Artigas
A situação se repete nos quatro cantos do país, no campo e
na cidade, afetando ainda mais quem vive na área rural. Uma pesquisa divulgada
pela Food for Justice,
um instituto de estudos latino-americano, o qual analisou os efeitos da pandemia do Covid-19 sobre a alimentação da população brasileira e constatou
que a região Norte do Brasil é a segunda com mais pessoas em situação de
insegurança alimentar, atingindo 67%, ficando atrás somente do Nordeste onde 73,1% da
população foi afetada. O sul do país, especificamente o estado de Santa Catarina possui 10% da população passando fome. As maiores cidades de Santa
Catarina têm 71 mil pessoas na extrema pobreza.
O Brasil atingiu 10% da população que está na extrema
pobreza, num total que chega a 213,3 milhões de brasileiros, o qual corresponde a 21,3 milhões de seres humanos.
Estima-se que 60 milhões de brasileiros dependam da
solidariedade para se alimentar durante a pandemia. Uma das campanhas de maior abrangência é a Periferia Viva, organizada por militantes de organizações como o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento de Trabalhadoras
e Trabalhadores por Direitos (MTD) e o Levante Popular da
Juventude.
Em um ano, o “prato feito” subiu praticamente o triplo da
inflação, segundo um levantamento feito por Matheus Peçanha, pesquisador e
economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV
IBRE): 22,57% no acumulado de 12 meses diante de 8,75% do Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) no mesmo período.
Nesta conta, entre os que tiveram uma alta no preço, estão
arroz (37,5%), tomate (37,24%), carne bovina (32,69%), frango inteiro (22,73%),
feijão preto (18,46%), ovos (13,5%) e alface (9,74%). Paralelamente, o Brasil
tem 14,8 milhões de desempregados.
O mergulho do país e dos Estados na crise
econômica, por diversos fatores internos e externos,
impulsionado ainda mais pela política de austeridade fiscal introduzida
pelo capital. Foram fechados milhares de postos de trabalho
formal durante longos anos, e na pandemia esse quadro agravou-se muito mais, entre 2020 e 2021. Com isso a desigualdade
de renda do trabalho no Brasil aumentou assustadoramente. Com isso a fome e a
pobreza estão reinando em nosso país. Vivemos em um Brasil de fome; enquanto uma
parcela da população faz ‘home office’, uma outra parcela passa fome em casa.
Nosso pais é um celeiro, devido à nossa produção agrícola; mesmo assim, o povo passa fome; o problema é desse governo genocida de Bolsonaro,
que trabalha na ótica do capital, e há exploração em todas as áreas
imagináveis. Essa realidade criada, não de agora, é devido ao sistema de exploração capitalista.
É por isso que nós defendemos o fim de sistema capitalista,
rumo ao socialismo. Por um governo dos trabalhadores do campo e da cidade.