CRESCE A SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL AO PARTIDO OBRERO, POLO OBRERO E DEMAIS ORGANIZAÇÕES PIQUETERAS NA ARGENTINA
No dia 20 de dezembro de 2023 ocorreu a
primeira grande mobilização contra a política governamental na Argentina de
Javier Milei e pelas reivindicações, a pedido de numerosas organizações
operárias e populares.
Desde então, o Presidente Javier Milei e a sua Ministra da Segurança,
Patricia Bullrich, aumentaram as medidas de intimidação contra ativistas e
organizações de trabalhadores e populares. Particularmente visados são
organizações piqueteras, como o Polo Obrero, Barrios de Pie, etc., que
organizam solidariedade com os trabalhadores privados de emprego.
Foram realizadas mais de cento e vinte buscas, tanto em residências
particulares como em instalações organizacionais.
Foram abertas investigações judiciais contra dezenas de ativistas,
acusados de “administração fraudulentas contra o Estado”, “ameaças
coercitivas”, etc., anunciando possíveis julgamentos em que o acusado
enfrentaria pesadas penas de prisão.
No dia 3 de junho, a sede do Partido Obrero (PO) em Buenos Aires foi
invadida como parte da pressão exercida contra a organização de desempregados,
Polo Obrero.
Esta invasão levou quinze
deputados de diferentes grupos parlamentares* a declararem conjuntamente:
“A invasão às instalações de um partido político
da oposição é um ato gravíssimo que este Congresso deve rejeitar com a maior
firmeza (…). Este grave ato é inseparável da campanha de perseguição, repressão
e estigmatização de organizações da oposição, levada a cabo com o objetivo de
aprovar um plano de austeridade sem precedentes. É público e conhecido que o
Partido Obrero denunciou o protocolo repressivo da (Ministra da Segurança)
Patricia Bullrich e que ele apoiou, como dezenas de organizações, a mobilização
de 20 de dezembro, convocando manifestações contra a Lei de Bases (o plano de
austeridade do governo) e participou ativamente no apoio e promoção de todos
lutas populares, desde aquelas lideradas pelo movimento piquetero, até as
mobilizações de trabalhadores, estudantes e mulheres. »
Somos, na França, representantes eleitos, advogados, médicos, ativistas
dos direitos humanos, ativistas e funcionários de organizações políticas,
sindicais, democráticas e associativas. Os mais velhos entre nós participamos
de campanhas de solidariedade com ativistas e democratas, “desaparecidos” e
reprimidos durante a ditadura militar na Argentina.
Acreditamos que é direito dos trabalhadores e dos
jovens na Argentina a organizarem-se e defenderem os seus direitos como bem
entenderem.
Portanto solicitamos solenemente às autoridades argentinas que levantem
imediatamente todos os processos judiciais contra ativistas e organizações dos trabalhadores
e populares, vítimas de buscas e investigações ilegais.
*Estes são os
parlamentares:
Romina
Del Plá (Partido Obrero) ; Nicolás Del Caño (Partido de los Trabajadores
Socialistas, PTS) ; Myriam Bregman (PTS) ; Alejandro Vilca (PTS) ; Christian
Castillo (PTS) ; Germán Martínez (Partido Justicialista) ; Juan Marino (Partido
Piquetero) ; Margarita Stolbizer (Generación para un Encuentro Nacional) ;
Andrea Freites (Partido Justicialista) ; Esteban Paulón (Partido Socialista) ;
Carolina Yutrovic (Partido Social Patagónico) ; Pablo Carro (Partido
Justicialista) ; Sabrina Selva (Unión por la Patria) ; Natalia Zaracho (Unión
por la Patria) ; Carlos Castagneto (Unión por la Patria).
Primeiros signatários:
Arnaud Albarede, syndicaliste enseignant (93) ;
Rodrigo Arenas, député LFI-NFP (75) ;
Assemblée des citoyens argentins en France (ACAF) ;
Patrick Audard, conseiller départemental de Côte-d'Or,
adjoint au maire de Chenôve (21) ;
Catherine Auffrait, syndicaliste Education nationale (77) ;
Marina Beatriz Sigvard, citoyenne argentine ayant vécu
sous la dictature ;
Michel Beckers, médecin retraité (95) ;
Halima Benchikh-Lehocine, enseignante-chercheuse à
l'Université, militante syndicaliste ;
Ralph Blindauer, avocat ;
Cécile Brandely, avocate ;
Sylvie Briard, militante PCF ;
Sylvie Bultez, syndicaliste Education nationale ;
Édouard Caboche, retraité de l'Education nationale,
syndicaliste, militant du PS ;
Charlotte Cambon, avocate ;
Guy Caussé, médecin humanitaire (38) ;
Grégoire Charlot, Maître de conférences à l'université
Grenoble Alpes ;
Océane Chotel, avocate ;
Alexis Corbière, député NFP (93) ;
Xavier Czapla, candidat LFI (47) ;
Stéphane Dauger, médecin hospitalo-universitaire ;
Hendrick Davi, député (13) ;
Jean Delarue, syndicaliste Education nationale (33) ;
Catherine Delarue, syndicaliste Education nationale (33) ;
Claire Delore, syndicaliste ;
David Di Benedetto, syndicaliste ;
Jean-Numa Ducange, historien ;
Claire Dujardin, avocate ;
Patrick Etesse, conseiller municipal (37) ;
Loïc Etesse, médecin ;
Dominique Ferré, Parti des travailleurs ;
Adrien Frantz, maître de conférences ;
Valérie Frémont, syndicaliste CGT (33) ;
Lydia Frentzel, militante syndicale CGT et élue écologiste
(13) ;
Jacques Gaillard, Parti des travailleurs (21) ;
Nadia Genet, documentariste ;
Jean-Christophe Giraud, avocat ;
Jean-Luc Giraud, avocat ;
Daniel Gluckstein, secrétaire national du Parti des
travailleurs ;
Dominique Gros, universitaire ;
Fabian Guenole, professeur de psychiatrie au CHU de Caen ;
Hafed Guerram, syndicaliste CGT, à titre personnel ;
Laurent Gutierez, co-secrétaire fédéral du PCF de Côted'Or ;
Monia Haddaoui, membre de la CE CGT Educ 13 ;
Nabil Hamam, membre du groupement départemental FO
de l'Yonne ;
Daniel Ibanez, cofondateur des rencontres annuelles des
lanceurs d'alerte (38) ;
Laurent Jacquemin, syndicaliste enseignant ;
Eric Jarry, syndicaliste (28) ;
Thierry Jumeaux, syndicaliste Sopronem (77) ;
Christel Keiser, secrétaire nationale du Parti des
travailleurs ;
Marc Lagier, médecin ;
Michel Lambert, conseiller municipal de Seurre (21) ;
Patrick Laz, journaliste et syndicaliste ;
François Le Forban, militant CGT ;
Patrice Leclerc, maire de Gennevilliers (92) ;
Bernard Lecuiller, maire adjoint Villy (89) ;
Jean-Christophe Leduc, avocat (28) ;
Tom Legendre, syndicaliste Aramis-auto (77) ;
Yohan Legout, syndicaliste Decrayeux DAD (77) ;
Murielle Lepvraud, députée des Côtes d'Armor ;
Xavier Lucas, journaliste ;
Dominique Maillot, secrétaire union locale FO de Dreux
(28) ;
Tristan Malle, journaliste et syndicaliste ;
Émilie Marche, conseillère régionale LFI Auvergne Rhône
Alpes ;
Jean-Jacques Marie, historien ;
Miguel Menendez, syndicaliste postier (33) ;
Reynald Millot, militant syndicaliste ;
Henriette Morand, Amnesty International (38) ;
Jonathan Muguet, membre du Groupement départemental
FO de l'Yonne ;
José Nicol, syndicaliste CGT-FAPT ;
Olivier Ortega-Jagneau, membre du groupement
départemental FO de l'Yonne ;
Reza Painchan, syndicaliste (93) ;
Louis Pillet, médecin ;
Sonia Plazolles, avocate ;
Pierre Olivier Poyard, membre du bureau national du
mouvement de la paix ;
Florence Poznanski, internationaliste et conférencière
gesticulante ;
Matthieu Randon, musicien, secrétaire de syndicat CGT ;
François Ruffin, député de la Somme; Aurélien Saintoul, député (92) ;
Daniel Salhorgne, Président du MRAP des Landes et
Président du mouvement de la paix de Mont-de-Marsan ;
Brigitte Soulat, retraitée de l'Education nationale, militante
Amnesty Internationale et LDH (33) ;
Aurélien Taché, député NFP (95) ;
Romain Telliez, professeur université Sorbonne Nouvelle ;
Étienne Tete, avocat ;
Maurice Tordjman, professeur et militant Université Paris
Nanterre ;
Cathy Van Ballaer, militante PCF ;
Marie-Pierre Viala, syndicaliste Education nationale (33) ;
Patrick Viannais ;
Frédéric Vincendon, Ligue des droits de l'homme (89) ;
Sandra Vulgaire, syndicaliste Transdev (77) ;
Jihad Wachill, militant associatif et pacifiste ;
Maximo Zamorano, militant.