Guilherme Giordano
O grau de cumplicidade do estado que envolveu o assassinato cruel de Moïse Kabagambe não tem par. A família do jovem congolês, segundo o canal Planeta Novo, foi comunicada somente 12 horas depois dessa covardia, e quando seus familiares chegaram no IML, os órgãos do seu corpo já haviam sido retirados.
Segundo o primeiro relato, o corpo de Moïse entrou como indigente no IML. A PM somente chegou mais de 2 horas no local, assim como a SAMU, e a polícia civil nega que o mesmo tenha entrado como indigente, enquanto claramente protege o gerente e o proprietário do estabelecimento.
Até o momento, apenas 3 capitães-do-mato foram ouvidos e presos. O principal agressor afirmou cinicamente que somente agiu junto com seus comparsas para, "defender um idoso que Moïse teria ameçado, supostamente."
Continuaremos na luta por pedir punição para todos os responsáveis e que uma Comissão Independente formado pelas Comunidades dos refugiados que vivem no Brasil e as organizações classistas dos trabalhadores seja formada para investigar a cumplicidade do aparato estatal e para-estatal com esse crime monstruoso.
- PELA PUNIÇÃO DE TODOS OS RESPONSÁVEIS PELO ASSASSINATO DE MOÏSE KABAGAMBE