domingo, 30 de abril de 2017

POR UM 1º DE MAIO DE MASSAS E DE LUTA!

                                                                                   



Após a classe trabalhadora realizar a maior greve geral, em extensão (praticamente todo o território nacional), importância política e mobilização popular da história do Brasil, temos que tirar algumas conclusões.

Se os protestos do dia 25 de março foram realizados principalmente por servidores públicos, na greve geral houve uma grande mobilização da classe trabalhadora como um todo, quase todas as empresas e todos os ramos foram atingidos, e o movimento teve força em todo o país, principalmente nas capitais e grandes cidades.

Houve uma unidade entres as centrais sindicais, o que possibilitou a força da mobilização, mas também suas limitações, por exemplo, apesar da vitória expressiva da greve geral, e da necessidade da continuidade da luta dos trabalhadores (as “reformas” do governo Temer continuarão e se intensificarão), não há nem data indicativa da próxima greve e nem a organização dos trabalhadores por meio de algum fórum (um Congresso ou outro meio) para dar um norte e um programa a toda luta contra o governo Temer.

O governo Temer conseguiu unificar os setores mais importantes da burguesia em sua defesa, expressão disso foi o papel da mídia e da imprensa que tentou até o último minuto desviar o foco da população do que ocorria sob seus próprios pés.

Somente um movimento de massas da classe trabalhadora pode derrotar esse governo, que é defendido, direta ou indiretamente, pela totalidade dos partidos que compõem o regime político vigente, somente um movimento dessa natureza deixará claro aos olhos da população quem são os setores que lutam por seus interesses, e os quais atuam apenas para impedir que não só o governo venha abaixo, mas todo o regime que o sustenta.

Não podemos esquecer que esse governo foi fruto de um golpe parlamentar organizado pelos setores fundamentais da burguesia, do grande capital e de seus partidos, mas que também é fruto de um governo de colaboração de classes que o PT formou (uma frente popular) com essa mesma burguesia e seus políticos corruptos.

Grande parte dos ministros desse governo já eram ministros no Governo Dilma, ou no governo Lula. E várias dessas “reformas” já estavam na "agenda" dos governos anteriores: FHC, Lula e Dilma; o que muda é apenas a dosagem do ajuste e das “reforma”, mas todos os grandes partidos participaram diretamente para que a crise se desenvolvesse até o ponto onde chegou.

O programa que o governo Temer e os partidos que o sustentam propõem é que a crise seja paga pelos trabalhadores; já vimos esse filme antes, apenas os atores de hoje são mais monstruosos e assustadores, mas o enredo é o mesmo do passado, e sem a organização e a determinação da classe trabalhadora para colocar abaixo esse governo, as “reformas” continuarão caindo em cima das costas dos assalariados e dos setores mais oprimidos.

Chega de ser coadjuvantes! É hora de sermos os protagonistas de nosso futuro.

Nossa proposta: organização de um grande Congresso da classe trabalhadora para centralizar a luta e derrotar esse governo, nova greve geral por tempo indeterminado e criação de fóruns em que a esquerda e a classe trabalhadora possam de imediato deliberar os próximos passos na luta contra o governo Temer.

Não há como derrotar as “reformas” (trabalhista, previdenciária, etc.) sem derrotar o governo Temer, esse é o eixo que devemos focar de imediato: derrotar o governo Temer é derrotar os setores fundamentais da burguesia que sustentam seu projeto golpista, derrotar esse governo será uma vitória histórica de toda classe trabalhadora.

                                          http://tribunaclassista.blogspot.com.br/
                                                       TRIBUNA CLASSISTA