, en ese mismo gobierno. Reivindicar la ruptura de todas las organizaciones obreras y populares con el gobierno y el Estado es el primer punto de toda lucha por una salida obrera a la crisis.

Fuera del PT y su “área de influencia”, el PSOL, un balaio de gatos como dicen los brasileños, actua de modo disparatado al sabor de cada una de sus numerosas tendências internas (el PSOL es, en realidad, un frente de tendencias) provisoriamente unificado en la reivindicación de destituir a Eduardo Cunha de la presidencia de la Cámara, un apoyo avergonzado al gobierno en la perspectiva de algún éxito electoral en las elecciones municipales de 2016, perspectiva reforzada por la futura eliminación de los otros partidos de izquierda de la propaganda electoral gratuita en TV por la “cláusula de barrera” (porcentaje electoral mínimo) aprobada por la Cámara.

El PSTU ignora la crisis política bajo el ultrarradical argumento de que “son todos lo mismo” salpicado por alguna frase “contra la derecha golpista”. Nada plantea sobre la ruptura de todas las organizaciones obreras con el gobierno, pues la minicentral sindical que dirige (Conlutas) se encuentra en un duelo aparatesco de “disputa de base” con las centrales mayoritarias, para el que sirve (muy parcialmente) el argumento de que están en el gobierno. El argumento electorero y la política de autoconstrucción han dejado al PSTU, el único partido de izquierda militante en el movimento obrero, en la marginalidade política y electoral (menos de 0,1% en las dos últimas elecciones generales). La crisis económica y política pone todas estas cuestiones al rojo vivo y plantea un estado de deliberación política obrera, juvenil y popular del que puede emergir un reagrupamento revolucionário.