segunda-feira, 24 de julho de 2017

UMA CONTRIBUIÇÃO AO DISSÍDIO BANCÁRIO 2017

                                                                                     




Há quase 10 anos, o mundo é assolado pela crise do capitalismo, que se por um lado ocasiona uma brutal queda nas condições dos trabalhadores, por outro paradoxalmente contribui para que uma consciência de classe seja criada no sentido de terminar com este sistema apodrecido substituindo-o por outro dirigido pelos próprios trabalhadores, sem burguesia – o Socialismo.

Com os trabalhadores bancários, esta luta não é diferente, ano após ano lutamos contra a patronal (banqueiros e Governos) e também contra a burocracia sindical que está sempre pronta para entregar a nossa luta, rebaixando muitas vezes as nossas pequenas conquistas.

Estamos neste ano de 2017 abrindo mais um Dissídio dos Bancários que a burocracia sindical está chamando de Campanha Nacional 2017; ocorre que com o traidor Acordo Bianual de 2016 com o governo golpista de Michel Temer/Henrique Meirelles, que na prática foi uma tentativa de engessar a luta da categoria, um verdadeiro empecilho para que ela possa lutar por reposição salarial, já que desde 2016 o acordo traidor determinou que será a inflação mais 1%; como vemos, é difícil na prática chamar como todos os anos de Campanha Salarial, mesmo com uma defasagem salarial da categoria por volta de 90% nos últimos 20 anos.

Abrindo oficialmente a dita Campanha Nacional 2017 tivemos no dia 10/06 os Encontros Estaduais da Caixa Federal e do Banco do Brasil altamente esvaziados em relação aos anos anteriores. 

De 20 a 23/06 ocorreram as eleições para o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre/RS onde concorreram três chapas; a chapa 1 da burocracia da CUT (Vamos Juntos) que venceu e foi reeleita para um mandato de 03 anos (2017–2020) com 3789 votos ( 57,20% dos votantes); a chapa 2 de oposição (Bancários de base- Muda Sindicato) com 2035 votos( 30,72% dos votantes) e a chapa 3 da oposição (Muda Já) apoiada pelo Tribuna Classista com 800 votos (12,80% dos votantes). A situação (burocracia sindical) obteve na verdade uma vitória de Pirro, pois se somarmos os votos das oposições mais os brancos, nulos e abstenções, praticamente metade da categoria não apoiou a chapa da burocracia. 

O que sugerimos nesse sentido que fique de lição desta eleição para a oposição é a imediata necessidade de fazer um trabalho junto à base da categoria: urge tirar um boletim de oposição sistematicamente para centralizar uma luta anti burocrática e classista, fazer reuniões periódicas, participar ativamente de todas as atividades da categoria, fazer uma oposição à burocratização do Sindicato entre outros; a categoria não vê de bom alvitre só deixar para se organizar de 03 em 03 anos para as eleições do Sindicato como fazem, normalmente, os políticos burgueses nas eleições oficiais de 02 em 02 anos.

No período de 30/6 a 02/7 tivemos o Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CONECEF) e o Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil; já em 08/7 ocorreu a Conferência Estadual de Bancários, onde o ponto alto foi a eleição dos delegados para a Conferência Nacional dos Bancários que se realizará de 28/7 a 30/7 em São Paulo,onde serão debatidas as principais reivindicações do Dissídio 2017.

No dia 22/7 com um quórum razoável de bancários (150 a 200 participantes) ocorreu o Encontro Nacional dos Banrisulenses tendo como ponto principal a Luta Contra a Privatização do Banrisul. Não só políticos e dirigentes se pronunciaram, mas também bancários da base deram suas idéias.

Nós do Tribuna Classista esperamos um Dissídio 2017 de luta e que atendam as principais reivindicações históricas da Categoria Bancária que não foram atendidas nos últimos anos que são de conhecimento público dos bancários, entre outras, como:

- Romper com o acordo bianual com o governo golpista na luta e impor através da greve geral da categoria por tempo indeterminado reposição das perdas e aumento real de salário;.

-Lutar contra a Reestruturação da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil que pavimenta o caminho para a Privatização;

-Chamar as outras categorias em dissídio para uma luta conjunta, unificada;

-Barrar as demissões com um plano de lutas nacional de ocupações das agências bancárias (10.000 bancários demitidos este ano);

-Fim dos planos de demissões e aposentadorias voluntárias;

-Não à Privatização do Banrisul e o Serviço público deve estar sob o controle dos Trabalhadores; não à Privatização da CEEE,CRM e SULGÁS;

-Pela revisão de todas as aposentadorias e pensões;

-Pela melhoria dos Planos de Saúde, que estão sucateados;

-Pelo fim da Terceirização com a imediata efetivação de todos os terceirizados;

-Lutar pelo fim do Governo Temer (ForaTemer!);

-Lutar pelo fim do Governo Sartori (Fora Sartori!); 

-Abaixo a Reforma Previdenciária!;

- Por uma luta das massas para revogação da Reforma Trabalhista e da Lei das Terceirizações;

-Lutar por uma Assembléia Constituinte livre e soberana, onde se discuta uma ampla reorganização do País sob novas bases sociais;

- POR UM CONGRESSO DE BASES DO MOVIMENTO OPERÁRIO ORGANIZADO E CONVOCADO PELA CUT E PELO CONLUTAS PARA QUE OS TRABALHADORES EMERJAM COMO UM FATOR INDEPENDENTE FRENTE A TODAS AS VARIANTES CAPITALISTAS;

- POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES - Pela Revolução Socialista! 

SEDE NACIONAL: Travessa do Ouvidor 200 – Partenon - Porto Alegre/RS

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