domingo, 7 de setembro de 2014

JUNHO DE 2013 – JUNHO DE 2014: 1 ANO DE LUTAS POR TODO O PAÍS

                        


                 



               
                                          David Lucius
         Em junho passado, completou-se o primeiro ano da eclosão de uma das maiores manifestações de massas já ocorrida na história do Brasil. A passagem desse período marcou, sem sombra de dúvidas, um grande ascenso nas lutas sociais de nosso país, abrindo uma nova etapa política e o acirramento da  luta de classes, apontando claramente o profundo desgaste do governo, como também, o início de um processo de esgotamento de todo o regime político vigente. De forma abrupta e repentina as manifestações de junho de 2013 marcaram uma mudança subjetiva no estado espírito e na consciência política dos trabalhadores e da população em geral. Houve, desde então, um processo de generalização, diversificação e radicalização destas lutas em diversos setores da sociedade. Durante todo esse período tivemos uma ampla onda de reivindicações elementares, e o que se iniciou como um simples protesto contra o reajuste das passagens de ônibus e do metrô, em pouco tempo ganhou contornos bem mais variados: manifestações e reivindicações estudantis, uma grande quantidade de greves (por reajuste salarial e melhoria das condições de trabalho) de diversas categorias (tanto dos trabalhadores de empresas privadas como do funcionalismo público), piquetes, passeatas, protestos com os objetivos mais variados, atos contra a Copa e até mesmo uma efêmera greve geral. No entanto, independente de qual seja a análise política do leitor, ele terá que concordar que no último ano abriu-se uma nova etapa, constituída de um grande ascenso de lutas reivindicatórias e que essas lutas logo tenderam a se politizar e a se multiplicar por todos os poros e camadas sociais de nosso país. Ficou patente a falta de um setor que conseguisse organizar, dirigir e unificar a somatória de todos esses movimentos em um movimento de conteúdo político dirigido contra o regime político vigente. Neste texto faremos uma pequena retrospectiva e realizaremos um rápido balanço desse período, para analisarmos desse modo as perspectivas gerais que se abriram com essas lutas: para as massas, para a esquerda e para os trabalhadores.
            O movimento que deu início às Jornadas de Junho começou nos primeiros dias (6, 7, 11 e 13) de junho de 2013, como um movimento de pequena mobilização, um movimento que (de inicio) estava à margem da ampla participação das massas e que estava localizado em um número limitado de grandes cidades. Seu foco inicial era a luta pela diminuição das passagens do transporte público (que havia sido reajustado semanas antes), a princípio, não chegou a exceder o número de cinco mil pessoas nos primeiros protestos, mas isso começou rapidamente a mudar e logo ganhou um amplo apoio da população. Nessa primeira fase, a adesão popular ainda era relativamente pequena, as cidades em que ocorreram uma maior quantidade e organização dos protestos foram São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Porto Alegre, Teresina, Maceió, Sorocaba e Fortaleza. Em Porto Alegre e Goiânia o movimento já havia iniciado anteriormente, mas só a partir de 13 de junho é que ganharam a amplitude, o efeito contaminador e a feição nacional que caracterizaram o movimento de massas daquele período, como no restante do país. Apesar de ter começado como um movimento pequeno, de inicio, e só posteriormente ganhado uma ampla penetração nas massas, o observador atento já podia notar, pelo grande entusiasmo e espírito de luta dos manifestantes, que aquele movimento não seria mais um movimento rotineiro, mas que se tornaria um movimento que deixaria marcas profundas em nossa história social.
            O momento que marca a transformação desse movimento, de um mero movimento reivindicativo ainda com pequena (porém importante) adesão popular para um grande movimento de massas ocorreu quando a manifestação do dia 13 de junho foi duramente reprimida em São Paulo pela polícia militar do estado, que utilizou, como de hábito, de uma forma truculenta e repressiva, uma grande quantidade de bombas de gás e de efeito moral contra os setores populares que aderiram ao protesto. Um enorme e desproporcional contingente de tropas, e até mesmo da cavalaria, foi utilizado contra os manifestantes que se concentravam nas imediações do inicio da Rua da Consolação (e que tinham a intenção de seguir rumo a Av. Paulista), e que com o confronto, que foi deflagrado com a repressão da PM, se dispersou pelas ruas adjacentes em uma verdadeira batalha campal. Grande parte dos manifestantes, que de rua em rua enfrentaram corajosamente a Polícia Militar (a PM de São Paulo é considerada uma das polícias mais repressivas do mundo, com um longo histórico de assassinatos da população civil) e o aparelho repressivo do Estado, que agiu como se fosse uma verdadeira guerra (o que de fato, com o empenho da PM, transformou-se...), seguindo ordens diretas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do comando da PM, mas com o aval político da prefeitura (comandada por Fernando Haddad do PT) que deu sua total anuência à repressão policial e não demonstrou nenhuma oposição veemente ou principista a ela nos dias subsequentes, na verdade Haddad (assim como o PT) estava mais preocupado em abafar o movimento reivindicativo (e salvaguardar o lucro dos empresários de ônibus e sua aliança com esse setor) do que em notar a repressão policial. Cerca de 300 pessoas foram presas durante essas primeiras manifestações (alguns apenas por portarem vinagre, para se protegerem das bombas de gás lançadas pela própria PM), logo grande parte da opinião pública foi galvanizada pelos manifestantes que, apesar de serem duramente criticados pela mídia e pelos governos (ou devido exatamente a isso), conseguiu atrair a simpatia de uma imensa parcela da população, em especial a juventude, e dos setores médios da sociedade (incluída aí a pequena burguesia e alguns setores assalariados), mas sem deixar de alcançar outros setores sociais (inclusive alguns setores da classe operária e desempregados), devido ao efeito multitudinário que as manifestações alcançaram nos dias que se seguiram e que acabou atraindo a simpatias de diversos setores populares pelo seu caráter contestatório.
            A partir do dia 17 começaram as mobilizações propriamente de massa, com grande participação popular (cerca de 500 mil pessoas nas ruas e a generalização dos protestos por dezenas de cidades do país) e com ampla cobertura da imprensa (que anteriormente criticava as manifestações duramente como sendo uma atividade de “vândalos” e “baderneiros”). A imprensa burguesa teve que se adaptar rapidamente ao novo quadro político: hipocritamente iniciou uma postura de pseudo-apoio, enquanto manipulava o quanto podia para tentar impedir que a explosão popular se transformasse no inicio de um processo revolucionário.  No dia 20 de junho, milhões de pessoas, das mais diferentes classes sociais, saíram às ruas das principais cidades e capitais do país em uma atividade frenética de franca oposição ao regime político, como não se via pelo menos desde o fim da ditadura militar, só que de forma muito mais combativa, e na maioria dos casos, até de forma mais massiva do que a campanha pelas Diretas Já ou até mesmo que o Fora Collor, com o detalhe de que as massas não estavam sendo chamadas (até aquele momento) pela grande imprensa (como ocorreu no fim da ditadura ou no movimento Fora Collor), e de que as mobilizações não atingiram somente as grandes capitais, mas também chegaram em diversas pequenas e médias cidades brasileiras. Boa parte da grande mídia e da imprensa burguesa (que estava, até o dia anterior, criticando e até exorcizando o movimento) utilizou-se então da tática de “apoiar” as manifestações (para não cair em total descrédito e conseguir, na medida do possível, conter, desviar e manipular uma importante parcela do movimento) após o dia 17, para não demonstrar a dimensão política e histórica das manifestações para o restante da população brasileira, a grande mídia distorcia o número de manifestantes e o caráter de suas reivindicações. O movimento logo se politizou e se chocou francamente com a imprensa burguesa: repórteres das principais emissoras de TV (Globo, Record, SBT) e dos principais jornais do país foram hostilizados pelos manifestantes, veículos com identificação dos grandes órgãos da imprensa foram incendiados e os manifestantes tiveram, durante todo esse período, uma atitude de frontal oposição à imprensa burguesa, de uma forma direta, contundente e as vezes até mesmo violenta.
            Impossível seria tentar reproduzir aqui a quantidade de pessoas, atos e cidades, tal a abrangência do movimento. A partir do dia 17 de junho, em algumas cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Vitória, Curitiba e Brasília, as manifestações tiveram maiores as maiores concentrações populares, mas dezenas de cidades menores também tiveram importantes protestos por todo o país. Em Brasília, em particular, o movimento ganhou repercussão internacional pela grande concentração de massas que ocupou a Esplanada dos Ministérios, a manifestação era acompanhada de uma grande revolta popular e por pouco não houve a ocupação do Palácio do Planalto ou da Câmara dos Deputados. Em São Paulo houve um ato multitudinário (com cerca de 1 milhão de pessoas em toda sua extensão) que de um lado cercou o Palácio dos Bandeirantes e do outro estendeu-se pela Rebolças, Consolação, Doutor Arnaldo e por toda a Avenida Paulista. No Rio de Janeiro mais de 100 mil pessoas tomaram as principais ruas da cidade. Somente quem viveu estes dias guardará em sua memória todo o vigor e intensidade dessas lutas e todo o seu significado político.
            Todo o processo foi marcado por um histórico ascenso das massas em luta como há muito não se via, infelizmente a esquerda classista não estava à altura dos acontecimentos e em vez de se delimitar politicamente com o PT (e seus esquálidos satélites), em organizar e impulsionar essas lutas com um programa próprio, ficou perdida em meio ao maremoto da multidão, deixando-se confundir com quem deveria ser um de seus principal inimigos dentro do movimento de massas: o Partido dos Trabalhadores. A população que se voltava contra o sistema político como um todo se opunha tanto ao PT como aos outros partidos aliados, assim como tinham profunda aversão aos partidos aliados na oposição de direita: PSDB e seus acólitos. Os setores da direita (inclusive com a utilização de policiais infiltrados nas manifestações) aproveitaram-se dessa contradição e entraram nas manifestações para pregar o “apartidarismo”, o chauvinismo nacionalista e a luta contra os partidos de esquerda de forma geral, com um discurso que visava em última instância o esmagamento da esquerda em meio aos protestos. Se bem que esse discurso era frágil e logo se desvaneceu, serviu para colocar a esquerda, no auge das manifestações populares de nosso país, em uma postura defensiva. E em vez de delimitação política com o PT, da denúncia dos partidos burgueses e pequeno-burgueses que fazem parte do regime político, assim como, da luta por um programa de esquerda, classista e revolucionário, tivemos uma confusão política generalizada, dando oportunidade para ideologias exóticas ou proto-anarquistas, principalmente em meio à juventude inexperiente que debutava em sua militância política. Importante ressaltar que uma parcela dessa juventude, que procura hoje o anarquismo e congêneres para expressar, de forma limitada, suas ideias, está querendo se deslocar à esquerda, à procura de uma identidade política. Cabe à esquerda classista e revolucionária ir ao seu encontro e ganhá-los ideologicamente para o marxismo, através da luta política, daí a importância do programa e do partido político como ferramenta nesse processo.
            Se por um lado as Jornadas de Junho começaram como uma luta contra o aumento do transporte público, reivindicação essa que era apoiada por um grande número dos setores médios da população, era, no entanto, uma luta do interesse dos setores mais proletarizados que utilizam esse meio de transporte como sua única forma de locomoção pela cidade. O grande apoio dos setores médios demonstra um deslocamento à esquerda desses setores (impulsionada pela proletarização das classes médias, durante o último período) assim como um sintoma de que a carestia e a inflação começam a pressionar todo um setor social da população que se insurge contra a atual situação econômica. De outro lado não podemos esquecer que as manifestações só tornaram-se de massas quando foram reprimidas pelo aparelho repressivo, ou seja: pela PM. Demonstrando que uma grande parcela da população entrou na luta por se opor veementemente à repressão desenfreada que o Estado se utiliza diariamente para reprimir uma quantidade inefável de protestos e movimentos sociais. Esses protestos determinaram que a polícia e o aparelho repressivo burguês estivessem objetivamente em choque com a população, tendo que, em determinados momento, evitar o confronto direto, para impedir que as massas radicalizassem ainda mais as manifestações populares. Durante os protestos foi comum o tombamento e o incêndio de viaturas e (quando isso foi possível) até mesmo o confronto físico com policiais, culminando num caso emblemático em que um coronel (que era favorável ao diálogo com os manifestantes) tivesse a arma tomada (em meio a um protesto) levando uma verdadeira surra, da população em fúria, diante do seu próprio pelotão e das câmeras televisivas. O ódio e a ira popular diante do aparelho repressivo não deve ser tomado como um elemento passageiro, mas deve ser tomado como um dos elementos mais importantes do imaginário e da experiência política das massas durante os protestos. Não podemos nunca esquecer (como já foi já dito anteriormente) que estamos diante de uma das polícias mais repressoras e assassinas do mundo e que cumprem ordens diretas do sistema político vigente, que é composto pelos partidos políticos que vão do DEM ao PT, passando por uma miríade de partidos patronais ou pequeno-burgueses, que juntos sustentam o regime político, especialmente em momentos de crises agudas, como a desse período em questão. Os protestos eram, claramente, dirigidos contra o regime político como um todo, este era o seu âmago e a sua força, mas também aí estavam suas limitações e suas contradições. A partir do momento em que setores mais organizados tentaram canalizar os protestos para não se chocar com o regime político e com o Estado, o movimento começou a perder sua força, a se esvair e a arrefecer.
             O movimento começou, naquela altura, a ganhar outros programas políticos além da reivindicação de redução da passagem de ônibus. Cartazes com palavras-de-ordem de “quero saúde e educação padrão FIFA” contra a corrupção e contra a Copa do Mundo no Brasil começaram a concorrer com outras tantas que a massa anonimamente defendia em meio à verdadeira disputa política e ideológica que o processo das manifestações despertaram. A esquerda programaticamente foi muito anêmica, limitou-se a intervir, mas sem uma delimitação ou identidade própria que a destacasse politicamente dos outros setores, em especial do governo Dilma e do PT.
            A incapacidade da esquerda classista de se diferenciar, política e programaticamente, dos demais setores da “esquerda” governista causou tamanha confusão entre a população que não foram poucas as manifestações em que uma parte da população se opôs veementemente às bandeiras e aos militantes do PSTU, PSOL, PCB e demais organizações menores, tanto pelo fato da maioria da população não conseguir distinguir a política dos setores classistas do restante da esquerda (daí a falta de clarificação política) como também de setores da direita que se infiltraram no movimento, facilitados pela composição social de setores médios da população e da falta de politização e experiência política de um amplo setor das massas (as últimas grandes mobilizações populares foi há 22 anos, época do movimento Fora Collor), de qualquer forma seria ingenuidade pensar que a direita, e a burguesia, enquanto classe dominante iria sentar e ficar admirando a nova paisagem política, diante de acontecimentos que iriam moldar todo o futuro político e a psicologia das massas para o próximo período.
            Uma greve geral foi convocada para o dia 11 de julho pelas centrais sindicais e grande parte da esquerda, chamada de “Dia Nacional de Luta”, mas funcionou muito mais como um meio para tentar frear, conter e controlar o movimento, do que organizá-lo, impulsioná-lo e propor um programa de reivindicações elementares para os trabalhadores e os demais movimentos sociais e tentar assim ganhá-los e aproximá-los dos demais setores sociais que participaram das Jornadas de Junho. Naquele momento era importante atrair os setores mais proletarizados para a esquerda e galvanizá-los com os setores médios e demais trabalhadores que já participavam das Jornadas de Junho, infelizmente isso não foi feito. Houve uma adaptação novamente de todos os setores da esquerda classista, pois ao se unir à CUT e centrais sindicais mais à direita sem ter uma diferenciação e uma delimitação política e programática clara, boa parte das massas tomou a greve geral como uma greve “chapa branca” (de apoio ao governo) e em nenhum momento houve uma crítica clara da política desses setores (ou seja, da burocracia sindical e da esquerda governista nucleada no PT) e desse modo a esquerda classista, novamente, em vez de se delimitar politicamente, fez uma frente (sem princípios e objetivos claros) com os setores que devia se opor. A greve geral (a quarta em 190 anos de república!) teve mais a função de domesticar as massas do que de apresentar a ruptura de qualquer setor da burocracia sindical com o governo e ainda trouxe para as massas a ideia (equivocada) de que a esquerda classista participava desse “teatro” que teve pouca adesão dos sindicatos, dos militantes, e das massas. O que era necessário naquele momento era uma denúncia vigorosa da burguesia, da burocracia sindical, do PT e do regime político. A greve geral mais se parecia com uma gigantesca frente popular no movimento sindical para resgatar e sustentar o regime político vigente. Em suma: a greve geral ou o “Dia Nacional de Luta” não se opôs de forma contundente ao governo federal e ao regime político e a esquerda ao participar da greve poderia delimitar-se e denunciar essa limitação política, mas não o fez.
            Após as grandes mobilizações desse período, o movimento arrefeceu um pouco nas ruas. Todo grande processo histórico de luta tem momentos em que seus participantes procuram refletir e discutir suas perspectivas. Mas se de um lado perdeu o impacto colossal dos primeiros dias, de outro ganhou e impulsionou as greves operárias e dos servidores públicos. No último período houve um grande ascenso do movimento operário. Durante o segundo semestre do ano passado e no primeiro semestre deste ano ocorreram grandes greves, como a do servidores públicos federal no ano passado, passando por greves de garis, bancários, correios, professores, rodoviários e metroviários. Na grande maioria das greves houve vitórias, abrindo assim a perspectiva de novas lutas. Os atos contra a Copa foram pequenos, mas mostraram que as lutas abrangem todos os setores sociais do país. As derrotas (como na greve dos metroviários, em que houve inúmeras demissões), não são derrotas estratégicas ou determinantes que coloquem o proletariado na defensiva ou invertam momentaneamente a tendência de ascensão das lutas que predomina. Outras greves, como a dos professores e funcionários da USP (uma greve de mais de 100 dias!) mostra que o espírito de luta dos trabalhadores está cada vez mais combativo.
As demissões que ocorreram na última greve dos metroviários mostram que a burguesia pretende, no próximo período, tentar criminalizar os movimentos sociais e reprimir fortemente as greves e suas direções, a esquerda e principalmente qualquer possibilidade de ascenso da classe operária. A burguesia tentará a todo custo criminalizar os movimentos sociais. Após as eleições, ganhe quem ganhar, a burguesia tentará impor uma criminalização e repressão dos movimentos sociais que virá junto com um “pacotaço” de aumentos nos serviços essenciais, aumento da inflação e, possivelmente, um maior arrocho salarial. Os trabalhadores precisam se organizar e resistir com suas lutas.
A organização de um encontro da esquerda classista e dos trabalhadores, com perspectivas em ter uma política comum e de unidade seria uma ideia para o momento atual, e um grande passo para os militantes e ativistas, mostraria ao proletariado, e especialmente à sua vanguarda, que há um caminho, de unificação das suas lutas, de delimitação com o PT (e dos setores da burguesia aliados ao governo), assim como da direita propriamente dita, e do debate de um programa que viabilize um diálogo da esquerda com a classe trabalhadora, e que isso possa impulsionar e unir os trabalhadores mais combativos, construindo, desse modo, um programa e uma perspectiva de vitória para as futuras lutas e para as futuras Jornadas de Junho, que com certeza virão...