(...) “Então, voltei à classe
operária, na qual havia nascido e à qual pertencia. Não me preocupava mais em
subir. O imponente edifício da sociedade não guarda delícias para mim acima da
minha cabeça. São os alicerces do edifício que me interessam. Lá, eu estou
contente de trabalhar, de ferramenta na mão, ombro a ombro com intelectuais,
idealistas e operários com consciência de classe, reunindo uma força sólida
agora para mais uma vez pôr o edifício inteiro a balançar. Algum dia, quando
tivermos poucas mãos e alavancas a mais para trabalhar, vamos derrubá-lo, com
toda a sua vida em putrefação e sua morte insepulta, seu egoísmo monstruoso e
seu materialismo estúpido. Então
vamos limpar os porões e construir uma nova moradia para a espécie humana, onde
não haverá andar de luxo, na qual todos os quartos serão claros e arejados, e
onde o ar para respirar será limpo, nobre e vivo.” (...)