Entre os dias 29/03 e 07/04, ocorrerão em Buenos Aires diversas
atividades políticas da maior magnitude para a militância revolucionária que
busca o caminho da emancipação social e política do sistema capitalista em sua
etapa senil, de total decadência, no que diz respeito aos destinos da
humanidade.
O nosso agrupamento, TRIBUNA CLASSISTA, que atua no Brasil
na condição de simpatizante e militante da CRQI – Coordenação pela Refundação
da Quarta Internacional foi convidado para participar dessas relevantes atividades
do ponto de vista dos interesses imediatos e históricos dos trabalhadores.
Sentimos-nos orgulhosos por termos sido convidados e na condição de um pequeno
agrupamento político que modestamente procura encontrar uma fisionomia política
própria baseado nas ideias centrais do Programa de Transição de León Trotsky
iremos participar com uma delegação de militantes que atuam em alguns estados
do país. A premissa de que a crise da humanidade reside na crise da direção do
proletariado no Brasil se manifesta à luz do dia na crise da direção frente
populista do PT e da CUT, que estende seus tentáculos nas organizações de
massas como o MST e a maioria dos movimentos sem-tetos, bem como nas organizações de
negros, mulheres e da juventude e arrasta pequenos agrupamentos e partidos para
o pântano da colaboração de classes.
Os que entendem que a responsabilidade por este enorme
retrocesso que os trabalhadores estão sofrendo com as medidas que foram tomadas
pelo governo golpista de Temer, e que se aprofundam com a tendência da
militarização a se estender para todo o país, não é daqueles que usurparam as
organizações dos trabalhadores e impuseram a política estratégica de
conciliação de classes, facilitando e pavimentando inclusive o caminho para o
golpe de estado, e possivelmente agora para o golpe dentro do golpe, ou por um
autogolpe comandado pelo próprio “vampiro” Temer, QUE SEJAM ABANDONADOS À SUA
PRÓPRIA SORTE! Pois já abandonaram há muito tempo a premissa número um do
Programa de Transição, não podem mais falar em nome do trotskismo, a não ser em
seu próprio nome, em nome de seus interesses particulares.
Do dia 29/03 ao dia 01/04, quinta, sexta, sábado e
domingo, acontecerá o 25º Congresso do
Partido Obrero nos marcos de um enfrentamento com o governo Macri que há pouco
tempo acabou de aprovar a reforma previdenciária no Congresso Nacional e está promovendo
uma verdadeira declaração de guerra contra o conjunto dos explorados no país
vizinho. O Partido Obrero, que concebe e desenvolve a Frente de Esquerda e dos
Trabalhadores – FIT, como uma frente única dos trabalhadores, em todos os
terrenos da luta de classes, com um programa de independência política dos
trabalhadores, tanto frente à direita que está no governo, como ao nacionalismo
burguês em decomposição, expresso na figura de Cristina Kirchner, tem participado como protagonista de diversas
lutas, o que ocasionou uma onda de repressão e prisões de seus militantes
políticos.
Nos dias 02 e 03/04, segunda e terça-feira ocorrerá a
Conferência Internacional convocada pelo DIP (Turquia), EEK (Grécia), PT
(Uruguai) e o PO (Argentina). Foram convidadas organizações operárias e
socialistas e agrupamentos combativos de diferentes países. O propósito é
desenvolver um debate acerca das perspectivas do período atual e as
responsabilidades e tarefas que nos cabem aos que lutamos pela transformação
revolucionária do regime de decadência do capitalismo. A Conferência se
desenvolverá em um cenário internacional convulsivo, caracterizado pela crise
capitalista mundial, desequilíbrios políticos crescentes, aumento da guerra
comercial e financeira, com incremento das guerras imperialistas, crise dos
mais variados regimes políticos e tendências à rebelião popular.
No dia 07/04, sábado, será realizado um multitudinário ato
de encerramento.
Entre a Conferência e o Ato de encerramento também se
organizarão palestras públicas em províncias e localidades diversas para levar
as posições internacionalistas à vanguarda operária e juvenil.
As organizações que convocam a Conferência Internacional se
colocam no terreno da reconstrução da IV Internacional e entendem que está na ordem do dia a
necessidade de uma ação internacional comum da classe operária e a reconstrução
de uma internacional socialista revolucionária. Partem da caracterização da decadência histórica do capitalismo e da
crise da humanidade que é sua consequência. Frente à caducidade do reformismo e
em oposição à colaboração de classes,
sustentam que a saída a esta crise da humanidade transita pela ação histórica
independente do proletariado, o governo dos trabalhadores e a revolução
socialista internacional. Por este motivo, é caracterizada que a persistência
desta crise da humanidade obedece a uma crise da direção das massas que se
rebelam contra o capital sem solução de continuidade. É uma questão decisiva
nesta etapa de aguda crise mundial e de rebeliões populares. O reformismo e o
stalinismo foram os responsáveis históricos e os agentes políticos do maior
retrocesso que sofreu historicamente a classe operária, tendo como referência a
degeneração dos estados emergentes das revoluções sociais do século passado e
restauração capitalista posterior.
É desse campo político que propugnam uma ação comum
internacional com todas as expressões de luta e de combate que buscam seu
lugar na classe operária e nas massas. É
nesse sentido estimulada a clarificação de posições políticas e de programas,
para se chegar a reivindicações definidas e a uma verificação comum do
resultado da luta. O desafio a ser enfrentado é de uma transição política de
crises capitalistas e guerras imperialistas, por um lado, e de resistência
tanto difusa, como aberta dos explorados, e de rebeliões das massas
trabalhadoras. Uma transição que leva a situações pré-revolucionárias e
revolucionárias.
A Conferência Internacional será, sem dúvidas, um fórum de
debates e de conhecimento e clarificação recíprocos. Marcará, neste sentido,
novos avanços no caminho de desenvolver partidos operários e revolucionários.
Mas deve cumprir, sobretudo, com o dever de unir as forças que participarem
dela em um plano de ação. A experiência comum na luta é uma condição e um motor
da unidade política. O êxito da Conferência ficará assinalado pelos avanços que
conseguirmos neste propósito.
A agenda da Conferência Internacional contemplará o debate
de resoluções políticas, por parte das diferentes delegações, para adotar, em
conjunto, iniciativas de ação comum em torno às questões mais importantes. Será
uma conferência aberta; o propósito é verificar experiências e conclusões que
permitam enriquecer uma ação verdadeiramente internacionalista.
- Pelo fim das guerras imperialistas e reacionárias mediante
a unidade na luta do proletariado e as massas de todo o mundo!
- Contra a miséria social crescente do capital e seus
assassinatos cotidianos, é feito um chamado a lutar pela derrota da burguesia e
o poder dos trabalhadores, para por em pé uma sociedade socialista
internacional!