Por Rui Antunes
A concentração de renda é tanta que está estourando nos
presídios com a marginalidade criada pelo próprio Estado, sem que as
autoridades levassem a sério a questão da pobreza no Brasil.
Leonardo da Vinci, pintor, escultor, cientista e engenheiro italiano, que nasceu em 1452 viveu em Vinci ,Toscana e morreu em 1519, falava em seus textos que iríamos chegar no século 21 com grandes aglomerados de pessoas em favelas em condições de extrema pobreza por falta de planejamento nas grandes cidades. Um pouco mais de 560 anos depois, confirma-se a preocupação de alguns cientistas da época.
No Brasil por exemplo, a falta de planejamento nas grandes metrópoles e a falta de trabalho, educação e geração de renda dos que vivem em condição de vulnerabilidade, faz com que o sistema marginalize quem realmente precisa. Há “miles” de latifúndios sem produzir nada, muitas vezes ocupado por estrangeiros e sonegadores de impostos, as multinacionais continuam remetendo bilhões de dólares para o exterior sem pagar um tributo sequer, inúmeras facilidades são concedidas a banqueiros e grandes empresas. No campo, 1% dos proprietários detém 43% de terras, mas o imposto territorial rural recolhe míseros 0.04% de todo o montante arrecadado com os impostos.
A reforma agrária é indispensável como forma de distribuição de renda, trabalho e produção de alimentos, com a educação do campo como forma de incentivar os trabalhadores a melhorarem a qualidade de vida com suas famílias através de distribuição de sementes e máquinas e não favela rural.