sexta-feira, 29 de abril de 2022

FELICITAÇÕES AO ATO DO DIA 1º DE MAIO DA FRENTE DE ESQUERDA E DOS TRABALHADORES UNIDADE - FITU - DA ARGENTINA, NA PRAÇA DE MAIO

 


O Agrupamento Tribuna Classista quer daqui do Brasil saudar o ato de 1º de maio, dia Internacional dos trabalhadores, que será realizado pela FIT-U, em especial ao Partido Obrero, na Praça de Maio com as palavras-de-ordem "abaixo o pacto com o FMI, pelo salário e o trabalho, contra a repressão aos que lutam e guerra à guerra", às quais estamos de pleno acordo. 

Se faz público e notório o protagonismo do movimento piqueteiro, através do Polo Obrero e da Unidade Piqueteira, que enfrenta nas ruas sistematicamente o ajuste fundomonetarista do governo de centro-esquerda de Alberto e Cristina Fernández, o qual responde pela fome e a miséria que se alastra por todo o país, bem como pela repressão desencadeada aos trabalhadores e suas organizações que buscam uma saída independente da crise capitalista através da luta.

Aqui no Brasil, a escalada da mesma crise capitalista mundial agravada com a guerra de rapina imperialista cada vez mais impele diversas categorias de trabalhadores pra luta contra a corrosão dos salários e das suas condições de vida provocada pela alta inflacionária, combinada com uma recessão econômica que atinge cerca de 12 milhões de trabalhadores desempregados, sem contar os outros tantos milhões que amargam a informalidade, a precariedade no trabalho, o sub-emprego e o chamado desalento que atinge os que já perderam sua auto-estima para irem em busca de um posto de trabalho.

O governo Bolsonaro promove uma verdadeira provocação contra os servidores públicos federais frente às greves e manifestações no INSS, Ministério do Trabalho e Previdência, INCRA, IBAMA, Universidades federais, Banco Central, Receita Federal, etc. anunciando 5% de reajuste linear (o que não cobre nem a inflação do corrente ano), enquanto corta os salários dos trabalhadores que estão paralisados em uma greve por tempo indeterminado e através do Ministério da Saúde anunciou o fim da Emergência Sanitária num quadro de tendências de agravamento da pandemia na China, prenunciando um novo agravamento da crise sanitária por conta de novas variantes do COVID-19.

A crise do governo Bolsonaro, com a queda do Ministro da Educação envolvido em corrupção com os pastores evangélicos, as denúncias que vieram à tona em torno do orçamento das forças armadas (compra de viagra e de próteses penianas, pasmem!), a "graça" promovida por Bolsonaro pra absolvição do parlamentar bolsonarista condenado pelo STF, as denúncias envolvendo o famigerado "orçamento secreto" sob controle do Centrão, etc. são sintomas de enfraquecimento não somente do governo, mas do conjunto de um regime político, em processo de deterioração completa. 

Nestes marcos se favorece a luta das massas que iniciam gradativamente processos de ocupações, greves, manifestações de rua, piquetes, etc., os quais embora muito incipientes, tendem a ocupar o centro da situação política nacional. Todos os partidos que dão sustentação ao regime político correm contra o tempo, na esteira da crise insuperável do capitalismo a nível mundial.    

Enquanto isto, a CUT e seus sindicatos agem descaradamente para conter as lutas em curso, sob a batuta da candidatura Lula em aliança com Geraldo Alckmin, um homem de ultra-direita que governou a cidade e o Estado de São Paulo, e que através do seu partido, o PSDB, um dos principais protagonistas do golpe de estado de 2016, atacou profundamente os trabalhadores, sendo conhecido publicamente como o Verdugo da Ocupação do Pinheirinho, tendo promovido um verdadeiro massacre naquela ocasião através de uma brutal violência policial no despejo de centenas de famílias trabalhadoras, no município de São José dos Campos.

A burocracia cutista inventou o "estado de greve" como um meio de dissimulação de que está orientada a abortar qualquer tipo de luta dos trabalhadores contra o governo Bolsonaro. Esta orientação ficou escancarada na categoria dos servidores públicos federais. O Fórum Nacional dos Servidores Públicos - FONASEFE chegou a aprovar indicativo de greve geral, mas os sindicatos ligados à CUT e ao PT foram orientados a não aderir, abortando o que estava previsto pra ser a maior luta contra Bolsonaro no início do corrente ano. A própria burocracia age como um auxiliar do governo Bolsonaro perseguindo e intimidando os trabalhadores que saíram à luta furando o seu bloqueio. 

Por outro lado, a maioria do PSOL conduz o partido para uma Federação com a Rede e o apoio à candidatura de Lula já no 1º turno, mesmo com a aliança totalmente sem princípios com o golpismo que migrou do PSDB para o PSB (este também apoiou o golpe de estado), prenunciando uma crise sem precedentes desde que o mesmo foi criado, como subproduto da crise do governo de conciliação de classes de Lula e do PT, no seu primeiro mandato.

Não resta senão apoiar e defender a FIT-U na Argentina neste 1º de maio e todas as frentes únicas de trabalhadores que se constituirem de maneira independente da burguesia, dos seus partidos e do conjunto dos seus regimes políticos. 

- POR UM 1º DE MAIO OPERÁRIO, REVOLUCIONÁRIO E SOCIALISTA NO MUNDO INTEIRO

- PELA UNIDADE SOCIALISTA DA AMÉRICA LATINA

- ABAIXO A GUERRA DE RAPINA IMPERIALISTA

- PELA UNIDADE DOS TRABALHADORES UCRANIANOS E RUSSOS E DE TODO O LESTE EUROPEU PARA VARREREM COM O IMPERIALISMO E COM AS OLIGARQUIAS RESTAURACIONISTAS

- TRABALHADORES DO MUNDO INTEIRO, UNI-VOS! DERROTAR O IMPERIALISMO E AS BURGUESIAS NACIONAIS COM OS MÉTODOS DA REVOLUÇÃO MUNDIAL DO PROLETARIADO

- POR GOVERNOS DE TRABALHADORES E PELO SOCIALISMO