AS MANIFESTAÇÕES DO DIA 29 SÃO UMA "VÁLVULA DE ESCAPE" CONVOCADAS PELAS BUROCRACIAS PARA DAR PROSSEGUIMENTO À PARALISIA DAS CENTRAIS SINDICAIS
QUE A CUT ROMPA COM SEU FRENTEPOPULISMO E SUA ELEITORALISTA PARALISIA
Os trabalhadores no Brasil estão sendo assolados pela pandemia do corona
vírus, que já se aproxima de meio milhão de mortos, oficialmente, além da fome,
do desemprego, do aumento vertiginoso de despejos e de moradores de rua, nos
grandes centros urbanos, inexistência de saneamento básico para amplas parcelas
da população que vivem em condições de moradia sub-humanas, além da escalada da
violência brutal estatal e paraestatal, como a promovida pelas milícias
bolsonaristas que impõem um regime de terror contra as massas
pauperizadas.
A violência contra as tribos indígenas e contra a maioria negra é
estimulada e impulsionada, desde o Palácio do Planalto, que se apoia numa
ínfima minoria de hordas de fascistas.
Essa deterioração das condições de vida das massas trabalhadoras é
resultado direto da crise capitalista mundial.
Pão e Vacinas passaram a ser reivindicações e verdadeiras palavras de
ordem contra o Capital e seus governos, no mundo inteiro.
O governo Bolsonaro é a expressão cabal de uma burguesia em decadência
que em nome do lucro se demonstra incapaz de evitar milhões de vidas ceifadas e
de contaminações pelo corona vírus e promove uma verdadeira devastação do meio
ambiente, como estamos assistindo na Amazônia com a exploração capitalista da
madeira.
A continuidade desse governo e do conjunto do regime político corrompido
até a medula converteu-se em risco de vida de milhões de seres humanos e risco
de destruição definitiva da própria natureza.
No 29M devemos sair as ruas contra o genocídio deliberado promovido pelo
governo Bolsonaro (o que a CPI da Pandemia que está em curso no Senado Federal
não conseguiu ocultar), contra o desemprego e a miséria que já atinge milhões
de trabalhadores, contra as privatizações que já estão em andamento no
Congresso Nacional, como a da Eletrobrás e da Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, contra a infame Reforma Administrativa que teve a PEC 32/2020 já
aprovada na Comissão de Constituição da Câmara Federal.
Só a classe trabalhadora pode dar uma solução progressista, isto é, que
não pode ser senão uma solução revolucionária para a crise do capitalismo.
Por isso, propomos em oposição à tentativa de canalizar o enorme
descontentamento e revolta dos trabalhadores para as eleições de 2022, que a
CUT, as demais centrais sindicais e os partidos de esquerda se mobilizem e
aprovem um programa baseado nas necessidades mais imediatas e urgentes dos
trabalhadores, que inclusive se crie um Plano de lutas que CONVOQUE Greve Geral
ativa pelo FORA BOLSONARO, MOURÃO E O CONJUNTO DO REGIME POLÍTICO.
Temos que desdobrar esta mobilização para que não fique apenas como uma
manobra ou como um grito isolado daqueles que justamente não querem e não
fizeram nada nestes anos para lutar contra o governo.
POR UM
GOVERNO DOS TRABALHADORES!