No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, organizada pelo Coletivo de Servidores Municipais de Alegrete Classista e com o apoio do Agrupamento Tribuna Classista convocamos para a Live "A LUTA DAS MULHERES:NOSSA VOZ É A NOSSA FORÇA", a qual será realizada na plataforma do Google Meet, às 19:30 horas e transmitida ao vivo pelo Facebook.
Nosso Agrupamento, nesse sentido, resgatamos as raízes históricas e o caráter operário e internacionalista que deu origem a esse dia. Na esteira da luta internacional das mulheres operárias -que já lutavam em vários países pela redução da jornada de trabalho e contra a enorme opressão capitalista dentro das fábricas em seu salto de acumulação do capital com o advento da Revolução Industrial, incorporadas ao movimento operário, pelo direito ao voto, etc. enfim pela igualdade de direitos políticos e sociais - a revolucionária alemã, Clara Zetkin, militante do Partido Comunista Alemão, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em 1910, em Copenhague, capital da Dinamarca, defendeu a necessidade do movimento sindical e socialista dedicar um tempo para a situação das mulheres trabalhadoras, na forma de uma jornada de manifestações em defesa da igualdade de direitos, sem estipular exatamente uma data.
AS OPERÁRIAS TÊXTEIS DO BAIRRO DE VYBORG EM PETROGRADO DESENCADEARAM O PROCESSO REVOLUCIONÁRIO QUE CULMINOU NA QUEDA DO CZAR NICOLAU II EM FEVEREIRO E NUMA REVOLUÇÃO QUE NÃO SE DETEVE COM A TOMADA DO PODER POLÍTICO PELA CLASSE OPERÁRIA EM OUTUBRO DE 1917, NA RÚSSIA
No dia 23 de fevereiro pelo calendário Juliano (implementado pelo imperador Júlio César, na Roma antiga) vigente até então na Rússia (por isso ficou marcada historicamente como Revolução de Fevereiro), 8 de março pelo calendário Gregoriano (implementado pelo Papa Gregório XIII, que já estava vigorando na maioria dos países naquela época), as operárias texteis do bairro de Vyborg, em Petrogrado, decidiram realizar neste dia manifestações que desencadearam uma greve geral contra a carestia e as demais consequências sociais provocadas pela guerra imperialista, o qual culminou na derrubada da secular dinastia da família dos czares Romanov, considerada por Trótsky como o início da Revolução de Outubro.
É apoiado neste processo revolucionário histórico aberto no início do século XX, que não consideramos como um ciclo encerrado, mas como o primeiro sinal da revolução mundial do proletariado que reivindicamos o caráter operário, revolucionário, internacionalista e socialista da luta das mulheres indissoluvelmente ligada à luta geral de toda a classe trabalhadora pela sua emancipação social e política do jugo do capitalismo.
