sexta-feira, 8 de abril de 2022

FORA BOLSONARO/MOURÃO, POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES

 



A escalada da crise capitalista mundial se converte em guerra imperialista em sua fase senil; ao proletariado cabe converte-la em revoluções.

Definitivamente, os limites insuperáveis da restauração capitalista no Leste Europeu se fundiu há muito com a crise do imperialismo. 

O imperialismo ianque através da OTAN é o principal responsável pela carnificina das guerras no IEMÊN, Síria e Somália (das mais recentes), e agora provocou a guerra na Ucrânia, com a invasão pela Rússia liderada por Putin.

A oligarquia ucraniana representada por Zelenski deseja entregar o país para a OTAN e se submeter ao tacão de ferro do imperialismo europeu com seu pedido de entrada na União Europeia, ou seja, converter a Ucrânia num enclave militar no Leste Europeu se somando aos demais 14 países que já aderiram à OTAN, promovendo assim um isolamento da Rússia e preparar as bases para partilha-la, balcaniza-la.

Putin, representante de uma oligarquia que herdou o espólio do estado operário da URSS, extinta em 1991, respondeu com os métodos típicos das burguesias nacionais e do imperialismo que levaram o mundo a duas carnificinas promovendo uma ocupação militar na Ucrânia que já tem consequências de alcance mundial para o proletariado no mundo inteiro. A necessidade dessa oligarquia corrupta de fazer passar que os seus interesses são comuns aos interesses do proletariado a quem ela vive da exploração da sua força de trabalho é a necessidade de classe da burguesia, que se esforça cotidianamente para fazer passar que a sua necessidade de classe, particular, é uma necessidade universal. Putin foi à guerra pra salvar sua própria pele e a pele da oligarquia a quem expressa os seus interesses. Pouco importa neste caso os interesses do proletariado russo, do Leste Europeu e do mundo. A emancipação da classe trabalhadora será obra da própria classe trabalhadora. Proletários do mundo inteiro. UNI-VOS!

Os embargos e retaliações econômicas promovidos pelos países imperialistas, em especial pelos EUA contra a Rússia já atingem os trabalhadores num país cujo antecedente histórico está nada mais, nada menos que o principal acontecimento do século XX, que foi a Revolução de Outubro de 1917, a tomada do poder político pela classe operária através de seu próprio partido.

Por sua vez, o proletariado no mundo inteiro começa a sofrer as consequências da escassez dos produtos de primeira necessidade, dos combustíveis, etc. num quadro de inflação mundial que avança nos países da União Europeia e nos EUA, assolando mais ainda principalmente os países periféricos da América Latina, Oriente Médio, Ásia e o continente africano. 

No Brasil, a crise capitalista se traduz em crises políticas cada vez mais intensas do governo Bolsonaro e que minam as bases do conjunto do regime político. O último escândalo envolvendo o Ministério da Educação com a queda de mais um gabinete ministerial acusado de corrupção debilitam ainda mais o poder de arbítrio de Bolsonaro e o conjunto de seu governo e do regime bolsonarista e os trabalhadores vão ocupando gradativamente o centro do cenário político com seus próprios métodos de lutas: greves, piquetes, ocupações, etc. Está ausente nestes marcos uma direção política que centralize as lutas dos trabalhadores contra o estado capitalista e seus governos de plantão. A crise de direção política do proletariado continua sendo em última instância a crise da humanidade num quadro de agravamento da crise mundial capitalista, premissa número um. 

Por isso, as massas cada vez mais pauperizadas não possuem mais tempo de esperar frente à corrosão das suas condições de vida, em nome de um "desgaste" de um governo totalmente desgastado, que tornou-se refém do que há de mais podre na política nacional historicamente, que é o famigerado centrão (diga-se de passagem, foi base de sustentação de todos os governos que se sucederam). 

O sacrifício das massas já passou da conta há muito tempo, e a resposta à envergadura da crise capitalista que se manifesta de forma distorcida como se fosse uma anormalidade, quando é o funcionamento normal de qualquer regime político burguês, que é a forma da corrupção, exige muito mais do que convoca-las a aguardar para depositar um voto na urna em outubro de 2022.

As massas já votaram com a própria vida ceifada, com seus quase 700 mil mortos pela pandemia, já estão votando cotidianamente com a miséria que se alastra por todo o país, já estão suportando o fardo da crise capitalista há muito tempo, e ainda assim são chamadas a esperar por um voto na urna. 

A hora é agora! Não há mais o que esperar. A partir dia 09/04, ocupar as ruas pelo FORA BOLSONARO/MOURÃO, por um Governo dos Trabalhadores.