segunda-feira, 26 de abril de 2021

POR UM 1º DE MAIO CLASSISTA DOS TRABALHADORES

 

Passado mais de um ano do início da crise  agravada pela pandemia do COVID-19 que se converteu rapidamente em uma profunda crise humanitária atingindo questões sanitárias, de fome e de miséria e produzindo crises de regimes políticos em todo o mundo.

A crise atual é a maior crise capitalista da história, segundo o Financial Times, porta voz da burguesia imperialista. Tem sido por meio de repasses de trilhões de recursos públicos que os lucros dos grandes capitalistas foram mantidos e até aumentados no ano passado. O efeito colateral foi o aumento da inflação e a disparada dos preços das matérias primas, o que tem impactado diretamente nos salários dos trabalhadores.

Os salários e os direitos dos trabalhadores estão sendo degradados, sem falar que  há milhões de micro, pequenas e médias empresas  fechando ou prestes a quebrar.

A “saída” do capitalismo mundial para a brutal crise, que tem elevado os montantes de capitais fictícios a níveis estratosféricos, é a guerra, que implica em nova escala de destruição de forças produtivas. Enquanto não a iniciam, aplicam mais "neoliberalismo" e saques aos cofres públicos.

O 1º de maio de 2021, o Dia Internacional dos Trabalhadores  tem suas raízes socialistas nos primórdios do século passado e tendo sido historicamente um marco da luta classista no Brasil e no mundo.

A burguesia enquanto classe dominante está por detrás da política de genocídio deliberado do governo Bolsonaro, que já se aproxima de 400 mil mortes pelo COVID-19, é a mesma que está por detrás das alternativas de frente ampla que se apresentam para 2022.

O Congresso Nacional aprovou a semiprivatização do programa nacional de vacinação com o direito das empresas privadas adquirirem as vacinas sem que seja necessário doar todo o seu estoque ao sistema público de saúde. A defesa do SUS só pode se dar acompanhada da luta pela estatização da saúde com expropriação dos hospitais e clínicas e os planos privados de saúde, por um sistema de saúde 100% estatal sob controle dos trabalhadores.

Na Cúpula de Líderes sobre o Clima convocada por Joe Biden, nos EUA, Bolsonaro para agradar o imperialismo fez falsas promessas para logo depois cortar milhões no Orçamento para a fiscalização e o combate ao desmatamento. Um dirigente sindical da Associação Nacional dos Servidores do IBAMA denunciou que em 2020 mesmo com o orçamento destinado à Fiscalização e proteção ao meio ambiente já tendo sido barbaramente encolhido, nem sequer foi utilizado pelo governo Bolsonaro integralmente. Até o ministro do Meio ambiente do governo Bolsonaro viajou ao Pará para liberar madeira de desmatamento ilegal.

A outra tentativa de saída do capital passa por uma nova etapa de privatização das empresas estatais que ainda restam, que no Rio Grande do Sul escandalosamente foi o pontapé inicial com a entrega do que restava da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, a troco de banana, pelo valor de todo o ativo e patrimônio da empresa por R$ 100 mil. O governo Bolsonaro já enviou para o Congresso Nacional os projetos de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e da Eletrosul e querem regime de urgência para a entrega dessas empresas.

Há 25 anos da chacina dos sem-terras em Eldorado dos Carajás, no Pará, sob os auspícios dos governos federal de FHC e estadual de Almir Gabriel, ambos do PSDB, a CUT, a CTB, a Intersindical junto com outras centrais sindicais diretamente ligados aos patrões e à direita convocaram um ato para o 1º de Maio aonde estarão no mesmo palanque Lula, Dilma, Boulos, Flávio Dino, Marina Silva, Ciro Gomes, João Dória, FHC e outros representantes do capital e direitistas, como o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira do PP de Alagoas e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco do DEM de Minas Gerais.

Uma frente ampla sem limites à direita, do PT, PC do B, PSOL, PDT, REDE, PSDB, PP, DEM tendo a burocracia sindical da CUT e as demais centrais a função de dar um verniz “classista” no ato do 1º de maio, que deveria ser justamente  para se contrapor aos  interesses patronais e do grande capital nacional e internacional.

 O 1º de Maio  deve continuar sendo um dia da classe trabalhadora do mundo inteiro para protestar e lutar contra a enorme exploração e miséria em que estamos afundando a cada dia que passa.

Convocamos todas as organizações e agrupamentos operários independentes a constituir uma frente única de luta por um 1º de Maio internacionalista, operário, revolucionário e socialista, que levante a defesa das necessidades mais prementes dos trabalhadores.

Dentre elas e para começar a Constituição de um Comitê Independente dos trabalhadores para centralizar a luta pelo combate à pandemia, por um programa de vacinação em massa e imediato, por uma investigação realizada por esse Comitê sobre os efeitos colaterais graves e sobre a agressão à soberania nacional imposta pelos monopólios, contra a redução dos salários e a suspensão dos contratos, pela redução da jornada de trabalho nos setores vitais como a saúde e alimentação sem redução dos salários.

Pela redução da jornada de trabalho para garantir emprego para os trabalhadores e uma verdadeira quarentena para os trabalhadores, que dure pelo menos 60 dias para liquidar com o ciclo de reprodução do vírus da Covid. 

O governo deve viabilizar ajuda digna para todos os trabalhadores que não encontrarem trabalho, pelo recebimento de proventos que lhes garantam a sobrevivência durante o período, da mesma maneira que em março de 2019 repassou prontamente R$ 1,250 trilhões aos bancos.

Pela imediata ruptura de pagamento da fraudulenta dívida pública, não às privatizações, colocar as estatais sob controle dos trabalhadores, reestatização de todas as empresas estatais que foram privatizadas sob controle dos trabalhadores e a estatização do sistema financeiro e do comércio exterior. Esses processos também devem ser controlados pelo Comitê Independente de Trabalhadores.

Não ao genocídio, à escravidão, à fome e à miséria que assolam os trabalhadores

Por um Congresso de bases com delegados eleitos nos locais de trabalho, moradia e estudo, para discutir e aprovar um programa e um Plano de Lutas que coloque na ordem do dia a organização dos trabalhadores contra o massacre generalizado, na direção de uma verdadeira GREVE GERAL que seja capaz de desenvolver as lutas e generalizá-las, para colocar abaixo o governo genocida de Bolsonaro/Mourão, que neste momento representa todo o regime político a serviço dos grandes capitalistas.

- Fora Bolsonaro, Mourão e Generais!

- Renda básica de sobrevivência para todos os desempregados!

- Não à entrega de nossas estatais para o capital privado!

- Reestatização sem indenização das empresas que foram privatizadas no Brasil!

- Anulação das reformas previdenciária e trabalhista!

- Revolução agrária com terra para os camponeses e para quem quiser plantar!

- Proibição dos agrotóxicos no Brasil!

- Não pagamento da dívida pública e audiência pública independente dela!

- Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo

Convocam: