segunda-feira, 5 de março de 2018

CONVOCADO O 25º CONGRESSO DO PARTIDO OBRERO DA ARGENTINA E A CONFERÊNCIA INTERNACIONAL







Entre os dias 29/03 e 07/04, ocorrerão em Buenos Aires diversas atividades políticas da maior magnitude para a militância revolucionária que busca o caminho da emancipação social e política do sistema capitalista em sua etapa senil, de total decadência, no que diz respeito aos destinos da humanidade.


O nosso agrupamento, TRIBUNA CLASSISTA, que atua no Brasil na condição de simpatizante e militante da CRQI – Coordenação pela Refundação da Quarta Internacional foi convidado para participar dessas relevantes atividades do ponto de vista dos interesses imediatos e históricos dos trabalhadores. Sentimos-nos orgulhosos por termos sido convidados e na condição de um pequeno agrupamento político que modestamente procura encontrar uma fisionomia política própria baseado nas ideias centrais do Programa de Transição de León Trotsky iremos participar com uma delegação de militantes que atuam em alguns estados do país. A premissa de que a crise da humanidade reside na crise da direção do proletariado no Brasil se manifesta à luz do dia na crise da direção frente populista do PT e da CUT, que estende seus tentáculos nas organizações de massas como o MST e a maioria dos movimentos sem-tetos, bem como nas organizações de negros, mulheres e da juventude e arrasta pequenos agrupamentos e partidos para o pântano da colaboração de classes.


Os que entendem que a responsabilidade por este enorme retrocesso que os trabalhadores estão sofrendo com as medidas que foram tomadas pelo governo golpista de Temer, e que se aprofundam com a tendência da militarização a se estender para todo o país, não é daqueles que usurparam as organizações dos trabalhadores e impuseram a política estratégica de conciliação de classes, facilitando e pavimentando inclusive o caminho para o golpe de estado, e possivelmente agora para o golpe dentro do golpe, ou por um autogolpe comandado pelo próprio “vampiro” Temer, QUE SEJAM ABANDONADOS À SUA PRÓPRIA SORTE! Pois já abandonaram há muito tempo a premissa número um do Programa de Transição, não podem mais falar em nome do trotskismo, a não ser em seu próprio nome, em nome de seus interesses particulares.


Do dia 29/03 ao dia 01/04, quinta, sexta, sábado e domingo,  acontecerá o 25º Congresso do Partido Obrero nos marcos de um enfrentamento com o governo Macri que há pouco tempo acabou de aprovar a reforma previdenciária no Congresso Nacional e está promovendo uma verdadeira declaração de guerra contra o conjunto dos explorados no país vizinho. O Partido Obrero, que concebe e desenvolve a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores – FIT, como uma frente única dos trabalhadores, em todos os terrenos da luta de classes, com um programa de independência política dos trabalhadores, tanto frente à direita que está no governo, como ao nacionalismo burguês em decomposição, expresso na figura de Cristina Kirchner,  tem participado como protagonista de diversas lutas, o que ocasionou uma onda de repressão e prisões de seus militantes políticos.


Nos dias 02 e 03/04, segunda e terça-feira ocorrerá a Conferência Internacional convocada pelo DIP (Turquia), EEK (Grécia), PT (Uruguai) e o PO (Argentina). Foram convidadas organizações operárias e socialistas e agrupamentos combativos de diferentes países. O propósito é desenvolver um debate acerca das perspectivas do período atual e as responsabilidades e tarefas que nos cabem aos que lutamos pela transformação revolucionária do regime de decadência do capitalismo. A Conferência se desenvolverá em um cenário internacional convulsivo, caracterizado pela crise capitalista mundial, desequilíbrios políticos crescentes, aumento da guerra comercial e financeira, com incremento das guerras imperialistas, crise dos mais variados regimes políticos e tendências à rebelião popular.


No dia 07/04, sábado, será realizado um multitudinário ato de encerramento.


Entre a Conferência e o Ato de encerramento também se organizarão palestras públicas em províncias e localidades diversas para levar as posições internacionalistas à vanguarda operária e juvenil.


As organizações que convocam a Conferência Internacional se colocam no terreno da reconstrução da IV Internacional   e entendem que está na ordem do dia a necessidade de uma ação internacional comum da classe operária e a reconstrução de uma internacional socialista revolucionária. Partem da caracterização  da decadência histórica do capitalismo e da crise da humanidade que é sua consequência. Frente à caducidade do reformismo e em oposição  à colaboração de classes, sustentam que a saída a esta crise da humanidade transita pela ação histórica independente do proletariado, o governo dos trabalhadores e a revolução socialista internacional. Por este motivo, é caracterizada que a persistência desta crise da humanidade obedece a uma crise da direção das massas que se rebelam contra o capital sem solução de continuidade. É uma questão decisiva nesta etapa de aguda crise mundial e de rebeliões populares. O reformismo e o stalinismo foram os responsáveis históricos e os agentes políticos do maior retrocesso que sofreu historicamente a classe operária, tendo como referência a degeneração dos estados emergentes das revoluções sociais do século passado e restauração capitalista posterior.


É desse campo político que propugnam uma ação comum internacional com todas as expressões de luta e de combate que buscam seu lugar  na classe operária e nas massas. É nesse sentido estimulada a clarificação de posições políticas e de programas, para se chegar a reivindicações definidas e a uma verificação comum do resultado da luta. O desafio a ser enfrentado é de uma transição política de crises capitalistas e guerras imperialistas, por um lado, e de resistência tanto difusa, como aberta dos explorados, e de rebeliões das massas trabalhadoras. Uma transição que leva a situações pré-revolucionárias e revolucionárias.


A Conferência Internacional será, sem dúvidas, um fórum de debates e de conhecimento e clarificação recíprocos. Marcará, neste sentido, novos avanços no caminho de desenvolver partidos operários e revolucionários. Mas deve cumprir, sobretudo, com o dever de unir as forças que participarem dela em um plano de ação. A experiência comum na luta é uma condição e um motor da unidade política. O êxito da Conferência ficará assinalado pelos avanços que conseguirmos neste propósito.


A agenda da Conferência Internacional contemplará o debate de resoluções políticas, por parte das diferentes delegações, para adotar, em conjunto, iniciativas de ação comum em torno às questões mais importantes. Será uma conferência aberta; o propósito é verificar experiências e conclusões que permitam enriquecer uma ação verdadeiramente internacionalista.


- Pelo fim das guerras imperialistas e reacionárias mediante a unidade na luta do proletariado e as massas de todo o mundo!

- Contra a miséria social crescente do capital e seus assassinatos cotidianos, é feito um chamado a lutar pela derrota da burguesia e o poder dos trabalhadores, para por em pé uma sociedade socialista internacional!