É nos marcos de um agravamento da crise capitalista mundial que acelerou o seu metabolismo por conta da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, o qual desencadeou uma crise humanitária sem precedentes, e na qual o Brasil passou a ser o epicentro mundial dessa crise, perpassando a marca de mais de 3 mil mortos por dia, o que significa uma média de 2 óbitos por minuto, atingindo um total de quase 300 mil mortes, sem considerar as subnotificações, que ocorrerá a Plenária Estadual da CSP/CONLUTAS, no Rio Grande do Sul.
O governo de Eduardo
Leite é o outro lado da moeda do bolsonarismo, e o único “programa” que tem é
tentar insistentemente enviar a comunidade escolar para a contaminação do novo
coronavírus como todos os outros governadores, sem exceção, e montar uma lista
de empresas estatais gaúchas para entregar para seus amigos, que já parasitam
nas mesmas historicamente, mas que agora diante da crise mundial do capitalismo
não necessitam mais da intermediação estatal, e como abutres estão aguardando o
leilão da CORSAN, do que restou da CEEE, BANRISUL, PROCERGS, SULGÁS E CRM.
Uma nova cepa do
COVID-19 manifestou-se drasticamente em Manaus e se espalhou por todo o Estado
do Amazonas e a região norte. Hoje, o país inteiro se vê assolado pela
disseminação dessa nova cepa e a deliberada e criminosa falta de oxigênio, do kit
de intubação, de leitos de UTI, de ambulâncias, de testes preventivos, de uma infraestrutura
básica para enfrentar a pandemia, combina-se com uma política não menos
criminosa em relação à vacinação em massa da população, que já sofria antes da
pandemia tendo agravado este sofrimento com a inexistência de saneamento básico
(grande parte da população não tem acesso sequer a água potável), com o desemprego
que está batendo níveis recordes, condições precárias ou inexistentes de
moradia, com aumento dos moradores de rua, por conta do aumento vertiginoso dos
despejos promovidos pela mão assassina do estado capitalista garantidor da acumulação
do capital através da infame especulação imobiliária, enfim do aumento da
miséria crescente para a maioria, que são os trabalhadores, e por outro lado,
do aumento da acumulação capitalista para um punhado de capitalistas do
agronegócio, dos banqueiros, dos monopólios privados da indústria farmacêutica
e laboratórios fabricantes de vacinas, da rede privada de rapina no setor de
saúde (planos de saúde, hospitais e clínicas privadas, que não poderiam ter
outro tratamento a não ser a sua requisição com expropriação de todo o seu
patrimônio e infraestrutura que foi construída através de um parasitismo e
financiamento estatal).
Os trabalhadores e suas
organizações de luta devem tomar como deliberação política a construção de um
Comitê Nacional independente que centralize a luta contra o genocídio promovido
deliberadamente pelo governo Bolsonaro/Mourão, e pelo conjunto do regime
político, que se converteu em uma superestrutura de socorro do grande capital e
dos seus lucros.
Um Plano de Lutas
emergencial nesse momento dos trabalhadores não pode fazer nenhuma concessão
para um regime político inteiro de genocidas que não possui outra coisa a
oferecer senão as valas coletivas comuns, os containers e caminhões frigoríficos
para empilhar nossos mortos, e em muitos casos, como em Brasília, em plena
capital do país, corpos enrolados em lençóis jogados nos corredores dos hospitais.
A burguesia, por um lado,
comemora o novo Marco do Gás com a quebra do monopólio estatal da Petrobrás e o
novo Marco do Saneamento básico que permitirá o investimento do capital privado
nacional e internacional nos dois setores, buscando uma saída para o capital,
em detrimento dos interesses dos trabalhadores.
Por outro lado, há 30
anos do nascimento do MERCOSUL, a tentativa de unificação por parte dos de cima
através do livre-comércio e da suposta intenção de se opor aos interesses do
imperialismo é um completo fracasso, diante de burguesias totalmente submissas
e que se dispõe a serem no máximo sócias ultraminoritárias e serviçais do grande
capital internacional. Somente a luta pela UNIDADE SOCIALISTA DA AMÉRICA LATINA
pode dar uma saída progressiva para os povos oprimidos do continente.
Nesse sentido fazemos um
chamado aos participantes desta Plenária Estadual da CSP/CONLUTAS a se
incorporarem às discussões da necessidade urgente do chamado do Partido Obrero
da Argentina pela realização da II Conferência Latinoamericana e dos EUA que
visa canalizar e centralizar as rebeliões em curso continental dos
trabalhadores baseado numa estratégia socialista de luta por governos de
trabalhadores.
O governo genocida de
Bolsonaro/Mourão acaba de aprovar no antro de bolsonaristas e colaboradores do
bolsonarismo, que é o Congresso Nacional, 22% do orçamento nacional para o ano
de 2021 destinado para as forças armadas, demonstrando que a saúde da população
nesse momento crucial não possui nenhum valor frente aos aparatos parasitários
de repressão. Essa é uma medida que visa preventivamente assegurar a repressão
estatal contra a enorme insatisfação dos trabalhadores que estão perdendo seus
familiares em uma situação insuportável e uma tendência latente de rebelião
popular.
Para aprovar um
miserável “auxílio emergencial”, o governo com a cumplicidade do Congresso
Nacional aprovou uma PEC vinculando esta medida que é um verdadeiro deboche com
aqueles milhões de trabalhadores que estão sofrendo na rua da amargura com o desemprego, subemprego, etc.
com um brutal ataque às condições de vida da maioria dos servidores públicos
federais, estaduais e municipais, que assistirão derreter o seu poder
aquisitivo com um congelamento salarial previsto para daqui a 15 anos.
Como se não bastasse, o
pinochetista Paulo Guedes prepara medidas mais monstruosas ainda como
encaminhamento definitivo do fim do seguro-desemprego, benefício esse que
deveria ser ampliado numa escala geométrica frente ao aumento vertiginoso do
número de desempregados no país.
Propomos como resolução
política desta Plenária Estadual a aprovação de um indicativo para os sindicatos
de bases em todo o país da realização de um Congresso de bases dos
trabalhadores da cidade e do campo com delegados eleitos nos locais de
trabalho, moradia e estudo, visando colocar as organizações operárias e
populares em um processo de deliberação política que parta de um programa em
defesa das nossas necessidades mais prementes a começar contra o genocídio em
curso no país provocado pelo governo genocida de Bolsonaro/Mourão frente à
pandemia e de um Plano de Lutas que coloque na ordem do dia a GREVE GERAL para
colocar abaixo um governo e todo um regime político de genocidas para lutar por
um governo próprio da classe trabalhadora, pela vida, e não pelo lucro.
AGRUPAMENTO
TRIBUNA CLASSISTA