Passado mais
de um ano do início da crise agravada pela
pandemia do COVID-19 que se converteu rapidamente em uma profunda crise
humanitária atingindo questões sanitárias, de fome e de miséria e produzindo crises de regimes políticos em todo o mundo.
A crise atual é a maior crise capitalista da
história, segundo o Financial Times, porta voz da burguesia imperialista. Tem
sido por meio de repasses de trilhões de recursos públicos que os lucros dos
grandes capitalistas foram mantidos e até aumentados no ano passado. O efeito
colateral foi o aumento da inflação e a disparada dos preços das matérias
primas, o que tem impactado diretamente nos salários dos trabalhadores.
Os salários e os direitos dos trabalhadores estão sendo degradados, sem falar que há
milhões de micro, pequenas e médias empresas fechando ou prestes a quebrar.
A “saída” do capitalismo mundial para a brutal
crise, que tem elevado os montantes de capitais fictícios a níveis
estratosféricos, é a guerra, que implica em nova escala de destruição de forças
produtivas. Enquanto não a iniciam, aplicam mais "neoliberalismo" e saques aos
cofres públicos.
O 1º de maio de 2021, o Dia Internacional dos Trabalhadores tem suas raízes socialistas nos primórdios do
século passado e tendo sido historicamente um marco da luta classista no Brasil e no mundo.
A burguesia enquanto classe dominante está por
detrás da política de genocídio deliberado do governo Bolsonaro, que já se
aproxima de 400 mil mortes pelo COVID-19, é a mesma que está por detrás das
alternativas de frente ampla que se apresentam para 2022.
O Congresso Nacional aprovou a semiprivatização
do programa nacional de vacinação com o direito das empresas privadas
adquirirem as vacinas sem que seja necessário doar todo o seu estoque ao
sistema público de saúde. A defesa do SUS só pode se dar acompanhada da luta
pela estatização da saúde com expropriação dos hospitais e clínicas e os planos
privados de saúde, por um sistema de saúde 100% estatal sob controle dos
trabalhadores.
Na Cúpula de Líderes sobre o Clima convocada por
Joe Biden, nos EUA, Bolsonaro para agradar o imperialismo fez falsas promessas
para logo depois cortar milhões no Orçamento para a fiscalização e o combate ao
desmatamento. Um dirigente sindical da Associação Nacional dos Servidores do
IBAMA denunciou que em 2020 mesmo com o orçamento destinado à Fiscalização e
proteção ao meio ambiente já tendo sido barbaramente encolhido, nem sequer foi
utilizado pelo governo Bolsonaro integralmente. Até o ministro do Meio ambiente
do governo Bolsonaro viajou ao Pará para liberar madeira de desmatamento
ilegal.
A outra tentativa de saída do capital passa por
uma nova etapa de privatização das empresas estatais que ainda restam, que no
Rio Grande do Sul escandalosamente foi o pontapé inicial com a entrega do que
restava da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, a troco de banana,
pelo valor de todo o ativo e patrimônio da empresa por R$ 100 mil. O governo
Bolsonaro já enviou para o Congresso Nacional os projetos de privatização da
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e da Eletrosul e querem regime de urgência
para a entrega dessas empresas.
Há 25 anos da chacina dos sem-terras em Eldorado
dos Carajás, no Pará, sob os auspícios dos governos federal de FHC e estadual
de Almir Gabriel, ambos do PSDB, a CUT, a CTB, a Intersindical junto com outras
centrais sindicais diretamente ligados aos patrões e à direita convocaram um ato para
o 1º de Maio aonde estarão no mesmo palanque Lula, Dilma, Boulos, Flávio Dino,
Marina Silva, Ciro Gomes, João Dória, FHC e outros representantes do capital e
direitistas, como o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira do PP de Alagoas e
o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco do DEM de Minas Gerais.
Uma frente ampla sem limites à direita, do PT,
PC do B, PSOL, PDT, REDE, PSDB, PP, DEM tendo a burocracia sindical da CUT e as
demais centrais a função de dar um verniz “classista” no ato do 1º de maio, que
deveria ser justamente para se contrapor
aos interesses patronais e do grande
capital nacional e internacional.
O 1º de
Maio deve continuar sendo um dia da
classe trabalhadora do mundo inteiro para protestar e lutar contra a enorme exploração
e miséria em que estamos afundando a cada dia que passa.
Convocamos todas as organizações e agrupamentos
operários independentes a constituir uma frente única de luta por um 1º de Maio
internacionalista, operário, revolucionário e socialista, que levante a defesa
das necessidades mais prementes dos trabalhadores.
Dentre elas e para começar a Constituição de um
Comitê Independente dos trabalhadores para centralizar a luta pelo combate à
pandemia, por um programa de vacinação em massa e imediato, por uma
investigação realizada por esse Comitê sobre os efeitos colaterais graves e
sobre a agressão à soberania nacional imposta pelos monopólios, contra a redução
dos salários e a suspensão dos contratos, pela redução da jornada de trabalho
nos setores vitais como a saúde e alimentação sem redução dos salários.
Pela redução da jornada de trabalho para garantir emprego para os trabalhadores e uma verdadeira quarentena para os trabalhadores, que dure pelo menos 60 dias para liquidar com o ciclo de reprodução do vírus da Covid.
O governo deve viabilizar ajuda digna para todos
os trabalhadores que não encontrarem trabalho, pelo recebimento de proventos que lhes garantam a sobrevivência durante o período, da mesma maneira que em março de 2019
repassou prontamente R$ 1,250 trilhões aos bancos.
Pela imediata ruptura de pagamento da
fraudulenta dívida pública, não às privatizações, colocar as estatais sob
controle dos trabalhadores, reestatização de todas as empresas estatais que
foram privatizadas sob controle dos trabalhadores e a estatização do sistema
financeiro e do comércio exterior. Esses processos também devem ser controlados
pelo Comitê Independente de Trabalhadores.
Não ao genocídio, à escravidão, à fome e à
miséria que assolam os trabalhadores
Por um Congresso de bases com delegados eleitos
nos locais de trabalho, moradia e estudo, para discutir e aprovar um programa e
um Plano de Lutas que coloque na ordem do dia a organização dos trabalhadores
contra o massacre generalizado, na direção de uma verdadeira GREVE GERAL que
seja capaz de desenvolver as lutas e generalizá-las, para colocar abaixo o
governo genocida de Bolsonaro/Mourão, que neste momento representa todo o
regime político a serviço dos grandes capitalistas.
- Fora Bolsonaro, Mourão e Generais!
- Renda básica de sobrevivência para todos os
desempregados!
- Não à entrega de nossas estatais para o capital
privado!
- Reestatização sem indenização das empresas que foram privatizadas no
Brasil!
- Anulação das reformas previdenciária e trabalhista!
- Revolução agrária com terra para os camponeses e para
quem quiser plantar!
- Proibição dos agrotóxicos no Brasil!
- Não pagamento da dívida pública e audiência pública
independente dela!
- Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo
Convocam: