SERGIO MIGUEL SOUZA DA COSTA
Dia 17/08/2020 houve assembleia dos trabalhadores
dos Correios nos 36 sindicatos, que
estão organizados em todos os Estados brasileiros, para decretar a greve
nacional por tempo indeterminado.
O fato das “rusgas” da FINTECT e
FENTECT terem “desunido” a categoria influenciou muito a dilapidação da empresa,
por parte de todos os governos passados. Estas “discórdias” do “dividir para
reinar”.
Deveria haver apenas uma federação única
dos trabalhadores dos Correios, ou mesmo um sindicato único nacional, correspondente
a um único patrão, que é o governo federal, para fortalecer a categoria.
O enfraquecimento da categoria começou
por ai: contra a unidade dos trabalhadores, ocorreram verdadeiras sabotagens de
greves que deixavam os trabalhadores confusos.
Pelos últimos acontecimentos
políticos está pela ordem do dia uma reação a este governo, de cunho fascistoide,
o qual quer tirar todos os direitos conquistados nos últimos 30 anos em uma tacada
só (inclusive os dos sindicatos), e privatizar a empresa. Estes direitos foram conquistado em duras lutas de greves, pois
é só na luta que se consegue alguma coisa.
As duas federações foram obrigadas a
se unirem e tirar uma única data da greve, onde vários sindicatos fariam
assembleias neste dia com os trabalhadores do turno. da noite, a partir das 22hs, horário da “pegada” do dia
17/8, dia da greve.
Neste dia, às 19.30 ocorreu a assembleia
na praça da Alfândega, ao lado do antigo prédio dos telégrafos, em Porto
Alegre. A assembleia foi conduzida basicamente pelo companheiro Alexandre, do PSTU,
e foram abertas 10 falas, entre elas, a do representante do AGRUPAMENTO TRIBUNA
CLASSISTA, o qual após saudar os presentes, expressou o total apoio à greve, um
grande “não à privatização, com o controle da estatal pelos trabalhadores, e
que o trabalhador tome o poder político no pais, também,
contra a tirada de mais de 70 direitos, baseado na CLT”.
Defendeu também que “se fizesse uma
greve nacional com todas as categorias de trabalhadores, para tirar um plano em
conjunto, por um salário mínimo vital, pelas necessidades básicas ao sustento
do ser humano. Fora Bolsonaro e sua catrefa, que o trabalhador tome o poder
político, pelo socialismo e pela América Latina Socialista.”
Após as falas foi colocada em votação a greve
e houve 100% de braços levantados pelo “sim”. A partir dali, começou a
organização do que se faria no dia posterior à continuação da greve.
Dia 18/08 houve no prédio Sede o
encontro dos grevistas, a qual saíram em marcha até a Esquina Democrática, para
um ato público e distribuição de uma “carta aberta à população”, a qual relatava
o motivo da greve, com ampla cobertura da imprensa local.
Os coletes amarelos diziam “nosso
trabalho é essencial” de um lado, e do outro “ Não à privatização dos
Correios”. Voltamos distribuindo a carta
aberta à população até á Sede, Siqueira Campos nº 1.100. Nos dias 19/20/21/08/ fizemos
piquetes na agência Sertório e outras.
Esta é uma greve histórica, em que os
sindicalistas são obrigados a “puxarem” sob pena deles serem “superados” pela
base dos trabalhadores, após todos acontecimentos passados de vários “boicotes”
de greves, feitos pelas duas federações, FINTECT E FENTECT.
-Fora Bolsonaro e toda a catrefa
deste governo.
-Por uma greve geral nacional, um
salário digno das necessidades mínimas do ser humano.
-Que o trabalhador tome o poder.
-Por uma América Latina Socialista.